quarta-feira, 29 de abril de 2015

Governo do PSDB baixa porrada em professores no Parana.

Internet: sombra de um grande retrocesso

Por Rafael Evangelista, no site Outras Palavras:


Todos os dias, milhões de pessoas ao redor do mundo repetem, ao acordar, o mesmo gesto: desligam o despertador do celular, ligam o wi-fi de casa, acessam as redes sociais e conferem as notícias recentes, escolhidas – literalmente – a dedo por aqueles que resolvemos “seguir”: amigos, amigos da rede, personalidades, jornalistas, formadores de opinião, colunistas, piadistas. Se o ritual não é exatamente esse, não foge muito de um roteiro comum. O café da manhã com as notícias do jornal, selecionadas no dia anterior pelo editor-chefe da renomada publicação e que congregava o que era “preciso saber” sobre o que aconteceu no mundo, vai sendo substituído. A seleção, por um lado, é mais distribuída (democrática?) e bebe das fontes mais diversas, confiáveis ou não. Por outro, não obedece a uma ordenação visível, equilibrada ou, aparentemente, lógica. É feita de acordo com o leitor, de acordo com sua ficha no sistema ou com algo derivado disso, relacionado ao perfil, gostos ou interesses das pessoas ou instituições a que está conectado como amigo, seguidor ou qualquer que seja a palavra que a rede social escolhe para designar a ligação entre perfis.

Essa, porém, é somente a versão mais simples da situação, do novo cenário que marca o nosso consumo de notícias, informação e cultura, a relação mediada que estabelecemos com o mundo, com a realidade, via meios de comunicação. Nessa relação, o jornalismo está incluído, mas é apenas uma parte do conjunto de produções informacionais que nos é entregue diariamente pelo mesmo canal, ou por um conjunto de canais/redes sociais a partir dos quais somos indicados a que vídeos ver, que música ouvir, que notícias e opiniões consumir. Como uma televisão de programação fragmentada, onde a fronteira entre ficção e realidade é borrada freneticamente.

As questões mais visíveis que se colocam aí – falaremos também de outras, subterrâneas – dizem respeito a como se tornou emergente a seleção do que nos é apresentado. Por emergente entende-se algo que não obedece, a priori, um comando total centralizado, um indivíduo ou um conjunto determinado de indivíduos que escolhe soberanamente o que vai estar na capa e nas folhas internas do jornal. A escolha passa a se dar “de baixo para cima”, derivada de uma interação, que varia de acordo com cada usuário, entre os diversos pontos da rede. O “jornal” que leio certamente será diferente do jornal que outros leem. Talvez seja parecido com o de outros palmeirenses, da região de Campinas, interessados em tecnologia e sociedade. Ainda assim, não idêntico.

A própria ideia de jornal parece cada vez mais como algo do passado. Os veículos, sejam os jornais e revistas físicos que comprávamos na banca, sejam os grandes portais dos primeiros anos da internet, se estilhaçam. Os recebemos aos pedaços, uma matéria, uma coluna, uma charge. Continuam lá, como estrutura, ainda podemos navegar por eles. No caso dos portais, foram tornados imensos, na busca desesperada por cliques, em que tanto faz 100 cliques em 10 matérias ou 10 cliques em 100 matérias. Mas consumimos os veículos despedaçados, com o nome do jornal ou do site mais funcionando como uma referência de confiabilidade e inclinação político-editorial do que qualquer outra coisa. Uma marca, a se confiar muito, pouco ou nada.

