domingo, 26 de março de 2017

Projeto da terceirização é para tirar direitos e reduzir salários


Após manobra de Maia, PL passa na Câmara sem aprovação do Senado 
Com uma votação estreita, a Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (22), a liberação da terceirização irrestrita em todas as atividades de uma empresa. A votação foi resultado de uma manobra do governo Temer com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para aprovar a terceirização a qualquer custo, sem discussão. Para isso, Maia desenterrou um projeto enviado pelo governo Fernando Henrique ao Congresso em 1998, que passou pelo Senado em 2002, mas nunca fora apresentado para votação definitiva na Câmara – evidentemente porque seria derrotado pelos deputados daquela época.
Em suma, o projeto colocado em votação por Maia fora aprovado por um Senado que não existe mais há muito tempo. Apenas 12 dos atuais 81 senadores estavam no exercício do mandato na época. Portanto, é uma burla à lei – e a qualquer senso de justiça, isto é, de democracia – colocar em votação agora um projeto de 19 anos atrás, que tramitou e não conseguiu ser aprovado por uma legislatura que ficou em um passado de duas décadas. Assim, Maia – isto é, Temer – impediram qualquer discussão e dispensaram a revisão e aprovação do Senado, que hoje é completamente diferente daquele de 2002.
“O que a Câmara está fazendo é uma violência contra o trabalhador e também contra o Senado Federal. O projeto, de 19 anos atrás, foi aprovado com outra composição da Casa e em outro cenário social e econômico”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O resultado da votação - 231 a 196 (somados 188 contra e oito abstenções) - demonstrou a dificuldade do governo em aprovar suas medidas de ataque aos direitos dos trabalhadores, tal como para a aprovação da reforma da Previdência, um verdadeiro crime contra os brasileiros, que poderão ter suas aposentadorias surrupiadas para o benefício do setor financeiro. Até parlamentares do PSDB, cujo governo era o autor do projeto de 1998, votaram contra.
O que mostra o grau de desgaste dessa política, inclusive no parlamento.
Nas ruas, o povo – isto é, os eleitores que votarão no pleito do ano que vem - já mostrou que não aceitará o assalto à Previdência e a mobilização dentro do Congresso também vem crescendo a cada dia. Nesta terça-feira, foi instalada no Senado Federal a CPI da Previdência, que irá investigar os falsos déficits apresentados pelo governo para tentar enganar e aprovar o seu ataque às aposentadorias e demais direitos previdenciários (ver matéria na página 2).
A trama de Temer para aprovar a toque de caixa a terceirização da atividade-fim das empresas – o que significa a precarização do trabalho, o rebaixamento do salário e das condições de vida - surgiu no início do mês, quando o governo discutia em qual dos projetos sobre o tema iria apostar. Devido à pressa, o governo deixou de lado o PL 4330 de 2004, aprovado pela Câmara em 2015, que atualmente tramita no Senado, para desenterrar o PL 4302/98, ainda pior e mais cruel com os trabalhadores.
Isso porque, uma das medidas do projeto aprovado é que a empresa contratante terá “responsabilidade subsidiária” em relação às obrigações trabalhistas da empresa de serviços terceirizados - isto é, se uma empresa terceirizada não pagar os direitos trabalhistas devidamente, a empresa contratante só será acionada em último dos casos, se ficar comprovado que a terceirizada não possui os meios para pagar.
Nesse ponto, o PL 4330 previa a “responsabilidade solidária”, em que o trabalhador poderia acionar ao mesmo tempo contratante e terceirizada para o cumprimento de seus direitos. Durante a votação, o PSOL apresentou destaque, prevendo a supressão da previsão de “responsabilidade subsidiária”. Este e outros 5 destaques apresentados pela oposição foram rejeitados.
Até quarta-feira, não havia uma lei específica sobre a terceirização, e os casos eram julgados pela súmula 331, de 2003, pelo Tribunal Superior do Trabalho – segundo a qual apenas atividades-meio, que não são a principal função de uma empresa, podem ser terceirizadas. O que, aliás, é lógico, pois uma empresa que não exerce diretamente a sua atividade-fim, deixa de ser uma empresa produtiva para ser uma contratadora, inclusive naquilo que deveria defini-la como empresa produtiva – a própria produção. O exemplo da Apple e outras empresas americanas e japonesas, que contrataram a Foxconn como capataz ou feitores da mão de obra, transformando as fábricas em campos de concentração, é bastante elucidativo.
Outra medida que surge com o projeto é a permissão à terceirizada de subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho nas dependências da contratante. Artifício que é apelidado de “quarteirização”, ou terceirização da terceirização.
Ainda mais grave, o projeto atenta diretamente contra o direito de greve ao permitir que trabalhadores temporários possam substituir grevistas. Isto é, legaliza o fura-greve, o traidor da categoria. A barreira a essa medida foi outro destaque apresentado pelo PDT, também rejeitado.
Com a aprovação do texto, que agora segue para sanção (ou veto...) de Temer, prolifera ainda a chamada “pejotização” do trabalhador, onde ocorre a demissão de trabalhadores com carteira assinada para contratação como pessoas jurídicas (PJ). Com isso, direitos garantidos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) deixam de ser obrigatórios, colocando em risco férias, 13º salário, descanso remunerado, licença maternidade, fundo de garantia.
Além disso, alerta a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), “a proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como regra a precarização nas relações laborais”. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2014, a remuneração foi 24,7% menor para os trabalhadores terceirizados.
A Anamatra ressalta também “a elevada taxa de rotatividade que acomete os profissionais terceirizados, que trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em média 2,7 anos no emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes ficam em seus postos de trabalho, em média, por 5,8 anos”. E ainda: “O já elevado número de acidentes de trabalho no Brasil (de dez acidentes, oito acontecem com empregados terceirizados) tende a ser agravado ainda mais, gerando prejuízos para esses trabalhadores, para a Sistema Único de Saúde e para Previdência Social que, além do mais, tende a sofrer impactos negativos até mesmo nos recolhimentos mensais, fruto de um projeto completamente incoerente e que só gera proveito para o poder econômico”.
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Produção de ópio no Afeganistão aumentou 25 vezes desde o início da ocupação por tropas americanas



