sexta-feira, 8 de julho de 2016

Retração no comércio é maior do que no ano do apagão, diz Serasa


De janeiro a junho deste ano, recuo é de -8,3%
O movimento dos consumidores nas lojas do comércio concluiu o primeiro semestre de 2016 com uma queda de 8,3% frente ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2002, em plena “crise do apagão”, houve a pior retração registrada pelo indicador, em menos 6,9%. Neste semestre, portanto, a queda no desempenho da atividade varejista do país foi ainda maior.
Para os economistas da Serasa Experian a elevada taxa de desemprego do país, o grau deprimido dos níveis de confiança do consumidor, como também pelas condições mais restritivas do crediário, explicam a forte retração da atividade varejista no primeiro semestre de 2016.
Esses fatores são determinados pelas políticas de arrocho fiscal para gerar superávit primário para o pagamento dos juros da dívida pública e pelas taxas de juros siderais que os próprios governos Dilma e Temer determinam, contraditoriamente, aumentando as despesas com juros. Esse ciclo tem derrubado os investimentos públicos e os privados deles derivados.
O segmento de veículos, motos e peças registrou a maior retração com uma queda de 17,0% no primeiro semestre de 2016, frente ao mesmo semestre do ano passado. A segunda maior queda foi de 13,9%, observada no movimento dos consumidores nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Houve recuo também significativo, de 13,3%, nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática.
As lojas de material de construção com retração de -6,4% e os supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas com queda de -7,5%, ainda que menores, foram reduções também expressivas.
Somente o segmento de combustíveis e lubrificantes com alta de 4,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado, conseguiu encerrar o primeiro semestre no azul.
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