quarta-feira, 28 de março de 2018

OS CÃES LADRAM.


O que ocorreu no Sul do Brasil contra a Caravana do brasileiro Luis Inácio Lula da Silva é de cães raivosos. 
Maragatos, fascistas, que pensam que irão sair vitoriosos. Os povos sempre se levantaram contra a opressão. Não importa o tempo que leve,nenhum império e seus serviçais se mantiveram em pé. Do império romano, ao czar na Rússia, dos ingleses na China, na Índia. 
A bola da vez agora é os EUA. 
Quem viver verá.

Frente Popular Getulista de Libertação Nacional.

sábado, 24 de março de 2018

O​ QUE HÁ DENTRO DE NÓS É QUE SE ESPALHA.


Quem tem dentro de si a tristeza espalha tristeza
Quem tem dentro de si a arrogância espalha a arrogância
Quem tem dentro de si o ódio espalha o ódio
Quem tem dentro de si a mentira espalha a mentira
Quem tem dentro de si a ganancia espalha a ganancia
Quem tem dentro de si a inveja espalha a inveja
Quem tem dentro de si o rancor espalha o rancor
Quem tem dentro de si a morte espalha a morte
Quem tem dentro de si o adultério espalha o adultério
Quem tem dentro de si a avareza espalha a avareza
Quem tem dentro de si a libertinagem espalha a libertinagem
Quem tem dentro de si o racismo espalha o racismo
Quem tem dentro de si o preconceito espalha o preconceito
Quem tem dentro de si o roubar espalha roubar
Quem tem dentro de si a alegria espalha a alegria
Quem tem dentro de si o amor espalha o amor
Quem tem dentro de si o repeito espalha o respeito
Quem tem dentro de si a liberdade espalhará a liberdade
Quem tem dentro de si o carinho espalha o carinho
Quem tem dentro de si o sorriso espalha sorriso
Quem tem dentro de si graciosidade espalha graciosidade
Quem tem dentro de si fé espalha a fé
Quem tem dentro de si a revolução espalha a revolução
Quem tem dentro de si a bondade espalha a bondade
O que tem dentro de nós é que espalhamos.
Aylton Mattos.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Reportagem Guerra Junqueiro - PARASITAS




PARASITAS

(de Guerra Junqueiro)
No meio duma feira, uns poucos de palhaços
Andavam a mostrar, em cima dum jumento
Um aborto infeliz, sem mãos, sem pés, sem braços,
Aborto que lhes dava um grande rendimento.
Os magros histriões, hipócritas, devassos,
Exploravam assim a flor do sentimento,
E o monstro arregalava os grandes olhos baços,
Uns olhos sem calor e sem entendimento.
E toda a gente deu esmola aos tais ciganos:
Deram esmola até mendigos quase nus.
E eu, ao ver este quadro, apóstolos romanos,
Eu lembrei-me de vós, funâmbulos da Cruz,
Que andais pelo universo há mil e tantos anos,
Exibindo, explorando o corpo de Jesus.

Quem são os maragatos que protestaram contra Lula

De Cristóvão Feil, no blog Esquerda Caviar:

Para quem não conhece o Rio Grande do Sul e tinha vergonha de perguntar: os cavalheiros que saudaram Lula ​em Bagé, na fronteira com o Uruguai, fazem parte do tronco político-familial dos maragatos.
Me explico: no final da monarquia dos Bragança, nos derradeiros anos do século 19, um grupo de latifundiários se revoltou com o republicanismo do então presidente do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos. Monarquista de uma vida toda, esse grupo adere ao movimento republicano por oportunismo, mas não consegue se adequar à modernização da província sulina, então proposta dos castilhistas (também chamados de chimangos).
Os maragatos eram tão atrasados que sequer eram agricultores (sabendo-se que a agricultura é um avanço técnico-civilizacional que conta com 12 mil anos de existência). Os maragatos eram apenas criadores de gado, porque exige menos risco, menos conhecimento e menos esforço físico. (Trabalhar é ruim, pensam eles.)
Pois foi essa gente que​ ​ expôs ao Brasil e ao mundo todo o seu edificante verniz sócio-cultural.
A saudação ​a​ Lula demonstra o padrão comportamental destes cavalheiros maragatos. O discurso político deles está pautado pelo paradigma moral e existencial expresso na fotografia dos tratores.
https://www.conversaafiada.com.br

PAPA TELEFONA À FAMÍLIA DE MARIELLE



Por Mauro Lopes, no Caminho Pra Casa - A mãe de Marielle Franco, Marinete da Silva, falou aos presentes à missa de sétimo dia celebrada ontem (20) na Igreja Nossa Senhora do Parto, no centro do Rio – a missa foi transferida da Maré para que todos pudessem em seguida participar do ato/culto ecumênico na Cinelândia. Ao final da celebração, o sacerdote convidou a família a se pronunciar, caso desejasse. Dona Marinete agradeceu o carinho recebido e informou então que o Papa Francisco havia telefonado.