 
Após a ocupação do Afeganistão por tropas norte-americanas o cultivo de papoula e a produção de ópio cresceram exponencialmente. O ópio produzido saltou de 185 toneladas em 2001 para 4.800 toneladas em 2016 e o ampliação da área de cultivo da papoula disparou de 8 mil hectares para 201 mil hectares no mesmo período. Portanto, sob a ocupação norte-americana a produção de ópio aumentou 25 vêzes, segundo o relatório anual da ONU sobre a produção de ópio no Afeganistão em 2016. O ópio é um extrato da papoula, a partir do qual se produz morfina e heroína.
Até 2001, o governo do Telebã tinha reduzido drasticamente o cultivo de papoula e a produção de ópio, retomados pelos colaboracionistas, em sua maioria narcotraficantes, que após a invasão puderam se dedicar intensamente a replantar tudo o que havia sido destruído pelo Talebã, e para isso contaram com os cuidados e proteção das tropas norte-americanas aquarteladas no país.
Para o governo da Rússia, “está havendo é um incremento drástico da produção de drogas no território do Afeganistão, ao passo que se cria uma rota estável para o tráfico destinado a outras nações”. Entre os países mais afetados pelo tráfico de heroína estão os Estados Unidos, países europeus e a Rússia. Nos EUA, em junho de 2016, o Órgão para o Combate das Drogas dos EUA (DEA) relatou que “em 2014, 10.574 americanos morreram por overdoses relacionadas com heroína, mais do que o triplo verificado em 2010”.
A jornalista Abby Martin avalia que tanto o crescente consumo da droga nos EUA quanto sua produção no Afeganistão contrastam com as promessas da Casa Branca de erradicar o mercado negro de drogas. Para Abby, o comércio de drogas ilegais é estimulado e não combatido pelo governo americano.

“Nos anos 50, escreve a jornalista, os EUA permitiram que o ópio fosse movido, processado e traficado por todo o Triângulo Dourado no sudeste asiático, isso enquanto treinavam tropas taiwanesas para combater o governo chinês. Já nos anos 80, a CIA deu apoio logístico e financeiro aos ‘Contras’ da Nicarágua, reconhecidos traficantes internacionais”.
Nesse sentido, embora não exista nenhuma prova de que a CIA esteja envolvida diretamente com o tráfico de ópio para fora do Afeganistão, Martin observa “que é difícil acreditar que uma região sob total ocupação militar dos EUA - com postos de vigilância e drones monitorando todo o país - seja incapaz de rastrear as rotas de exportação”.
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Maníacos de guerra tentam deter decadência dos cartéis ianques


Com a decadência cada vez maior dos monopólios norte-americanos e os atoleiros em que o império se meteu no Iraque e no Afeganistão, o que antecedeu o crash de 2008, os setores mais extremados clamam por mais guerras, para retardar o avanço dos países que vêm crescendo a uma velocidade muito maior que os EUA. O que se traduz nas desvairadas propostas de criar “arcos de instabilidade”, isto é, o caos e o terror, nas fronteiras da Rússia, China e até da União Européia, e das agressões que resultaram nos chamados “estados falidos”, como fizeram na Somália e Líbia, e estão tentando na Síria.
  Entre os maníacos de guerra de Washington, também recrudescem os planos mirabolantes sobre novas armas capazes de “virar a mesa”, como as bombas nucleares de radiação dirigida, canhões laser, guerra cibernética, o sistema global de ataque imediato (ICBMs não-nucleares) e os escudos antimísseis, destinados a viabilizar o “primeiro ataque nuclear” de decapitação e a “vitória” na guerra nuclear.
  Mas o que têm conseguido parir são sucatas hi tech, como o F-35 e outros monstrengos de custo astronômico. Ainda, na onda de “offshoring” - a transferência para o exterior de boa parte da indústria - foi embora também em grande medida o setor de armamentos, com a indústria bélica americana dependendo agora de importações, o que chega ao ridículo de precisarem de motores de foguetes russos.
  Já a Rússia, com sua indústria de defesa estatal e inteiramente internalizada no país, anda apresentando uma surpresa atrás da outra. Do novo míssil intercontinental “Satan 2” ( o nome, claro, é dado pela Otan), aos sistemas anti-mísseis S-400 e S-500 que fecham o espaço aéreo russo e ao tanque Armata, além das inovações mostradas no teatro sírio. Outros países também se movem em favor da soberania e autonomia, como China, Irã, Índia e Coréia Popular, tornando mais e mais improvável o sucesso dos maníacos de guerra ianques e sua gana de dominação e excepcionalismo.
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Viva Getúlio Vargas!


