domingo, 29 de janeiro de 2017

PAPO DE BANCA - A CEDAE É DO BRASIL!



PAPO DE BANCA .
A CEDAE É DO BRASIL.
NÓS PODEMOS.
A MUDANÇA COMEÇA POR NÓS.
PODEMOS MUDAR UMA CIDADE, UM ESTADO, O BRASIL.
SIM, NÓS PODEMOS! 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Em Davos, Meirelles reúne cartel para entregar pré-sal


Ministro oferece como garantia o patrimônio e o couro do trabalhador brasileiro

Equipe econômica se reuniu a portas fechadas com 40 “investidores” no chamado Brasil Business International Group (Big) e 12 vezes com a Shell, Total entre outras múltis do petróleo
Com o lema do governo Temer de “vender o Brasil”, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, se reuniu 12 vezes com presidentes do cartel internacional do petróleo, como os da Shell e da Total, para “vender” o pré-sal, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos. Foi a primeira vez que um ministro dessa pasta participou do referido fórum.
Assim, Temer dá continuidade à política de Dilma, que leiloou em outubro de 2013 o campo de Libra, o maior do mundo, permitindo a entrada da Shell e da Total com o mesmo espaço da Petrobrás (40%) nesse campo.
Na terça-feira (17), o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o governo analisa a realização de mais um leilão no pré-sal este ano, além do aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), previsto para o terceiro trimestre. “O Governo Federal, por meio do MME, estuda a possibilidade de antecipar a terceira rodada de leilão do pré-sal e realizá-la ainda este ano”, disse o MME à Reuters.
A segunda rodada de licitações no pré-sal - composta por quatro áreas com jazidas unitizáveis não contratadas à União denominadas Gato do Mato, Carcará, Tartaruga Verde e Sapinhoá – será realizada sob as novas regras lesa-pátria, aprovadas pelo Congresso Nacional no final de 2016, que retiraram da Petrobrás a condição de operadora única do pré-sal.
SALA FECHADA
Ainda em Davos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, os ministros Fernando Coelho (Minas e Energia) e Marcos Pereira (Desenvolvimento) e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, se reuniram a portas fechadas, na quarta-feira (18), com mais de 40 “investidores” no chamado Brasil Business International Group (Big). Além do pré-sal e a mudanças na Lei de Partilha, eles procuraram mostrar que a entrega do patrimônio público não terá qualquer restrição para margens de lucros maiores para o capital estrangeiro. 
Meirelles também procurou mostrar que o congelamento de gastos públicos não financeiros, deixando livre os gastos com juros, e as propostas de reforma da Previdência e trabalhista são um atrativo a mais para os bancos e multinacionais.
Participantes de um almoço oferecido pelo banco Itaú, em Davos, disseram que entre os principais questionamentos dos “investidores” foi a reforma da Previdência. A Previdência Social é o segundo maior item do Orçamento da União, com cerca de 23%, logo atrás de juros e amortizações (42,4%). A proposta de reforma da Previdência prevê idade mínima de 65 anos e um mínimo de contribuição de 25 anos. Para um trabalhador se aposentar com benefício integral somente com mais de 70 anos, o que força o trabalhador a migrar da Previdência pública para a Previdência privada, controlada pelos bancos.
Para agradar os monopólios e demonstrar subserviência, Meirelles declarou na Suíça que a economia brasileira ainda é muito fechada e não conseguiu aproveitar os benefícios da globalização. “O que temos de fazer é nos tornarmos competitivos para disputar o mercado global”, afirmou. Haja óleo de peroba. “Competitivos” com a maior taxa real de juros do mundo (7,93%), mesmo com o ensalsado corte nominal de 0,75 ponto percentual? É só comparar: a média das taxas básicas reais de juros das 40 maiores economias do mundo está negativa (-2,0%) e a dos EUA, também (-1,75%). “Competitivos” com um câmbio que facilita a importação? “Competitivos” com uma taxa de juros que trava os investimentos produtivos? Além do que essa falácia da “globalização” só favoreceu, única e exclusivamente, os monopólios, principalmente os de origem dos EUA, notadamente os financeiros, que aumentaram sua rapinagem sobre as economias dos países da periferia do sistema.
O país vive um processo exacerbado de desnacionalização – que está levando à desindustrialização – e o ministro da Fazenda do Temer ainda acha que a economia brasileira é muito fechada. Segundo a KPMG, de 2004 a 2016, simplesmente 2.446 empresas brasileiras foram desnacionalizadas, das quais 1.654 sob a batuta de Dilma/Temer (2011/2016).
A economia está em queda livre, mas Meirelles insiste em afirmar o contrário, dizendo que o Produto Interno Bruto (PIB) vai mostrar a sua força no segundo semestre. Contudo, tem um porém: “Mas isso só ocorrerá mesmo se conseguirmos atrair todos os investimentos que vêm nos prometendo os investidores que temos consultado no exterior. Eles parecem animados com o novo Brasil e precisamos que essa intenção se transforme em realidade”.
Na segunda-feira (16), o Fundo Monetário (FMI) divulgou sua estimativa de crescimento para vários países. O Brasil, segundo esse órgão, deve crescer apenas 0,2% neste ano. Já o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, prevê um crescimento formidável de 0,5%.
VALDO ALBUQUERQUE
http://www.horadopovo.com.br/

