quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Procurador venezuelano descobre delícias de Miami e pranteia arruaceiro López que ele próprio havia denunciado à Justiça


O Comitê de Vitimas das Guarimbas (violentas arruaças no jargão venezuelano) de 2014 entregou nesta segunda (9), à Procuradoria-Geral da Venezuela, um documento rechaçando as recentes declarações do ex-procurador do Ministério Público, Franklin Nieves, responsável pela acusação no julgamento do ex-prefeito guarimbero, Leopoldo López, condenado a 13 anos de cadeia devido ao seu envolvimento com as arruaças para tentar derrubar o governo.
Luis Duran, que é representante do Comitê e foi responsável pela entrega do documento, denunciou a “parcialidade das declarações do procurador a favor de Leopoldo López durante o desenvolvimento do processo penal”. Duran exigiu respostas acerca dos motivos que levaram Nieves a procurar saídas para não incriminar López, principal dirigente do partido “Voluntad Popular”.
Ele também pediu que seja realizado uma investigação envolvendo os recursos que permitiram Nieves e sua família saírem do país para se instalarem em Miami, nos EUA. Aliás Miami, há décadas é refúgio ideal a ratos e gusanos de todo teor.
No mesmo sentido o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou, dia 28 de outubro, suspeitas de que Nieves recebera pagamentos milionários para dirigir uma campanha de descrédito em relação ao sistema judicial do país, focando no processo de Leopoldo López.
“Ele estava aqui para impedir que López fosse acusado por assassinato, esse era o seu trabalho, ele o terminou e foi embora”, disse Cabello. “É muito estranho, não é? Ele era procurador, e aqui na Venezuela não disse nada, foi para os Estados Unidos e agora se tornou em um herói da oposição”.
Depois que chegou aos EUA, Nieves emitiu diversas declarações desqualificando o sistema judicial venezuelano, inclusive pela rede CNN espanhol, conhecidamente ligada a campanhas anti-Venezuela. No Brasil o jornal “O Globo”, publicou uma entrevista, de página inteira, onde Nieves aparece chorando, a insinuar que fugiu da Venezuela devido as injustiças contra López e, com medo da integridade a sua família sem apontar nenhum dado que sustente tais suposições.
As arruaças organizadas por Leopoldo López, o plano conhecido como “La Salida”, em 2014 levaram 43 venezuelanos a morte e deixaram mais de 800 feridos. López se entregou à prisão e foi até lá acompanhado pelo presidente da Assembleia venezuelana depois que o serviço de segurança do país lhe mostrara vídeos onde os guarimbeiros planejavam matá-lo para inculpar o governo venezuelano.
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