Resistir, rebelar-se,lutar e vencer. 


O Brasil é nosso!


Verás que um filho teu não foges a luta. 


Frente Popular Getulista de Libertação Nacional.

EUA é a maior ameaça à paz: 200 mil soldados ocupando terra alheia


As guerras e intervenções militares dos EUA nos últimos 25 anos provocaram milhões de mortos e feridos e um número ainda maior de refugiados
 
No momento em que Trump anuncia um aumento de US$ 54 bilhões ao já ultrainflado orçamento do Pentágono, para US$ 639 bilhões, é oportuna a publicação, pelo site visualcapitalist, de um infográfico que sintetiza a absurda sobre-expansão militar ianque, com 800 bases e quase 200 mil soldados no exterior (mais exatamente, 199.485) – o que não inclui o pessoal “civil” de “apoio” e os magotes de mercenários da Blackwater e DynCorp e outros.
Esse aumento de US$ 54 bilhões – que ainda irá a votação, mas cuja aprovação é certa – é praticamente do tamanho do orçamento militar inteiro da Grã-Bretanha (4º lugar em gastos militares, US$ 55 bilhões) e acima do da França e da Índia (empatados em 5º lugar, US$ 51 bilhões). Isso, num orçamento discricionário em que praticamente tudo é cortado, até a verba do Departamento de Estado (-29%). Além, é claro, da Educação (-14%), Saúde (-16%), Trabalho (-21%); Moradia e Urbanismo (-12%), Meio Ambiente (-30%) e até a Nasa (-1%).
Esse aumento corresponde a 10% sobre o orçamento do ano anterior, o que é uma das maiores altas em um ano no orçamento do Pentágono na história dos EUA, como assinala o visualcapitalist. Conforme aponta o infográfico, os gastos militares dos EUA são maiores do que os dos sete próximos países combinados. Assim, em 2015, o orçamento militar dos EUA foi de US$ 596 bilhões. Embora isso não esteja assinalado ali, a fonte é o Sipri (Instituto de Pesquisa sobre a Paz Internacional, de Estocolmo).
É mais do que China (US$ 215 bilhões), Arábia Saudita (US$ 87 bilhões), Rússia (US$ 66 bilhões), Grã-Bretanha (US$ 55 bilhões), França (US$ 51 bilhões), Índia (US$ 51 bilhões) e Japão (US$ 41 bilhões) combinados. Alemanha e Coreia do Sul vêm a seguir, respectivamente com US$ 39 bilhões e US$ 36 bilhões. O gasto oficial dos EUA é quase dez vezes o da Rússia, atualmente apontada dia e noite pela mídia imperial como “ameaça”.
De acordo com o visualcapitalist, o gasto propriamente dito com as operações militares em terra alheia chegam a US$ 100 bilhões, em 800 bases – o número de bases é o publicado pelo site Político, mas há estimativas maiores, até 1.000. Há tropas norte-americanas operando em 177 países, o total pode parecer exagerado, mas se deve à enorme expansão das operações com tropas especiais sob Obama e W. Bush.
A observação do infográfico permite verificar certas verdades inconvenientes, como a de que, mais de 70 anos após o fim da II Guerra Mundial, os Estados Unidos seguem ocupando a Alemanha (34.805 soldados), Japão (39.345 soldados), Coreia do Sul (23.468 soldados) e Itália (12.102 soldados).
E ainda 8.479 soldados na Inglaterra (as “relações especiais” anglo-americanas e aliança Five Eyes), 3.256 soldados na Espanha – que passou a sediar a frota antimíssil do Escudo de Obama no porto de Rota -, 2.234 na Turquia (base de Ircilik) e concentrações menores na Bélgica e Holanda. Em seis países europeus, bases dos EUA mantêm bombas nucleares.
A ocupação se estendeu ao Oriente Médio, com 23.355 soldados (5.540 no Iraque, 6.296 no Kuwait, 5.504 no Bahrain, 2.976 no Qatar, 1.076 nos Emirados e 2004 na Síria); com risco de ter outro QG explodido como em Beirute sob Reagan, as tropas ianques foram retiradas da Arábia Saudita, só ficando 349.
Na ocupação do Afeganistão, que já dura 15 anos e já é a mais longa guerra da história dos EUA, estão comprometidos 9.294 soldados. O infográfico também registra o “porta-aviões” insubmersível de Guam (3.831 soldados), no Pacífico, e na colônia britânica de Diego Garcia (275), no Índico.
BÁLCÃS
A ocupação nos Bálcãs, subproduto do esquartejamento da Iugoslávia, aparece com Kosovo (380, na base gigante – no modo de espera – de Camp Bondsteel). A Otan, um conduto do intervencionismo ianque, que anexou os países da Europa Oriental um após o outro, desde o golpe na Ucrânia não para de amontoar tropas e armas na fronteira com a Rússia e o escudo antimíssil de W.Bush/Obama deverá ficar pronto até 2020. Há ainda os assassinatos em massa com drones.
As guerras e intervenções militares dos EUA nos últimos 25 anos, provocaram milhões de mortes e feridos e um número ainda maior de refugiados, além da disseminação do terrorismo. Para os imperialistas norte-americanos, o planeta inteiro é o seu “lebensraum” (espaço vital) e todos os continentes e países estão sob jurisdição de um comando militar norte-americano, ao qual se somam as seis frotas norte-americanas, com 11 porta-aviões nucleares, e as armas estratégicas, com milhares de armas nucleares. E nem assim conseguem esconder ou adiar sua decadência, admitida em campanha pelo atual presidente Trump.
                                                                      