Veículos de comunicação do mundo todo, e de todos os tamanhos, hoje dependem das redes sociais para terem seus conteúdos acessados pelo grande público. Quem está fora delas, ou não as alimenta com verbas publicitárias dos mais variados tamanhos, dificilmente alcança uma audiência relevante. Movimentos sociais, que nos últimos anos apostaram quase todas as suas fichas na mobilização via redes sociais mais famosas – afinal, todo mundo está lá – hoje estão praticamente igualados a qualquer empreendimento comercial. O Facebook, por exemplo, tem uma política ativa de eliminação de perfis que não sejam de pessoas físicas. O objetivo é fazer a separação em dois tipos de usuários/postadores de coisas: as pessoas físicas, cuja relação é dada com outras pessoas que veem seus posts mutuamente; e as pessoas jurídicas (vale qualquer uma delas, empresas, movimentos, artistas, intelectuais), que pagam para terem seu conteúdo distribuído maciçamente – quanto mais dinheiro, mais distribuição – ou ficam restritos à comunicação com uma meia dúzia de assinantes, apenas uma fração das pessoas que manifestaram ativamente quererem acompanhar os conteúdos daquela fonte.

No entanto, o mais relevante, e politicamente mais importante, é o que não sabemos sobre o modo como se dá essa distribuição de conteúdos. Os critérios subterrâneos, como dito anteriormente. Continuemos a usar o Facebook como exemplo, embora isso valha para qualquer sistema de recebimento de conteúdo via feed (linha do tempo, no caso do Facebook) governado por algoritmos. A interação entre as pessoas é intermediada por uma fórmula fechada (secreta) que estabelece critérios sobre de que “amigos” receberemos conteúdos, de quais tipos e com que frequência. Isso significa que o usuário não estabelece uma relação direta com quem segue, que não há garantias de que o que posta em seu perfil será entregue a todos os seus seguidores. Isso dependerá de razões que não conhecemos, que a princípio se relacionam com as micro-redes estabelecidas (os subconjuntos de amigos que conversam entre si), mas que são bem mais complexas do que isso e mudam ao sabor dos interesses do dono da estrutura.

A manipulação invisível

Em meados do ano passado, usuários e instituições que se preocupam com o gerenciamento da internet foram surpreendidos com a notícia de que o Facebook alterou o feed de aproximadamente 700 mil usuários para se estudar o que se chama de “contágio emocional”. Lê-se no artigo publicado sobre o estudo: “Estados emocionais podem ser transferidos a outros via contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções sem sabê-lo. O contágio emocional é um fenômeno bem estabelecido em experimentos de laboratório, com as pessoas transferindo emoções positivas e negativas umas às outras”. O experimento ocorreu durante uma semana, em 2012, comprovando a tese sobre o contágio. Realizado pelas Universidades de Cornell e da Califórnia, nos Estados Unidos, a manipulação dos feedsdesses usuários contou, como não poderia deixar de ser, com o apoio do Facebook, interessado nos resultados. Mais, ele não teria ocorrido a pedido dos pesquisadores, mas após o Facebook realizar a manipulação. Os cientistas apenas trabalharam com os dados fornecidos pela empresa. As informações são de matéria da The Atlantic, uma das primeiras a divulgar o estudo.

Embora tenha sido criticado por sua falta de ética, o estudo não fez nada ilegal, já que os termos de uso aceitos pelos usuários do Facebook permitem esse tipo de manipulação.

Além de questões óbvias envolvendo a manipulação dos usuários de redes sociais para esse tipo de experimentação, o caso traz preocupações políticas bastante claras. Segundo Susan Fiske (editora da revista que publicou o artigo, o Facebook manipula ofeed de notícias de seus usuários o tempo todo. Ela teria sido informada disso pelos autores do estudo, após questioná-los sobre a ética do experimento. Isso significa que esse tipo de manipulação não é eventual e provavelmente continua sendo feita. O sentimento de humor estragado, após aquela entrada matinal no Facebook, pode não ser um acaso, uma ilusão emocional ou reflexo de que é preciso refazer sua lista de amigos. Pode estar ligado ou a algum teste, como no passado, ou a algum objetivo consciente, ainda que não público.