PAPO DE BANCA - O PRÉ SAL É DO BRASIL!

Legado de Obama: trilhões a Wall Street, arrocho, guerra e Trump


 
Oito anos de governo dos bancos, pelos bancos e para os bancos abriram caminho para Trump


Eleito em meio ao crash e quando Wall Street estava em escombros, prometendo ao povo americano ser a “mudança” e dar fim às guerras de W. Bush, Barack Obama, ao encerrar sua presidência deixa os banksters em clima de orgia, com o índice Dow Jones no recorde de todos os tempos de 20.000 pontos, aumento de 140% nos lucros em relação a 2008 e uma farra de fusões, recompras de ações e distribuição de dividendos, enquanto que para a imensa maioria a “recuperação” não decolou, o salário mínimo está congelado há sete anos, a participação do trabalho na renda recuou 7%, 94% dos empregos criados foram em tempo parcial ou temporários, a desigualdade de renda e riqueza retrocedeu a patamares anteriores à crise dos anos 1930, o número de trabalhadores na indústria segue 1,7 milhão abaixo de antes da crise e o PIB mal alcançou no período pífios 2%. Trump toma posse nesta sexta-feira na capital, Washington.
Quanto às guerras, não houve um só dia de seu governo em que Obama não sujasse suas mãos com o sangue de outros povos, tendo destruído a Líbia e tentado o mesmo na Síria, mantido a ocupação do Afeganistão e voltado a intervir no Iraque, e ganho notoriedade como o ‘presidente dos drones’, com execuções com mísseis também no Iêmen, Somália e Paquistão. Antes de passar as chaves a Trump, fez de tudo para provocar a Rússia nuclear – para cujas fronteiras enviou mais e mais soldados, tanques e aviões - e a China. Promoveu uma incansável campanha de demonização do presidente russo Putin, típica operação pré-guerra no manual da CIA/Pentágono. Nobel da Paz, aprovou modernização do arsenal nuclear no valor de US$ 1 trilhão.
ARROGÂNCIA