ANTONIO PIMENTA
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terça-feira, 21 de março de 2017

Vale, Friboi, Itaú e outros devem R$ 426 bilhões para a Previdência Social

Os devedores da Previdência Social acumulam uma dívida de R$ 426,07 bilhões, quase três vezes o atual denominado déficit do setor, que foi cerca de R$ 149,7 bilhões no ano passado. Na realidade, o déficit da previdência é um discurso ideológico que não respeita a Constituição. Veja texto.
Na lista de devedores, que tem mais de 500 nomes, aparecem empresas públicas, privadas, fundações, governos estaduais e prefeituras que devem ao Regime Geral da Previdência Social. O levantamento foi feito pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, responsável pela cobrança dessas dívidas.
De acordo com o coordenador-geral da Dívida Ativa da União, Cristiano Lins de Moraes, algumas dessas dívidas começaram na década de 60. “Tem débitos de devedores de vários tipos, desde um pequeno a um grande devedor, e entre eles há muita variação de capacidade econômica e financeira. Também há algumas situações de fraude, crimes de sonegação e esquemas fraudulentos sofisticados. Às vezes, um devedor que aparenta não ter movimentação financeira esconde uma organização que tem poder econômico por trás dele”, afirma o procurador da Fazenda Nacional.
A antiga companhia aérea Varig, que faliu em 2006, lidera a lista com R$ 3,713 bilhões. O levantamento inclui outras instituições que também decretaram falência: Vasp, que encerrou as atividades em 2005 e teve a falência decretada em 2008, com dívida de R$ 1,683 bilhão; o antigo Banco do Ceará (Bancesa), com uma dívida de R$ 1,418 bilhão; e a TV Manchete, que tem débitos no valor de mais de R$ 336 milhões.
Grandes empresas também constam entre os devedores da Previdência, como a mineradora Vale (R$ 275 milhões) e a JBS, da Friboi, com R$ 1,8 bilhão, a segunda maior da lista.
A lista inclui ainda bancos públicos e privados, como a Caixa Econômica Federal (R$ 549 milhões), o Bradesco (R$ 465 milhões), o Banco do Brasil (R$ 208 milhões) e o Itaú Unibanco (R$ 88 milhões).
A Procuradoria-geral da Fazenda Nacional tenta recuperar parte do dinheiro por meio de ações na Justiça. No ano passado, foram recuperados aproximadamente R$ 4,150 bilhões, cerca de 1% do total devido. O valo recuperado foi 11% superior ao de 2015.
Cristiano de Moraes diz que a Procuradoria-Geral da Fazenda nacional tem desenvolvido projetos para agilizar o pagamento das dívidas, mas programas de parcelamento de dívidas de estados e prefeituras atrasam com frequência o pagamento dos débitos.
Saiba Mais
Previdência responde por 97% do déficit nas contas públicas em 2016
O defícit da Previdência Social é um dos argumentos do governo para fazer a reforma do setor, que está em análise na Câmara dos Deputados.
Já a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal e centrais sindicais propõem mudanças na forma de arrecadação e cobrança de débitos previdenciários. “É preciso fazer primeiro ajustes no lado das fontes de financiamento. Ou seja, cobrar essa dívida que é dinheiro sagrado de aposentados e pensionistas e foi ao longo do tempo acumulada, gerando quase de R$ 500 bilhões de débitos inscritos, fora o que está na fase administrativa. O índice de recuperação é pequeno e lento, temos que criar métodos mais ágeis de recuperação desses recursos”, disse Moraes.
Respostas
A Caixa Econômica Federal informou, por meio da assessoria, que paga corretamente e sem atraso todas as contribuições previdenciárias, mas questiona cobranças geradas por processos judiciais movidos por empregados.
Em nota, a JBS diz que já se propôs a pagar as dívidas com créditos que acumula na Receita Federal, mas ressalta que a ineficiência no sistema de cobrança impede que a troca ocorra, o que tem gerado multa, também contestada pela empresa. “A JBS não pode ser penalizada pela demora da Receita Federal em ressarcir seus créditos, mesmo porque se, de um lado, o Fisco não reconhece a correção dos créditos da companhia, de outro, tenta exigir os débitos tardiamente, corrigidos e com multa.”
A mineradora Vale, também em nota, diz que, como a maioria das empresas e dos governos municipais e estaduais, tem discussões judiciais sobre temas previdenciários. “Todas as discussões possuem garantia judicial, o que nos permite a obtenção e manutenção do atestado de “Regularidade Fiscal” até o final dos processos (trânsito em julgado). Entendemos que há chances de êxito em todas as nossas discussões.”
O Bradesco informou, em nota, que “não comenta questões sob análise administrativa ou judicial dos órgãos responsáveis”.
O Banco do Brasil informou, também por nota, que a dívida é referente a “um processo de tomada de contas especiais promovida pelo TCU, o Tribunal de Contas da União, em 1992, que entendeu serem indevidos os valores auferidos pela rede bancária nos meses de novembro e dezembro de 1991”. O banco recorreu da decisão do TCU na Justiça Federal.
O Itaú não se manifestou até a publicação do texto. A reportagem não conseguiu contato com representantes da Varig, Vasp, Bancesa e TV Manchete. (Agência Brasil)
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INTERESSANTE COINCIDÊNCIA.