Para além do caso relatado, podemos imaginar um tipo de manipulação emocional mais focalizada, com impactos possivelmente maiores e consequências práticas complicadas. Os usuários das redes sociais estão ali para interagir e obter informações, seja dos amigos ou do mundo. O que capturam a partir dali, as informações que obtêm, influenciam inegavelmente em suas ações no dia a dia. O factual ainda pode ser refutado ou checado. As emoções, não. De modo diverso, elas também impactam as ações concretas, porém são menos verificáveis. Por mais que isso pareça um cenário de ficção científica é preciso pensar: e se for possível alterar o clima de confiança de uma região inteira?; que impactos políticos e econômicos isso teria?

Dos mecanismos de busca aos feeds obscuros

A questão é que, nos últimos anos, o perfil de uso da web mudou. Passamos de um modelo em que tínhamos os motores de busca como centrais para outro em que somos governados/administrados pelos feeds que recebemos. Nossa atenção é constantemente chamada, procuramos muito menos pelos conteúdos.

O impacto disso seria muito menor e muito mais relativo se esses algoritmos fossem públicos e mais administráveis por quem os usa. Mas, muito pelo contrário, são secretos, têm propriedade intelectual e caminhamos para uma internet muito mais centralizada, comandada por poucas empresas de tecnologia, ainda que espalhada por diversos servidores ao redor do globo, que agregam todos os serviços que usamos: redes sociais, e-mail, plataformas de publicação de textos e vídeos.

Desde meados da década de 1950, após o grande trauma da Segunda Guerra Mundial, confiamos na comunicação como meio para a paz e estabilidade. Nossa utopia orientadora, de raiz iluminista, nascida no meio do século passado, mas vigorosa no século XXI, diz que é possível resolver quase todas as nossas diferenças pela via da comunicação, pequenas ou grandes. Guerras seriam evitadas se os povos tivessem maior entendimento mútuo. Conflitos de classes poderiam ser resolvidos pela negociação e pelo entendimento. A comunicação científica poderia melhorar as relações entre ciência e sociedade, pavimentando um futuro de progresso científico para todos.

A internet, surgida pelas mãos e ideias de pesquisadores que foram fundamentais na construção dessa utopia, encaixou-se como uma luva. Para a luta pela democratização da comunicação ela apareceu como fórmula mágica, como saída não conflitiva para a concentração dos meios. Não seria mais preciso brigar por uma divisão justa do espectro eletromagnético (aquele em que se distribui desde os canais de televisão, de rádio, aos sinais de celular): a internet multiplicaria exponencialmente os canais; cada pessoa, grupo ou coletivo poderia ser um canal. Mas pouca gente se atentou que esses cabos, domínios, IPs, servidores, têm dono, são privados. E quem é dono manda. Com as redes sociais esse cenário parece ter se agravado, as pessoas estão concentradas em “jardins murados”, em ambientes restritos da web que se parecem com condomínios privados. Por um lado, aqueles que não têm voz nos canais tradicionais motivam-se a disputar espaço e a falarem para muita gente ali reunida. Por outro, vivem as limitações materiais e de software de um espaço que não controlam.

É preciso politizar a internet e entender seu uso e funcionamento material na atualidade. Ao mesmo tempo, é preciso recuperar e analisar criticamente as utopias da comunicação que nos informam. Assim, poderemos entender as mudanças pelas quais passam o sistema informativo do mundo, podendo agir conscientemente sobre ele em direção a estruturas democráticas de comunicação. A ação e a cultura política não são decorrências mecanicamente determinadas por essas estruturas, mas podem tender para cenários desagregadores, autoritários e contrários aos direitos humanos se assim forem manipuladas.

