domingo, 4 de março de 2018

UTOPIA?


NÃO ESTÁ MORTO QUEM LUTA, NÃO MORREU QUEM SONHA.
LUTEMOS, SONHEMOS. É POSSÍVEL.

Não mais a pilhagem, a rapina de nossas riquezas, não mais a predação e o sequestro de nossa cultura, não mais o desrespeito e a profanação de nossa história, nunca mais o aviltamento e a humilhação de nossos trabalhadores.
O nosso petróleo, as nossas reservas minerais, as nossas florestas, as nossas terras, as nossas águas, os nossos povos não são ativos à disposição de cobiças imperiais
Há um mundo novo a ser construído. Um mundo de paz, harmonia, desenvolvimento, fraternidade e igualdade.
Trilhões de dólares subtraídos da produção, da saúde, da educação, do saneamento, do combate à fome, às guerras, à violência, às desigualdades.
O mundo velho dos impérios, das corporações transnacionais que trituram povos, países, sonhos e vidas precisa ser contido sob pena da extinção da própria humanidade.
Acredito que a irracionalidade e a mesquinhez da usura, da acumulação improdutiva sejam os símbolos da sombria época em que vivemos.
A estupidez, o abrutamento do sistema revela-se ainda mais uma vez com o escândalo dos Panama Papers. Trilhões e trilhões de dólares entesourados em paraísos fiscais. Fortunas desviadas pela sonegação, pela corrupção, pela especulação, pela jogatina das bolsas e pelos ataques aos mercados e às moedas de países como o Brasil.
E muitos desses senhores, especialmente em países ditos em desenvolvimento, têm ainda o desplante de dizer que suas offshores, suas fortunas nos paraísos ficais são legais, declaradas aos órgãos de fiscalização de seus países.
De fato, coisas escandalosas são permitidas por lei, observa John Doe.
Tramam o enfraquecimento dos sindicatos; reduzem os investimentos em saúde, educação, segurança pública e saneamento; acenam com cortes dos programas sociais compensatórios, os programas de inclusão social; ameaçam rever as plataformas de acesso às universidades e ao ensino técnico que, finalmente, abriram a educação superior aos filhos dos trabalhadores.
Enfim, maquinam interromper a distribuição das poucas migalhas que caem da mesa dos poderosos
Escravidão econômica que provoca conflitos, desestabiliza sociedades, faz reinar o caos, impõe a dor e o desespero. E temos aí, então, um espectro rondando a Europa e lançando sombras sobre todo o mundo, o espectro dos imigrantes. 
Legiões, dezenas de milhares de homens e mulheres, crianças, adolescentes, jovens, velhos rondam os continentes.
São os exilados da geopolítica, os exilados da guerra ao terrorismo, os exilados da luta pelo domínio do mercado, pelo domínio do petróleo que se juntam aos deserdados do sul da Europa e do sul do mundo, engrossando o cortejo dos banidos do capitalismo.
Assim, recrudescem as ações de destruição do Estado de Bem-Estar Social. Tudo se torna precário. O Estado precário, o Parlamento precário, as instituições precárias, o trabalho precário. A vida precária.
Todas as garantias sociais, trabalhistas e previdenciárias, e todos os valores da civilização como solidariedade, fraternidade, equidade dissolvem-se no ar, desmancham-se diante da ditadura do Eu S/A, de Mamon S/A.
Para nós brasileiros, para a maioria dos povos latino-americanos, na verdade, o Estado de Bem-Estar Social é uma quimera, uma abstração que, vez ou outra visita os cantos escuros da vida de nossos povos. Luzes fortuitas, lusco-fuscos logo substituídos pelas trevas da exclusão.
Aflitos, ansiosos queremos mais do que belas ou misericordiosas palavras.
Utopia?
Não está morto quem luta, não morreu quem sonha.
Lutemos, sonhemos. É possível.

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