VAMOS USAR METODOLOGIA CIENTIFICA A PARTIR DAS ORIGENS DOS PERSONAGENS.
O pai do juiz Sergio Fernando Moro foi o fundador do PSDB no município de Maringa, no Paraná.
A esposa do Juiz Sergio Fernando Moro é advogada do PSDB, funcionária ou prestadora de serviços ao PSDB, e assessora jurídica do vice-governador de Beto Richa, Flavio Arns, que é do PSDB.

O Juiz Sergio Fernando Moro é amigo intimo e doador de campanha do deputado federal Francischini, um dos maiores detratores do PT e pai de boa parte das calunias contra o governo federal, que circula nas rEdes sociais.
O Juiz Sergio Fernando Moro é do município paranaense de Maringá. O doleiro Alberto Youssef é do município de Maringá. O senador Alvaro Dias é do município de Maringá., os três frequentam os mesmos círculos, tem convívio regular e foram muitas vezes vistos e fotografados juntos.
O principal delator da Lava Jato, uma especie de assessor do Moro, é o senhor Joel Malucelli, e quem é Malucelli, senão suplente do senador Alvaro Dias?
Malucelli, é o dono da Radio Globo do Paraná e de uma repetidora de da tevê bandeirantes, no estado. É banqueiro e empriteiro, tendo concessões de diversos postos de pedágios lá na repúblca de Paranaguay.
Um primo do juiz Sergio Fernando Moro, dono de uma rede de supermercados, é um dos maiores financiadores de campanha do PSDB, e é assessor parlamentar de quem? Alvaro Dias.
O tio da mulher do juiz Sérgio Fernando Moro era investigado, sob suspeita de ser sócio de Alberto Youssef. O juiz Sergio fernando Moro interrompeu as investigações. O titio é do PSDB (Francisco Costa sobre o juiz que comanda a Operação Lava JATO..
ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE? NÃO ACREDITA USA O GOOGLE E PESQUISE PARA NÃO SER MASSA DE MANOBRA NA MÃO DA GRANDE MI DIA LACAIA.

REBELAR, RESISTIR, DESOBEDECER, É NOSSO DEVER JÁ!


FRENTE POPULAR GETULISTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL.


"A convicção de que só pelas armas seria possível restituir a liberdade ao povo brasileiro, sanear o ambiente moral da Pátria, livrando-a da camarilha que a explorava, arrancar a máscara de legalidade com que se rotulavam os maiores atentados à lei e à justiça - abater a hipocrisia, a farsa e o embuste." GETULIO VARGAS

RESISTIR, LUTAR E VENCER.



Dom Francisco Biasin, bispo da diocese de Barra do Pirai/Volta Redonda, publicou CARTA PASTORAL SOBRE O MOMENTO CRÍTICO vivido pelo país, ajudando a romper o silêncio da Igreja neste momento que o povo é vítima de mais um golpe dos poderosos deste mundo. 


AO POVO DE DEUS DAS COMUNIDADES DA IGREJA CATÓLICA
Assim fala o Senhor Deus: “Grita forte, sem cessar, levanta a voz como trombeta e denuncia os crimes contra o meu povo e os pecados da casa de Jacó”. (Is. 58,1)
Caros fiéis

Diante da gravidade do momento político, social, econômico e moral que vivemos nos últimos tempos e inspirados pelo testemunho do Evangelho, não podemos ficar calados. 
No conturbado ano de 2016, o nosso país deparou-se com uma avalanche de projetos e decisões do Congresso – alguns já implementados – que claramente trarão em curto e médio prazos consequências graves para toda a sociedade brasileira, de modo especial para os trabalhadores e os pobres. 

A crise economica é apresentada como a grande vilã do momento, pela qual se justifica qualquer medida sócio-político-econômica. As medidas são impostas em pacotes prontos e fechados. O Congresso e o Senado servem apenas como fachada para dar legalidade ao que uma elite conservadora já decidiu de antemão: privilegiar o sistema financeiro e defender os interesses do grande capital. O preço é impor enormes sacrifícios aos mais pobres e desestruturar as condições de sobrevivência das pequenas empresas e da própria economia familiar. 