Bibliografia

Evangelista, R. A.; Kanashiro, M. M. 2013. “Cibernética, internet e a nova política dos sistemas informacionais”. In: Giuseppe Cocco (org.) Gabinete digital: análise de uma experiência. Corag e Imprensa Oficial do Estado do Rio Grande do Sul: Porto Alegre. (http://gabinetedigital.rs.gov.br/wp/wp-content/uploads/2013/09/Gabinete-Digital_-An%C3%A1lise-de-uma-experi%C3%AAncia.pdf)

Kanashiro, M. ; Bruno, F. ;Evangelista, R. ; Firmino, R . “Maquinaria da privacidade”. Rua(Unicamp) , v. 2, p. online, 2013. (http://www.labeurb.unicamp.br/rua/pages/home/capaArtigo.rua?id=211)

Breton, P. (1995) Norbert Wiener e a emergência de uma nova utopia. Disponível em http://cibercultura.fortunecity.ws/vol1/breton.html Acesso em 20/08/2011

Barbrook, R. Futuros imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global. Ed. Peirópolis, 2009

Pequeno, V. “Nos subsolos de uma rede – sobre o político no âmago do técnico”. Dissertação de mestrado. MDCC-IEL-Unicamp. 2015.

domingo, 26 de abril de 2015

Os professores e os jagunços da mídia


Por Altamiro Borges

Diante das lutas dos trabalhadores, a mídia patronal sempre adotou um comportamento padrão. Num primeiro momento, ela invisibiliza as mobilizações. Assembleias, passeatas e greves não são notícias – e, como não aparecem no “Jornal Nacional” da TV Globo, elas não existem. Já num segundo momento, se a mobilização ganha força, a mídia simplesmente criminaliza a categoria. Os grevistas passam a ser culpados pelo congestionamento do trânsito – que são bem raros nos centros urbanos. Este padrão de manipulação é explícito na cobertura “jornalística” da greve dos professores de São Paulo, que já dura mais de 40 dias e enfrenta com coragem a intransigência do governador Geraldo Alckmin.

Diferentemente da postura adotada nas marchas golpistas – quando a mídia tucana deu manchetes, fez roteiros para os manifestantes e até alterou a sua grade de programação (a TV Globo chegou a mudar o horário de partidas do campeonato paulista) –, a justa paralisação do professorado paulista tem merecido um tratamento criminoso. Durante várias semanas, a greve sequer foi mencionada no “Jornal Nacional”. A diretoria do sindicato da categoria, a Apeoesp, chegou a enviar uma carta ao diretor de jornalismo da emissora, o capacho Ali Kamel, criticando a total ausência de cobertura da mobilização.

Como a greve cresceu e ganhou força – cerca de 80% da numerosa categoria está parada e as passeatas e assembleias reúnem mais de 50 mil professores no centro da capital paulista –, agora a mídia patronal partiu para a agressão. Ela exige imediata repressão e tenta jogar a população contra os grevistas. Em editorial neste sábado (25), intitulado “A baderna da Apeoesp”, o oligárquico jornal Estadão voltou a esbravejar que “a luta social é caso de policia” – como fazia no período das greves dirigidas pelos anarquistas, no começo do século passado. Diante de um confronto isolado com a repressão policial, na última quinta-feira (23), o jornal rosnou:

“As cenas de violência protagonizadas quinta-feira por professores em greve, em frente à sede da Secretaria Estadual da Educação, são muito mais do que um caso de polícia, embora por si só isso já sejam suficientemente graves, tendo em vista a importância social da categoria envolvida. Foi um triste atestado do aviltamento profissional de uma parte do professorado pela militância política, do qual as principais vítimas são evidentemente as crianças e os jovens de cuja formação esses professores devem cuidar”. Após elogiar a conduta do governador tucano Geraldo Alckmin, o editorial rosna: “É altamente preocupante pensar que o futuro dos alunos da rede pública está entregue a pessoas – ressalvadas as exceções – que cultivam a intolerância e cultuam a baderna”.