A família de Marielle é católica. Sua mãe é devota de Nossa Senhora Aparecida e foi ministra da Eucaristia na Maré. A última foto que Anielle recebeu de sua irmã, ainda viva, horas antes do assassinato, foi das duas diante de um altar em uma igreja no Rio. Marielle foi catequista e ativa participante da Pastoral da Juventude ainda adolescente. Depois, afastou-se da Igreja Católica que vive, no Rio, um clima quase irrespirável de conservadorismo e censuras e condenações e falso rigorismo moral.
Marielle foi mãe aos 19 anos, sem ser casada. Mais tarde, casou-se –com uma mulher. O suficiente para que fosse discriminada e tivesse os dedos apontados contra si no ambiente católico carioca. Francisco disse em 2015 que "não existe mãe solteira, pois mãe não é um estado civil"; um ano depois, conversando com jornalistas na viagem de avião do Rio a Roma, o Papa afirmou: "se uma pessoa é gay, procura ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? e uma pessoa é gay, procura ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?" A visão do Papa não demoveu nem comoveu os padres, leigos e leigas integristas que pululam à volta do arcebispo do Rio, o cardeal Orani Tempesta, que continuam a atuar como "réguas do mundo". Livre, Marielle afastou-se da Igreja e aproximou-se cada vez mais das religiões de matriz afro-brasileira.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro não teve qualquer participação no telefonema do Papa. Dom Orani Tempesta manteve-se à distância da família, soltou uma nota e uma mensagem frias, quase de condenação a Marielle por suas posturas políticas libertárias, e o clero ao seu redor iniciou uma campanha de ataques à memória da vereadora, com todo tipo de difamação. A CNBB igualmente não teve participação no telefonema –a entidade dos bispos brasileiros sequer pronunciou-se sobre o assassinato que comoveu e provocou mobilização em todo o país e no Exterior.
O caminho do telefonema deu-se por uma ponte entre a família da Marielle e a Argentina, envolvendo Luyara, sua filha. Ela escreveu uma carta ao Papa dois dias depois da morte da mãe, que chegou rapidamente a Francisco por iniciativa do professor argentino Gustavo Vera, amigo pessoal do Papa e presidente da Fundación Alameda, dedicada ao combate ao tráfico de pessoas. Participou da articulação Lucas Schaerer, do Partido del Bien Común e assessor de comunicação da fundação. "Estamos muito felizes por este gesto de amor do Papa", disse ele a Caminho Pra Casa na noite de ontem (20).
O episódio confirma pela mais uma vez Francisco como o grande líder-compaixão do planeta neste início de século 21. É também uma triste ilustração da situação da Igreja no Brasil. O caminho mais curto entre o povo brasileiro e seu amado Papa não é a hierarquia local –passa por Buenos Aires.]
https://www.brasil247.co
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sábado, 17 de março de 2018

JESUS


Não sei pq tanta comoção por causa da morte deste tal de Jesus, não era ele que ficava por ai andando com pobre e defendendo bandido e prostituta? Não entendo o motivo de tantas passeatas. Quando morre um soldado romano ninguém fala nada, não vejo uma postagem em homenagem.

Fica defendendo os direitos humanos da nisso.
(Diego Leiras)

domingo, 11 de março de 2018

FUGA EUROPEIA




Não, não são imigrantes Sírios ou Africanos tentando entrar na Europa. 
São Europeus fugindo para o norte de África na segunda guerra mundial. 
São as voltas que o mundo nos dá.
Só para refletir...

Credo - Milton Nascimento (1978)

QUEREMOS "MAIS DIREITOS"!