Como a atenção da população está focada na crise econômica, é importante não nos distrairmos em relação a outros setores da vida social, tais como: 
• a polêmica reforma do ensino médio, 
• a redução da maioridade penal com medidas duras de imputar penalmente os adolescentes, 
• a reforma da Previdência Social em tramitação no Congresso nestes dias, com consequências desastrosas para os empobrecidos no próximo futuro, 
• e as alterações em leis trabalhistas conquistadas com luta e sangue de operários. 
Infelizmente todas essas medidas apontam para sérios retrocessos em diversas conquistas que resultaram da mobilização de milhões de brasileiros e brasileiras desde tempos passados, como o da Constituinte, até os nossos dias. 

É escandalosa a ascensão ao poder de pessoas de duvidosa reputação, sob suspeita de corrupcão ou em adiantado processo de investigação, para ocupar cargos de alta responsabilidade no Legislativo, no Judiciário e no Executivo. 

Assistimos a um grande recuo de iniciativas que resgatem a dignidade popular. Até propostas de lei de iniciativa popular, um grande avanço constitucional, são barradas no Congresso. Vozes inconformadas e clamor popular que manifestam insatisfação ou dissenso são apresentados pela mídia como elementos de estorvo e distúrbio diante da perspectiva de constituir uma “nova ordem” para salvar o país. Assim as leis e a governança não colocam a economia e a atividade política a serviço da pessoa humana e das suas necessidades básicas, pelo contrário a gestão da coisa pública e a aprovação de emendas parlamentares são pensadas para salvar um projeto de economia neo-liberal que impõe pesos insuportáveis nos ombros dos mais pobres. 

Outras questões graves nos preocupam: vemos aprovadas leis, varadas na calada da noite ou com canetadas do Judiciário, que desmantelam a família, negam dignidade ao nascituro e descaracterizam a concepção da identidade sexual da pessoa humana, ferindo profundamente a sensibilidade de grande maioria do povo brasileiro. 

Assim o Estado se dissocia da sociedade civil como um todo e não interpreta os seus anseios, pelo contrário é usado por grupos políticos e econômicos que dele se apossaram para sujeitá-lo a seus interesses. 

Na nossa região as consequências das medidas apresentadas são agravadas pela falência do Estado do Rio de Janeiro e a total ineficiência dos ôrgãos governamentais que dificulta possíveis parcerias com a iniciativa privada. A privatização da CEDAE é a expressão mais eloquente de um Estado que agoniza e se submete às leis do mercado para poder de algum modo sobreviver. 

O que mais preocupa a nossa população é o agravar-se da violência alimentada pelo tráfico, a falta de perspectivas e de oportunidades para a juventude, o desemprego generalizado que atinge as famílias e congela a economia, a precariedade da saúde pública e o desmantelamento do SUS de tal forma que os mais pobres, quando ficam doentes, são condenados a sofrer uma lenta agonia, enfim o desespero da fome que leva famílias inteiras a buscar alimento a qualquer custo, quando não podem mais contar com a solidariedade dos bons. 

Conclamamos todas as pessoas de boa vontade, sensíveis aos valores da justiça e da solidariedade a se juntarem e a se manifestarem contra as medidas que afetam o bem comum e a vida dos mais pobres e indefesos. Esta é a hora em que cada de nós é chamado a exercer a cidadania em relação aos deputados e senadores que pediram e ganharam o nosso voto na época das eleições para cobrar deles postura digna e coerente na hora de votar emendas parlamentares que podem prejudicar os seus eleitores. 

O Senhor nos chama a ser protagonistas da salvação como seus colaboradores na construção do Reino. Ele nos convida à vivência da fé, ao exercício da esperança e ao testemunho da caridade. Isso acontece de fato através de uma ação firme e determinada em defesa da educação e saúde públicas de qualidade, do direito ao trabalho digno, ao gozo da vida no tempo da justa aposentadoria, do acesso ao lazer, à cultura e à moradia, ao direito a uma alimentação saudável para saciar a fome e a sede para viver com dignidade cuidando da nossa Casa Comum. 

Vivemos tempos difíceis! A nossa fé nos guie e nos fortaleça para podermos assumir a missão de trabalhar para que todos tenham vida e vida plena.

Com minha bênção de pastor

Volta Redonda, 17 de março de 2017

Dom Francisco Biasin

quinta-feira, 9 de março de 2017

Eu, Daniel Blake - Trailer HD legendado



O filme Eu, Daniel Blake, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas do Brasil, é a história de um homem bom abandonado por um sistema mau. Um trabalhador honrado sofre um ataque do coração que o condena ao repouso. Sem renda, solicita apoio do Estado e se vê enroscado em uma cruel espiral burocrática. Esperas absurdas ao telefone, entrevistas humilhantes, formulários estúpidos, funcionários desprovidos de empatia por causa do sistema. Kafka nos anos de austeridade. Nessa espiral desumanizadora Daniel encontra Katie, mãe solteira de dois filhos, obrigada a se mudar para Newcastle porque o sistema diz que não há lugar para alojá-los em Londres, uma cidade com 10.000 moradias vazias. Daniel se torna um pai para Katie e um avô para as crianças. A humanidade que demonstram realça a indignidade do monstro que os condena. Aí está, como terão reconhecido seus fiéis, o toque de Ken Loach.