Menos hidrófobo e mais maroto na criminalização da greve, o editorial da Folha tucana, com o título “Mestres indisciplinados”, apelou para o fim do impasse. Sem apresentar qualquer crítica ao longo reinado tucano, que já dura mais de 20 anos e agravou o caos na educação em São Paulo – com salários aviltantes, péssimas condições de trabalho e total ausência de segurança nas escolas –, o jornal condenou a demanda “descabida” da categoria e as cenas de confronto. Na conclusão, não escondeu que segue blindando o governador Geraldo Alckmin: “Por mais que se concorde com a necessidade de valorizar a profissão docente, como sempre defendeu esta Folha, parece manifesto que o sindicato aposta num impasse e no prolongamento da greve”.

Nas emissoras de rádio e televisão, o clima que se tenta criar também é o da demonização da greve da categoria. Alguns jagunços midiáticos estão histéricos e exigem a imediata repressão aos grevistas. Um deles, o famoso pitbull Reinaldo Azevedo – da revista Veja, do jornal Folha e da rádio CBN (que toca mentira), até mereceu mais uma incisiva resposta da presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, que reproduzo abaixo:

***** 

Mais um ataque de Reinaldo Azevedo contra os professores. Até quando?

Novamente, o pseudo-jornalista Reinaldo Azevedo vem a campo para defender seus patrões, o PSDB. Novamente, ataca com baixeza minha pessoa e os professores estaduais em greve.

Mentiroso contumaz, este senhor diz que nossa categoria reivindica 75% de reajuste salarial de uma única vez. As pessoas sérias, que leem os materiais do nosso sindicato, já sabem que estamos pedindo um plano de composição salarial para alcançar o aumento de 75,33% necessário à equiparação salarial com os demais profissionais de formação com nível superior, como determina a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que é uma lei votada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidenta da República. Reinaldo Azevedo propõe, então, que o governo do PSDB não cumpra a lei.

Ele vocifera contra um grupo de professores que tentou ocupar a sede da Secretaria Estadual da Educação, após uma reunião na qual o Secretário da Educação disse não ou não respondeu aos pontos da nossa pauta de reivindicações. Ao contrário do que ele diz, nosso sindicato não deliberou que fosse feita esta ação, mas é compreensível que professores estejam indignados cansados e estressados com o pouco caso do governo do PSDB para com a nossa categoria e para com a escola pública.

Por que Reinaldo Azevedo não se mostra indignado com a postura autoritária e irresponsável do Governador e do Secretário da Educação, que ignoram milhares de professores em greve há mais de 40 dias e milhões de alunos sem aulas? Sim, porque pode estar havendo tudo nas escolas estaduais, menos aulas regulares. Alunos são empilhados em salas superlotadas, com turmas agrupadas, onde professores eventuais tentam manter um falso clima de normalidade, de acordo com a determinação da Secretaria da Educação. É isso que deseja Reinaldo Azevedo para os estudantes das escolas estaduais, porque nutre profundo desprezo pelas camadas pobres da população, usuárias das escolas públicas.

Este senhor tenta atacar-me utilizando minha trajetória sindical. Quanta pobreza de espírito! Tenho um enorme orgulho de minha história, que é bem diferente da de Reinaldo Azevedo, que ganha a vida dedicando-se a enxovalhar pessoas. Sim, eu me dedico diuturnamente a defender os professores e a escola pública. Sou professora, estou dirigente sindical, porque fui eleita e reeleita diversas vezes pelo voto direto para esta função. E este jornalista? Que caminhos tortuosos o trouxeram à sua condição atual?

Todos os anos participo da atribuição de aulas na Escola Estadual Monsenhor Jerônymo Gallo, em Piracicaba, onde sou professora efetiva. Depois disponibilizo as aulas para outro colega, porque tenho direito legal ao afastamento para exercício de mandato sindical. Tenho uma ligação muito profunda com os professores e com os estudantes da rede estadual de ensino, algo que Reinaldo Azevedo e seus patrões nunca conseguirão me tirar, porque faz parte da minha alma.

