domingo, 17 de janeiro de 2016

Planalto torra R$ 450 bi com juros. Inflação e desemprego disparam



O governo Dilma torrou com juros de janeiro a novembro de 2015 R$ 449,7 bilhões, 70% a mais do que o total de recursos públicos desviados para bancos e demais rentistas no mesmo período de 2014, de R$ 264,2 bilhões. Esses R$ 449,7 bilhões representam 8,31% do PIB brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país no período, que foi de R$ 5,4 trilhões. É um nível assombroso.
A opção do governo de praticar as taxas de juros mais elevadas do planeta em prol dos bancos, a pretexto de combater a inflação, provocou um desequilíbrio de tal ordem na economia brasileira cujos resultados verificados no ano passado são desastrosos.
Vejamos os dados divulgados no apagar das luzes de 2015 e no início deste ano pelo IBGE. O emprego industrial recuou, de janeiro a outubro, -5,9% e a folha de pagamento real desabou -7,1%. A produção industrial caiu -8,1% no acumulado de janeiro a novembro de 2015 com queda generalizada em 12 de 15 locais pesquisados no mesmo período. As vendas no comércio varejista também registraram queda de -8,4% de janeiro a novembro do ano passado e o setor de serviços recuou -3,4%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano de 2015 com uma alta acumulada de 10,67%, contra 6,41% em 2014, segundo dados divulgados pelo IBGE, no dia 8 de janeiro deste ano.
O índice de preços administrados disparou 18,08%. A conta de luz subiu, em média, 51%; ônibus urbano teve alta de 15,09%; e a taxa de água e esgoto, 14,75%. A gasolina aumentou 20,1% e o etanol, 29,63%.
Caged
O desemprego é crescente e atinge em cheio o trabalhador com carteira assinada. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em 18/12/15 pelo Ministério do Trabalho, informaram que as demissões em novembro/15 superaram as contratações em 130.629 vagas. Este foi o oitavo mês seguido de fechamento de vagas formais.
No acumulado do ano, até novembro/15, foram fechados 945.363 postos com carteira assinada. Já nos últimos 12 meses, o número de postos eliminados chega a 1,52 milhão.
Houve fechamento de vagas em todas as regiões do país em novembro. No ano, os estados que mais demitiram foram São Paulo (-254 mil), Rio de Janeiro (-134,7 mil) e Minas Gerais (-131,2 mil).
A indústria de transformação no acumulado até novembro de 2015, confirmando-se a previsão em torno de -8,1% no ano, será a pior contração da produção industrial desde 1992.
Os investimentos do governo foram drasticamente reduzidos, os cortes orçamentários não pouparam nem o “Programa Minha Casa Minha Vida”, o custeio foi também duramente atingido. Os empresários, nesse contexto, reduziram também seus investimentos, inclusive porque as aplicações financeiras, passaram a ser muito mais lucrativas que quaisquer atividades produtivas.
Contudo, o Banco Central sinaliza, ainda, com um novo aumento da taxa Selic - hoje em 14,15% - na próxima reunião do Copom, dias 19 e 20 de janeiro, entre outras maldades que vão se instalando contra a maioria da sociedade e, como se vê, a inflação continua descontrolada.
PIB
Em março, o IBGE divulga o resultado PIB de 2015. No terceiro trimestre, o PIB recuou 1,7% em relação ao trimestre anterior, a maior queda para esse período desde 1996. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014, o tombo foi de 4,5% e no acumulado de janeiro a setembro caiu 3,2%, segundo números divulgados no dia 1º de dezembro.
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