Foi graças às traições de Obama e à arrogância, desfaçatez e desonestidade de Hillary Clinton que o improvável aconteceu. O que era uma piada do filme De Volta Para o Futuro II, da década de 1980, de que Donald Trump, cuja figura caricata de dono de cassino-torre servira então de inspiração para o vilão da história, Biff , seria ‘presidente dos EUA’ em 2015, virou realidade. Sob Obama, para o povo, só demagogia, arrocho e desemprego, até o caldo entornar.
Com ele, a impunidade se tornou um traço essencial da vida dos EUA. Nenhum banqueiro foi preso por despejar 13 milhões de famílias, cometer fraudes em massa, emitir papéis tóxicos e arrasar a economia: era a ‘doutrina Holder’ (seu ministro da ‘Justiça’). Os torturadores acionados por W. Bush foram deixados à solta, enquanto os que denunciavam seus crimes eram perseguidos e até presos. A matança de negros desarmados por policiais racistas, que jamais eram condenados e nem mesmo levados a julgamento, provocaram revoltas no país inteiro.
Os retrocessos sob W. Bush nos direitos civis (Lei Patriótica) foram mantidos por Obama, que também ampliou a vigilância em massa da NSA, denunciada por Edward Snowden, que teve que se refugiar na Rússia. Obama se tornou o presidente da história dos EUA que mais perseguiu denunciantes, perseguição que se estendeu ao editor do WikiLeaks, Julian Assange, por ter divulgado o vídeo do “Dano Colateral”, em que um helicóptero de guerra dos EUA assassina jornalistas e civis em Bagdá. Praticamente só no último dia de seu governo é que Obama comutou a pena do soldado Manning.
Ao invés de universalizar o atendimento à saúde no país desenvolvido de pior assistência médica do planeta, criando o “Medicare para todos”, Obama optou pelo Obamacare, que obriga todo o cidadão a pagar um plano de saúde privado ou então uma multa para o imposto de renda, e que subsidia o cartel no caso de baixa renda. Não chega a surpreender que, em dezembro, estudo revelou que pela primeira vez desde a crise da Aids, a expectativa de vida nos EUA voltou a cair.

Com ele na Casa Branca, a crise nas grandes cidades desindustrializadas se agravou, assim como em muitos estados; Detroit faliu. Entidades denunciaram que os cortes nas verbas estaduais para a educação chegaram a 25%, com fechamento em massa de escolas públicas e demissão de milhares de professores.
Obama se apresentou como o “campeão” dos negros, dos imigrantes e das “minorias”, mas isso, como tudo mais nele, era só marketagem e cinismo. Foi recordista absoluto entre todos os presidentes americanos em expulsar imigrantes, inclusive crianças: 3 milhões.
Além das guerras, Obama também foi a campo para impor mais tratados comerciais que ao mesmo tempo em que tornariam ainda mais precárias as condições dos trabalhadores americanos, pretendiam aumentar o controle dos monopólios americanos sobre os demais países, como o Transpacífico e o Transatlântico, que descarrilaram.
Sua “salvação” da indústria automobilística foi à custa de cortar pela metade os salários dos novos trabalhadores e de tosar a aposentadoria dos veteranos. Quanto ao complexo industrial-militar, sobre cujos malefícios até Eisenhower advertira, garantiu mais lucros por todos os meios, inclusive arrancando do regime feudal da Arábia Saudita uma encomenda gigantesca para pôr fogo no Oriente Médio.
Segundo o New York Times, a “estratégia” para as eleições dos democratas era vencer entre as “minorias” – mulheres, negros e LGBTs -, ou seja, tentar abafar as contradições que se avolumavam por oito anos de um governo dos bancos, pelos bancos e para os bancos. As chamadas “políticas de identidade”, de liberação da maconha e de defesa incondicional do aborto não deram para o gasto e até um falastrão como Trump pôde se criar.
A verdadeira política de identidade de Obama – e de Crooked Hillary – era com Wall Street.
Hoje se sabe que, antes mesmo de ser eleito em 2008, o Citibank – então falido – enviou e-mail “sugerindo” a Obama quem deveria estar no ministério dele – e, claro, acertou na mosca. O ‘primeiro presidente negro’ cuidou de resgatar o banco e deu garantias de mais de US$ 300 bilhões para mantê-lo à tona, assim como ao JP Morgan, Goldman Sachs e Wells Fargo.
A cumplicidade do governo Obama com os banksters levou o então procurador especial investigando o bailout, Neil Barofsky, a renunciar ao seu cargo. Conforme denúncia dele, o regime Obama agraciou os banksters com US$ 23,7 trilhões: US$ 6,8 trilhões através do Federal Reserve; US$ 2,3 trilhões pela FDIC (agência governamental que garante os depósitos); US$ 7,4 trilhões via TARP (bailout) e US$ 7,2 trilhões para as financeiras de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. Com uma folha corrida dessas, chega a ser hilariante como certa gente continua pronta a jurar em favor do “progressismo” de Obama (e chora por Hillary).
 