 
LUTAR, RESISTIR E VENCER


1)06 horas de trabalho, 
2)Férias de 60 dias, 
3)Décimo quarto salário, 
4)Licença maternidade de 12 meses, 
5)Salário mínimo de R$5.000,00, 
6)Salário mínimo para mulheres que tem dupla jornada ,"donas de casa ", 
7)Aposentadoria aos 50 anos, com 15 anos de contribuição, 8)Uma casa para cada trabalhador(a) que paga aluguel, 
9)Fim do imposto de renda para assalariados, 
10)Aumento de 100% para todos os servidores públicos, 
11)Fim da saúde privada, 
12)Fim das escolas e universidades privadas, transporte público gratuito e público, 
13)Quintuplicar o número de servidores públicos, 
14)Fim dos bancos privados, 
15)Desapropriação das terras improdutivas, 
16)Fim da concessão das redes TVs, tornando as estatais, 17) Cadeia e prisão perpétua aos corruptos, no Congresso Nacional lá existentes, assim como nas Assembleias Legislativas e Câmara de Vereadores, 
18)intervenção em todos os Estados, prisão do atual presidente da república e seus ministros, 
19)eleições diretas para juízes e ministros do STF, que não serão mais vitalícios, com mandato de quatro anos, 
20)retomar todas as empresas " privatizadas " e colocar os responsáveis na cadeia, etc, etc. Quem tiver outras propostas que digam.

Frente Popular Getulista de Libertação Nacional.

A CEDAE É DO BRASIL



PRIVATIZAÇÃO DA CEDAE – ÁGUA NÃO PODE SER SUBMETIDA À SANHA DO LUCRO

Discurso do Deputado Paulo Ramos na Alerj.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna para tratar de um tema que tenho certeza absoluta, mobiliza praticamente todo o Poder Legislativo, porque envolve um interesse muito grande de parcela expressiva da população do nosso Estado.
Venho falar da questão ligada à privatização da Cedae, afirmando que a luta contra a privatização da Cedae continua. E não tem sido pequena.
Agora, estudando toda a matéria e lendo documentos que orientaram a decisão do Governo, tive a oportunidade de constatar a intervenção, praticamente, do BNDES, fugindo de suas atribuições, contratando uma empresa por mais de seis milhões de reais, exatamente para elaborar a formatação da privatização. Não é este o papel do BNDES, não é esta a sua atribuição.
Lendo a documentação, deparei com algo que chamou a minha atenção: a presença da Sra. Marilene Ramos nos quadros do BNDES.
A Sra. Marilene Ramos foi para o BNDES quando presidia aquela importante instituição pública a Sra. Maria Sílvia, identificada como privatista, que tem um papel relevante no desmonte do Estado brasileiro – aliás, é enaltecida por sua competência, participando de um esforço de traição nacional que vem tendo continuidade, quase que aniquilando a soberania nacional.
Concluí que a Sra. Marilene Ramos passou a ocupar um cargo no BNDES antes que o tema privatização da Cedae fosse difundido; ou seja, foi plantada no órgão com alguma antecedência exatamente para participar desse conluio, das articulações destinadas à privatização da referida empresa.
Teve ela papel continuado na administração estadual: presidiu o Inea, foi Secretária de Meio Ambiente, anos a fio – e, obviamente, recolhendo informações –, preparando-se como quadro técnico para ser usado contra os interesses da população do Estado do Rio de Janeiro.
Sr. Presidente, uma entidade que representa também os servidores da Cedae, a APS, ingressou com uma representação no Tribunal de Contas da União, demonstrando irregularidades praticadas pelo BNDES na contratação da empresa que está responsável por elaborar a avaliação e a formatação do processo de privatização da Cedae.
Ainda agora estou eu tomando a iniciativa de não só apoiar a APS – mando um abraço para o Vicente Portella e toda a diretoria –, mas também de encaminhar o documento da associação juntamente com a minha avaliação de que o BNDES está gastando dinheiro público para cumprir uma tarefa que não faz parte de suas atribuições. Estou entrando com uma representação no Ministério Público Federal para que investigue, e investigue, inclusive, com esse dado adicional: que a Sra. Marilene Ramos foi adredemente plantada no órgão, exatamente para cumprir esse papel.
A luta contra a privatização da Cedae continua em homenagem ao interesse público. Na semana passada, e os meios de comunicação fizeram ampla publicidade, na rua Torres Homem, uma importante adutora se rompeu e o volume de água, a pressão da água, era muito grande.
A Cedae, em oito horas, aproximadamente, resolveu todo o problema, demonstrando a sua eficiência. Os meios de comunicação, no entanto, não ressaltaram isso. Demonstraram as ruas alagadas, e não a eficiência da Cedae na recuperação do duto. Talvez, se fosse no Japão, estivessem dizendo: “Olha aí a eficiência japonesa”.
Os meios de comunicação são parceiros desse processo de desmonte do Estado brasileiro. Como, aqui no Rio de Janeiro, a última empresa importante que falta a ser privatizada é a Cedae, o esforço é sempre no sentido de enxovalhar a imagem da empresa, mas poderiam, em homenagem à verdade, em respeito, pelo menos, aos cedaeanos, reconhecer a sua eficiência.
Todos sabem nesta Casa que, com o Deputado Luiz Paulo e, tenho certeza, o apoio de muitos – o Deputado Osório está aqui –, há parlamentares vários que estão envolvidos nessa luta e que serão igualmente autores do projeto. Estamos conversando, eu e o Deputado Luiz Paulo, e não há nenhum propósito de assumir um protagonismo mais destacado em função de uma luta que é coletiva. Queremos colocar todos como autores para que, com a vitória que houve no Supremo Tribunal Federal, que faz com que a Cedae recupere recursos financeiros perdidos, possa haver a substituição da garantia para que a Cedae seja preservada e, em vez de ser colocada na bacia das almas, no caminho da privatização, seja prestigiada, para que possa cumprir a sua função social.
Água não pode ser submetida à sanha do lucro. Vemos aí: Águas de Juturnaíba, Águas de Niterói, Águas do Imperador, todas essas empresas sendo controladas pelo mesmo grupo econômico. A Foz Água está na AP5, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Amanhã vou trazer o parecer do Município do Rio de Janeiro que indica que a Foz Água não está cumprindo com suas metas, não está cumprindo com suas obrigações. Isso a mídia não publica! A mídia quer dizer que o saneamento tem que ser privatizado, é o desmonte.
Sra. Presidente, venho a esta tribuna para dizer que a luta em defesa da Cedae continua. Há outras alternativas. A população do Rio de Janeiro merece e precisa ter uma companhia, como a Cedae, que cumpre a sua função social – só precisa, obviamente, ser prestigiada e ser conduzida pelo Governo de acordo com o papel que cabe a ela cumprir. Se pelo menos o lucro da Cedae fosse reinvestido em saneamento, seguramente, a população do Rio de Janeiro já estaria muito mais atendida.
Muito obrigado.
Deputado Paulo Ramos
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Fonte: Site da Alerj
https://apssaneamento.com.br