Seu cinema sempre esteve do lado dos menos favorecidos e, aos 80 anos, a realidade continua lhe dando argumentos para permanecer atrás das câmeras. Eu, Daniel Blake, Palma de Ouro no último festival de Cannes (a segunda de Loach), é um filme espartano. Não precisa de piruetas para comover. A história foi escrita pelo amigo e roteirista Paul Laverty, depois de percorrer bancos de alimentos, centros de emprego e outros cenários trágicos do Reino Unido de hoje, onde conheceu muitos daniels e katies. A realidade de Loach (Nuneaton, 1936) está lá fora para quem quiser vê-la. Mas, em um mundo imune aos dados, a emoção que o cineasta mobiliza para contar essa realidade se revela mais valiosa que nunca. Recebe o EL PAÍS em seu escritório no Soho londrino.
Pergunta. Como chegamos à situação que seu filme descreve?
Resposta. É um processo inevitável, é a forma como o capitalismo se desenvolveu. As grandes corporações dominam a economia e isso cria uma grande leva de pessoas pobres. O Estado deve apoiá-las, mas não quer ou não tem recursos. Por isso cria a ilusão de que, se você é pobre, a culpa é sua. Porque você não preencheu seu currículo direito ou chegou tarde a uma entrevista. Montam um sistema burocrático que te pune por ser pobre. A humilhação é um elemento-chave na pobreza. Rouba a sua dignidade e a sua autoestima. E o Estado contribui para a humilhação com toda essa burocracia estúpida.
P. Abandonar os mais desfavorecidos é uma escolha política?
R. É uma escolha política nascida das demandas do capital. Se os pobres não aceitassem que a pobreza é sua culpa, poderia haver um movimento para desafiar o sistema econômico. Os meios de comunicação falam de gente folgada, de viciados, de pessoas que têm muitos filhos, que compram televisores grandes… Sempre encontram histórias para culpar os pobres ou os migrantes. É uma forma de demonizar a pobreza. Neste inverno, muitas famílias terão de escolher entre comer e se esquentar. Existe uma determinação da direita para não falar dessas coisas e é assustador tolerarmos isso.
P. A situação lembra Cathy Come Home, seu filme de 1966 sobre uma família jovem que está na rua. O que mudou em 50 anos?
R. Agora é pior. Naquela época, os elementos do Estado de bem-estar ainda funcionavam, agora não. A sociedade, hoje, não está tão coesa. Acontece em toda a Europa. O sistema se tornou pior porque o processo capitalista avança.
P. As histórias humanas são seu veículo para articular mensagens políticas?
R. Todas as histórias humanas são políticas. Têm consequências políticas. Nem Katie nem Dan são animais políticos. Não fazem discursos, não participam de reuniões. Mas a situação em que se encontram é determinada pela política. É preciso haver indivíduos. Não vale alguém que represente algo. Devem ser idiossincrásicos. Devem ser pessoas com coisas particulares que as tornem especiais.
P. Todo o cinema é político?
R. O cinema norte-americano cultua a riqueza. Os personagens têm dinheiro e casas bonitas. E nunca se explica de onde vem esse dinheiro. Todos parecem muito saudáveis, têm corpos perfeitos. O subtexto é que a riqueza é boa, que o privilégio é bom. Além de outras mensagens, como que o homem com um revólver resolverá todos os seus problemas. Há uma agenda de direita no cinema norte-americano. Com exceção de Chaplin, claro. Seus filmes contêm uma certa política radical, a do homem pequeno que vence.
P. Você apoia Jeremy Corbyn, o polêmico líder trabalhista. Acredita que seu projeto de esquerda poderia mudar a realidade descrita em seu filme?
R. Sim, sou otimista. Sanders, Podemos, Syriza... Existe uma sensação de que outro mundo é possível. A ascensão de Corbyn traz muita esperança, mas é sistematicamente atacada por toda a imprensa, pela BBC, e até pelos jornais de esquerda. É uma grande batalha, mas é muito popular entre as bases.
P. Acontece com frequência, como seu país demonstrou, que as mensagens populistas e xenófobas atraiam os mais desfavorecidos.
R. Oferecem uma resposta simples: os imigrantes roubaram seu trabalho. É igual ao crescimento do fascismo nos anos 1930. É fácil apontar o diferente. As pessoas são sempre vulneráveis às respostas simples. A esquerda tem uma resposta mais complicada.
P. O que pensa quando ouve Theresa May dizer que os conservadores são o partido da classe trabalhadora?
R. Seria uma piada, não fosse o fato de que ninguém a questiona. É um Governo que utiliza a fome como arma, que deixa as pessoas passarem fome para discipliná-las. É propaganda.
P. Insinuou que Jimmy’s Hall (2014) seria seu último filme, mas voltou e ganhou a Palma de Ouro. Desta vez é para valer?
R. Não sei. Como no futebol, jogaremos uma partida de cada vez. Há muitas histórias para contar, mas, fisicamente, o cinema é muito exigente.
P. Como gostaria de ser lembrado?
R. Como alguém que não se rendeu, acho. Não se render é importante, porque a luta continua. E as pessoas tendem a se render quando ficam velhas.