ANTONIO PIMENTA
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Elis Regina e Milton Nascimento - Caxangá

Os assassinos de Martin Luther King


JEFFREY ST. CLAIR E
ALEXANDER COCKBURN*
Martin Luther King Jr. foi assassinado há quase 46 anos, quando estava em uma varanda do hotel Lorraine, em Memphis, Tennessee. Atingido por uma bala de rifle na mandíbula. James Earl Ray, um homem branco, foi condenado pelo assassinato a 99 anos. Ray era o pistoleiro.
A denúncia de King sobre a guerra dos EUA no Vietnã, diante de uma multidão de 3.000 pessoas na Igreja Riverside, em Manhattan, ocorreu um ano antes do assassinato. Descreveu a destruição do Vietnã pelas mãos da “arrogância mortal do ocidente”, insistindo que a “América está do lado dos ricos e da segurança, enquanto criamos um inferno para os pobres. Pegam os jovens negros que foram alijados por nossa sociedade e os enviamos a 12,8 mil quilômetros de distância por liberdades no Sudeste Asiático que os soldados não haviam encontrado, nem mesmo, na Geórgia ou no Harlem”.
Os espiões do exército gravaram secretamente o pantera negra, Stokely Carmichael, alertando King: “Os poderosos não se importam com você mobilizando nossos guetos de concentração, mas se você disser a eles que sua máquina de guerra não passa de um bando de assassinos contratados, você terá problemas”. Carmichael estava certo. Depois dos distúrbios de Detroit em 1967, 496 homens negros presos foram entrevistados por agentes do Grupo de Operações Psicológicas do Exército. Descobriram que King era de longe o líder mais popular. Nesse mesmo ano, observando a grande marcha anti-guerra em Washington, outubro de 1967, do teto do Pentágono, o general William Yarborough, vice-chefe da Equipe de Inteligência do Exército, concluiu que “o império se despedaça”. Ele achava que havia poucas tropas confiáveis para combater a guerra no Vietnã e manter a linha em casa.
O Exército elevou a vigilância contra King. Os Boinas Verdes e membros das Forças Especiais do Vietnã começaram a fazer mapas de ruas e a identificar locais para posicionar atiradores nas principais cidades americanas. A Ku Klux Klan foi recrutada pelo 20º Grupo das Forças Especiais, sediado no Alabama, como uma rede de inteligência associada. O Exército começou a oferecer rifles modelo 30.06 para os departamentos de polícia, incluindo o de Memphis. King foi perseguido por unidades de espionagem no início de 1967. Uma unidade dos boinas verdes estava operando em Memphis no dia em que ele foi assassinado. A bala que o matou veio de um rifle modelo 30.06. Os chefes de inteligência estavam cada vez mais histéricos sobre a ameaça de King à estabilidade nacional.
Depois de seu discurso sobre o Vietnã, os principais jornais o criticaram. 15 anos depois, o NYT ainda não aceitava a ideia de feriado nacional em sua homenagem. “Por que não um feriado em homenagem a Martin Luther King?”, perguntou editorial do NYT. “Dr. King, um homem humilde, seria contra dar tanta importância a qualquer indivíduo. Não devemos fazer homenagens singulares se isso diminui outras figuras negras históricas. Dê a um deles um feriado e todos eles vão querer um”.
Poucas horas depois do assassinato de King, eclodem revoltas em 80 cidades. Dezenas, em sua maioria negros, foram mortos. Em 6 de abril as autoridades de Oakland encurralaram as lideranças dos Panteras Negras. Quando um dos líderes mais jovens, Bobby Hutton, surgiu sem camisa e com as mãos ao alto, atiraram nele até a morte. As execuções de Panteras Negras seguiram. Entre as mais famosas está o assassinato de Fred Hampton e Mark Clark, pela polícia de Chicago enquanto dormiam, com a cumplicidade do FBI, em dezembro de 1969.
 
* Publicamos trechos do artigo divulgado pelo site Counterpunch sob título ‘As elites mataram Martin Luther King?’ 
http://www.horadopovo.com.br/
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