domingo, 4 de março de 2018

A HISTÓRIA, OU SEJA A FORMAÇÃO DO SER HUMANO, JAMAIS FOI FEITA PELO QUE SE SUBMETERAM.


Desde que nossos antepassados pré-históricos desceram das árvores, foram os que não se submeteram os que não aceitaram ser escravos, ser reduzidos a coisas, enfim, os que não negaram a sua condição humana, que a desenvolveram. Foram os heróis, e não os covardes, que fizeram o mundo. Foi a solidariedade entre os seres humanos - que esses heróis condensaram - que desenvolveu a nossa espécie, colocando-a à altura de seu nome: humana.



O CAPITALISMO IMPERIALISTA nada têm a oferecer aos povos, às nações e às pessoas, senão o tráfico de drogas e de órgãos humanos, a morte pela fome ou por assassinato, a destruição das maiores conquistas do homem, a aniquilação da cultura, o sufocamento dos sentimentos - em suma, o crime. Além, evidentemente, de “edificantes” modelos de vida pública e privada: Clinton, Bush, Obama, Temer,Moreira, FHC, Aécio, Sergio Cabral Filho, exemplos.


A Humanidade, evidentemente, não irá acompanhá-los em seu destino. O único destino possível para as nações, como o Brasil, que sofrem ainda sob o jugo dessa plutocracia e de seu séquito de criados, é libertar-se. Não existe outro. Da mesma forma, todos os que trabalham nos países onde essa casta tem sede. O que os norte-americanos, por exemplo, podem esperar desse domínio, eles já receberam: psicopatas atirando em crianças, drogados e gangs ocupando bairros inteiros, estupidez televisada, sadismo e pornografia. Além, evidentemente, de servirem de bucha de canhão para quem os submete a essa vida de insegurança, aflição e medo.


Portanto, não há outra coisa a fazer senão extinguir com o que impede aos seres humanos, nos países centrais e nos países oprimidos, de se desenvolver plenamente. A Humanidade, para que a vida sobre a Terra vença definitivamente, está no momento tomando as providências para que eles cheguem rapidamente ao seu destino - sozinhos, tal como apreciam.