Efeito do golpe: Banco Mundial prevê explosão da pobreza e miséria no Brasil


Efeito tragicamente irônico do golpe. Os mesmos que são contra o bolsa família agora terão de pagar, via impostos, muito mais bolsas famílias, por causa do aumento da pobreza, ou então lidar com um aumento da miséria absoluta para níveis recordes.
Do Globo (via DCM):
Estudo inédito do Banco Mundial, ao qual o GLOBO teve acesso, aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano. Denominados de “novos pobres” pela instituição internacional, porque estavam acima da linha da pobreza em 2015 e já caíram ou cairão abaixo dela neste ano, eles são na maioria adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsos do mercado de trabalho formal pelo desemprego.

Se quiser estancar o crescimento da pobreza extrema aos níveis de 2015, base mais atual de dados oficiais sobre renda, o governo terá que aumentar o orçamento do Bolsa Família este ano para R$ 30,4 bilhões no cenário econômico mais otimista e para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista, aponta relatório do Banco Mundial. Para 2017, o programa de transferência de renda tem R$ 29,8 bilhões garantidos.
Como o benefício do Bolsa Família varia conforme a composição familiar, número e idade dos dependentes, presença ou não de gestantes, entre outros aspectos, os técnicos da instituição internacional fizeram uma análise complexa para estimar o ajuste necessário no programa. Segundo as projeções, de 810 mil a 1,1 milhão de famílias serão elegíveis para receber o benefício este ano, o que demandará o orçamento adicional calculado.
Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. Se o programa não aumentar, aponta o Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de miséria subirá para 4,2% este ano no cenário otimista e para 4,6% no pessimista. Caso a cobertura seja ampliada, conforme recomendado, a taxa terá um leve crescimento para 3,5% e 3,6%, nos dois quadros econômicos traçados.
https://falandoverdades.com.br

O ESCÂNDALO A-DARTER



Ou de como a tentativa de assassinato da Odebrecht pode ferir de morte a construção  do mais avançado míssil da Força Aérea Brasileira.

Está dando  certo o implacável, mesquinho, totalmente desvinculado da estratégia e dos interesses nacionais, cerco, montado pela Procuradoria Geral da República, para arrebentar com a Odebrecht, não apenas dentro do Brasil, mas, em conluio com os EUA, também na América do Norte e, com base em "forças tarefas" conjuntas, nos mais diferentes países da América Latina.

Pressionada pela perseguição além fronteiras da Jurisprudência da Destruição da Lava-Jato e pela estúpida, desproporcional, multa, de 7 bilhões de reais estabelecida a título de punição, pelo Ministério Público brasileiro, em parceria com o Departamento de Justiça norte-americano, a Odebrecht não está conseguindo vender boa parte dos ativos estratégicos que tenta colocar no mercado, para evitar sua bancarrota e total desaparecimento, com a paralisação de dezenas de bilhões em projetos, muitos deles estratégicos, dentro e fora do país, e a demissão de milhares de colaboradores que trabalham no grupo, que já foi obrigado a se desfazer de mais de 150.000 pessoas nos últimos dois anos.

Com o cerco à empresa, que bem poderíamos classificar de mera tentativa de assassinato, considerando-se o ódio com que vem sendo tratada a Odebrecht pelos nossos jovens juízes e procuradores - já que poderiam ter sido presos eventuais culpados sem praticamente destruir a maior multinacional brasileira de engenharia - coloca-se sob risco direto,  não apenas a construção do futuro submarino nuclear nacional (e de outros, convencionais), mas também a produção dos mísseis A-Darter, destinados aos caças Gripen NG BR, que se encontram em desenvolvimento pela MECTRON, empresa controlada pela Odebrecht, em cooperação com a DENEL sul-africana.

Não tendo conseguido negociar a MECTRON, incluída em sua lista oferecida ao mercado, a Odebrecht pretende, agora, esquartejar a companhia e vender seus projetos um a um - entre eles o desse avançado mísil ar-ar - para quem estiver interessado em ficar, entre outras coisas, com  parte do know-how desenvolvido pelo Brasil nessa área, desde a época do míssil "Piranha".

Enquanto isso, a Presidência e o Congresso fazem cara de paisagem. 

Quando, diante desse absurdo, o mínimo que a Comissão de Defesa Nacional - por meio de CPI para investigar o caso - o Ministério da Defesa e o Ministério da Aeronaútica deveriam fazer seria pressionar e negociar no governo o financiamento da compra da MECTRON por uma empresa da área, como a AVIBRAS, por exemplo, com recursos do BNDES, ou injetar dinheiro do Banco - agora emagrecido em 100 bilhões de reais "pagos" antecipadamente ao Tesouro - para que comprasse provisoriamente a MECTRON, assegurando que seu controle ficasse com o Estado, ao menos até o fim do programa A-Darter, ou que se estabelecesse uma estratégia voltada para impedir sua desnacionalização. 

O problema é que o BNDES, como faz questão de afirmar a nova diretoria, pretende mudar de foco para dar atenção - o que quer que isso signifique - a projetos que beneficiem "a toda a sociedade". 

Será que seria possível que a finalização do desenvolvimento de um míssil avançado  para os novos caças de nossa Força Aérea, destinado a derrubar aviões inimigos em situação de combate, em que já foram investidos milhões de dólares, viesse a ser enquadrado  nessa categoria e na nova doutrina de funcionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - que já bloqueou 1.5 bilhões que a Odebrecht teria a receber por obras no exterior - ou estaríamos pedindo demais e exagerando na importância do caso?   
http://www.maurosantayana.com