O que interessa, mesmo, é que o Governo Estadual do PSDB, Reinaldo Azevedo e outros sabujos jamais conseguirão quebrar a força, a dignidade e espírito de luta dos professores da rede estadual de ensino. Por isso estão tão nervosos. Por isso, cada vez mais, este pretenso jornalista escreve seus textos com lama.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Múltis do vestuário dão calote em milhares de vítimas do Rana Plaza


  Desmoronamento do complexo têxtil em Bangladesh matou 1.138 e feriu 2.437. Tragédia anunciada ocorreu há dois anos e as empresas não pagam as indenizações devidas a sobreviventes
O desmoronamento do complexo têxtil Rana Plaza, na periferia de Daca, capital de Bangladesh, matou soterradas 1.138 pessoas e deixou 2.437 feridas no dia 24 de abril de 2013, desnudando a lógica do lucro máximo que guia as transnacionais da moda. Passados exatos dois anos, apesar da pobreza dos sobreviventes e dos familiares dos mortos, de haver inúmeros mutilados e centenas de crianças órfãs, gigantes como a Benetton ainda não desembolsaram um único centavo de indenização. Entre as marcas vinculadas diretamente com a tragédia, Walmart e GAP chegaram a fazer lobby contra qualquer acordo para abrandar a dor das vítimas.
Acompanhada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma comissão independente estimou em US$ 30 milhões a soma adequada para indenizar os sobreviventes e os parentes das vítimas fatais. Embora as mutilações e a gravidade dos ferimentos multipliquem o número de suicídios, empresas mundialmente conhecidas têm ignorado a situação caótica, continuam persistindo nos atropelos e ainda devem 30% do montante estipulado.
Muitas transnacionais não pagaram praticamente nada, se utilizando do cínico argumento de que as fábricas afetadas pelo desmoronamento não haviam produzido ou armazenado roupas com o seu conhecimento ou haver recebido tal encargo. O desembolso de empresas como a C&A, Primark e Mango foi ínfimo, sem qualquer relação com o seu tamanho ou capacidade de pagamento.
TERCEIRIZAÇÃO
Na prática, são arapucas que vêm impondo suas regras burlando a legislação trabalhista, agredindo a soberania dos países e povos, e enterrando qualquer princípio ético. É desta forma, terceirizando e precarizando, que impõem jornadas de trabalho de até 14 horas, com apenas dois dias de folga no mês - como era prática no Rana Plaza e nas demais 5.400 fábricas de vestuário de Bangladesh. Reduzido a um entreposto comercial, o país é o segundo maior fabricante de roupas do planeta, setor que representa 80% das suas exportações, gera mais de 15 bilhões de euros anuais e emprega mais de quatro milhões de trabalhadores, dos quais 85% são mulheres.
No Rana Plaza, mesmo que tenham aparecido rachaduras na estrutura de oito andares no dia anterior ao “acidente”, os mais de 3.500 funcionários tiveram de trabalhar para receber um dos salários mais baixos do mundo: US$ 37 mensais.