O destino do mundo é o oposto deles. É o de ser um mundo livre, democrático e solidário, ou seja, socialista, onde todas as qualidades dos seres humanos se expressem da forma mais rica, onde todos os indivíduos se enriqueçam no contato com outros indivíduos, e todos os bloqueios a esse contato sejam erradicados pela vontade e consciência de cada um de nós. Toda a trajetória humana é a do desenvolvimento cada vez maior da solidariedade. Se não fosse assim, ainda estaríamos nas cavernas. (CARLOS LOPES.)

UTOPIA?


NÃO ESTÁ MORTO QUEM LUTA, NÃO MORREU QUEM SONHA.
LUTEMOS, SONHEMOS. É POSSÍVEL.

Não mais a pilhagem, a rapina de nossas riquezas, não mais a predação e o sequestro de nossa cultura, não mais o desrespeito e a profanação de nossa história, nunca mais o aviltamento e a humilhação de nossos trabalhadores.
O nosso petróleo, as nossas reservas minerais, as nossas florestas, as nossas terras, as nossas águas, os nossos povos não são ativos à disposição de cobiças imperiais
Há um mundo novo a ser construído. Um mundo de paz, harmonia, desenvolvimento, fraternidade e igualdade.
Trilhões de dólares subtraídos da produção, da saúde, da educação, do saneamento, do combate à fome, às guerras, à violência, às desigualdades.
O mundo velho dos impérios, das corporações transnacionais que trituram povos, países, sonhos e vidas precisa ser contido sob pena da extinção da própria humanidade.
Acredito que a irracionalidade e a mesquinhez da usura, da acumulação improdutiva sejam os símbolos da sombria época em que vivemos.
A estupidez, o abrutamento do sistema revela-se ainda mais uma vez com o escândalo dos Panama Papers. Trilhões e trilhões de dólares entesourados em paraísos fiscais. Fortunas desviadas pela sonegação, pela corrupção, pela especulação, pela jogatina das bolsas e pelos ataques aos mercados e às moedas de países como o Brasil.
E muitos desses senhores, especialmente em países ditos em desenvolvimento, têm ainda o desplante de dizer que suas offshores, suas fortunas nos paraísos ficais são legais, declaradas aos órgãos de fiscalização de seus países.
De fato, coisas escandalosas são permitidas por lei, observa John Doe.
Tramam o enfraquecimento dos sindicatos; reduzem os investimentos em saúde, educação, segurança pública e saneamento; acenam com cortes dos programas sociais compensatórios, os programas de inclusão social; ameaçam rever as plataformas de acesso às universidades e ao ensino técnico que, finalmente, abriram a educação superior aos filhos dos trabalhadores.
Enfim, maquinam interromper a distribuição das poucas migalhas que caem da mesa dos poderosos
Escravidão econômica que provoca conflitos, desestabiliza sociedades, faz reinar o caos, impõe a dor e o desespero. E temos aí, então, um espectro rondando a Europa e lançando sombras sobre todo o mundo, o espectro dos imigrantes. 
Legiões, dezenas de milhares de homens e mulheres, crianças, adolescentes, jovens, velhos rondam os continentes.
São os exilados da geopolítica, os exilados da guerra ao terrorismo, os exilados da luta pelo domínio do mercado, pelo domínio do petróleo que se juntam aos deserdados do sul da Europa e do sul do mundo, engrossando o cortejo dos banidos do capitalismo.
Assim, recrudescem as ações de destruição do Estado de Bem-Estar Social. Tudo se torna precário. O Estado precário, o Parlamento precário, as instituições precárias, o trabalho precário. A vida precária.
Todas as garantias sociais, trabalhistas e previdenciárias, e todos os valores da civilização como solidariedade, fraternidade, equidade dissolvem-se no ar, desmancham-se diante da ditadura do Eu S/A, de Mamon S/A.
Para nós brasileiros, para a maioria dos povos latino-americanos, na verdade, o Estado de Bem-Estar Social é uma quimera, uma abstração que, vez ou outra visita os cantos escuros da vida de nossos povos. Luzes fortuitas, lusco-fuscos logo substituídos pelas trevas da exclusão.
Aflitos, ansiosos queremos mais do que belas ou misericordiosas palavras.
Utopia?
Não está morto quem luta, não morreu quem sonha.
Lutemos, sonhemos. É possível.