“Ninguém queria voltar ao edifício naquele dia, mas ainda assim entrei. Quando bastante gente te bate, faz o que te digam. Podíamos ver a tensão nos olhos das pessoas”, relatou Shila Begum, costureira encontrada sobre os escombros. Submetida a uma cirurgia para extrair o útero, além do trauma, ela convive com dores fortes e constantes em seu braço e já não pode trabalhar.
O arrocho salarial, a extrema precarização das relações de trabalho, a inexistência de medidas de segurança ou fiscalização, e a violenta perseguição à organização dos trabalhadores, tortura e assassinato de lideranças – como a de Aminul Islam, em 2012 -, faz de Bangladesh o paraíso das multinacionais, com menos de 3% de sindicalização.
MOBILIZAÇÃO
Após muita pressão do sindicalismo internacional, empresas estadunidenses como o Walmart, Chidren’s Place e Gap, que inicialmente haviam se negado a contribuir para o fundo de compensação às vítimas de acidentes – e até mesmo a assinar um documento para mudar as condições de insegurança e ameaça de incêndio nas confecções de Bangladesh – acabaram liberando recursos insignificantes diante da dimensão do problema que causaram. O fato, denunciam as vítimas, é que “os valores não cobrem sequer os médicos e os medicamentos gastos”.
“Empresas como o Walmart darem somente 750 dólares por família afetada, para quem ficou sem sua única fonte de renda e que estão sem casa, para jovens que perderam uma perna ou para 300 crianças que agora são órfãs é, sem dúvida, um valor muito baixo”, condenou Liana Foxvog, diretora do Fórum Internacional de Direitos Laborais.
SEM PAGAMENTO
“Me bateram nas orelhas, no peito e no estômago. Quando cai, me pisotearam e gritei”, declarou um trabalhador de uma fábrica de Daca, descrevendo o tratamento recebido da empresa quando tentou interceder por colegas despedidos sem receber o pagamento devido.
Conforme Eva Kreisler, diretora da Campanha Roupa Limpa, que luta por melhores condições de trabalho na indústria têxtil, as condições de fiscalização das irregularidades são bastante “complicadas”. “As multinacionais têxteis podem chegar a ter mais de 1.400 provedores diferentes”, afirma Kreisler, frisando que “o princípio pelo qual se guia o ‘fast fashion’ é o de fabricar rápido, em grandes quantidades e a preços muito baixos”. Embora as transnacionais tenham uma lista de provedores oficiais que devem ser submetidos a auditorias para comprovar o cumprimento das normas da OIT, denuncia, na maioria dos casos não há esta preocupação. “Enquanto cumpra com os requisitos de qualidade, o resto parece que não interessa”, disse. De acordo com ela, este foi o caso do Rana Plaza, “onde as pessoas tiveram que eleger entre salvar sua vida ou arriscá-la para poder receber o salário”. Diante de tamanho descalabro, Kreisler defende que “deveriam ser adotados mecanismos legislativos que ponham freio às transnacionais, que devem ser responsabilizadas juridicamente não somente em seu país, mas onde atuam pelo mundo, em toda a sua cadeia de produção”.
Deixando às claras as razões da presença de multinacionais em Bangladesh, o jornal espanhol Expansión aponta que a preferência se dá porque a mão de obra é mais barata, não se pagam impostos às importações e as condições de trabalho são “muito flexíveis”.

L.W.S
http://www.horadopovo.com.br/

DEPUTADOS FEDERAIS QUE VOTARAM NÃO E SIM A TERCEIRIZAÇÃO

Votos nominais:

Parlamentar – Unidade da Federação – Voto


DEM
Alexandre Leite SP Sim
Carlos Melles MG Sim
Claudio Cajado BA Sim
Eli Côrrea Filho SP Sim
Elmar Nascimento BA Não
Hélio Leite PA Sim
Jorge Tadeu Mudalen SP Sim
José Carlos Aleluia BA Sim
Mandetta MS Não
Marcelo Aguiar SP Sim
Mendonça Filho PE Sim
Moroni Torgan CE Não
Onyx Lorenzoni RS Sim
Osmar Bertoldi PR Sim
Paulo Azi BA Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende TO Não
Total DEM: 16

PCdoB
Alice Portugal BA Não
Aliel Machado PR Não
Carlos Eduardo Cadoca PE Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Não
Davidson Magalhães BA Não
Jandira Feghali RJ Não
Jô Moraes MG Não
João Derly RS Não
Luciana Santos PE Não
Orlando Silva SP Não
Rubens Pereira Júnior MA Não
Wadson Ribeiro MG Não
Total PCdoB: 13

PDT
Abel Mesquita Jr. RR Não
Afonso Motta RS Não
André Figueiredo CE Não
Dagoberto MS Não
Damião Feliciano PB Não
Félix Mendonça Júnior BA Sim
Flávia Morais GO Não
Giovani Cherini RS Não
Major Olimpio SP Não
Marcelo Matos RJ Não
Marcos Rogério RO Não
Mário Heringer MG Sim
Pompeo de Mattos RS Não
Roberto Góes AP Não
Ronaldo Lessa AL Não
Sergio Vidigal ES Não
Subtenente Gonzaga MG Não
Weverton Rocha MA Não
Wolney Queiroz PE Não
Total PDT: 19

PEN
André Fufuca MA Sim
Junior Marreca MA Não
Total PEN: 2

PHS
Adail Carneiro CE Não
Diego Garcia PR Não
Kaio Maniçoba PE Sim
Marcelo Aro MG Sim
Total PHS: 4

PMDB
Alberto Filho MA Sim
Aníbal Gomes CE Sim
Baleia Rossi SP Sim
Cabuçu Borges AP Sim
Carlos Bezerra MT Sim
Carlos Henrique Gaguim TO Sim
Carlos Marun MS Sim
Celso Jacob RJ Sim
Celso Maldaner SC Sim
Celso Pansera RJ Sim
Daniel Vilela GO Sim
Danilo Forte CE Sim
Darcísio Perondi RS Sim
Dulce Miranda TO Não
Edinho Bez SC Sim
Edio Lopes RR Sim
Eduardo Cunha RJ Art. 17
Fernando Jordão RJ Sim
Flaviano Melo AC Sim
Geraldo Resende MS Sim
Hermes Parcianello PR Não
Hildo Rocha MA Não
Hugo Motta PB Sim
Jarbas Vasconcelos PE Não
Jéssica Sales AC Sim
João Arruda PR Não
João Marcelo Souza MA Sim
José Fogaça RS Sim
José Priante PA Sim
Josi Nunes TO Não
Laudivio Carvalho MG Não
Lelo Coimbra ES Sim
Leonardo Picciani RJ Sim
Leonardo Quintão MG Sim
Lindomar Garçon RO Sim
Lucio Mosquini RO Sim
Manoel Junior PB Sim
Marcelo Castro PI Sim
Marcos Rotta AM Sim
Marinha Raupp RO Sim
Marquinho Mendes RJ Sim
Marx Beltrão AL Não
Mauro Lopes MG Sim
Mauro Mariani SC Sim
Mauro Pereira RS Sim
Newton Cardoso Jr MG Sim
Osmar Serraglio PR Sim
Osmar Terra RS Não
Pedro Chaves GO Sim
Rodrigo Pacheco MG Não
Rogério Peninha Mendonça SC Sim
Ronaldo Benedet SC Sim
Roney Nemer DF Não
Saraiva Felipe MG Sim
Sergio Souza PR Sim
Silas Brasileiro MG Sim
Simone Morgado PA Não
Soraya Santos RJ Sim
Valdir Colatto SC Sim
Veneziano Vital do Rêgo PB Não
Walter Alves RN Sim
Washington Reis RJ Sim
Total PMDB: 62

PMN
Antônio Jácome RN Não
Dâmina Pereira MG Sim
Hiran Gonçalves RR Não
Total PMN: 3

PP
Afonso Hamm RS Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Rosado RN Sim
Cacá Leão BA Sim
Conceição Sampaio AM Não
Covatti Filho RS Sim
Dilceu Sperafico PR Sim
Dimas Fabiano MG Sim
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Sim
Ezequiel Fonseca MT Sim
Fernando Monteiro PE Sim
Iracema Portella PI Sim
Jerônimo Goergen RS Sim
José Otávio Germano RS Sim
Julio Lopes RJ Sim
Lázaro Botelho TO Sim
Luis Carlos Heinze RS Sim
Luiz Fernando Faria MG Sim
Marcelo Belinati PR Não
Marcus Vicente ES Sim
Mário Negromonte Jr. BA Sim
Missionário José Olimpio SP Sim
Nelson Meurer PR Não
Odelmo Leão MG Sim
Renato Molling RS Sim
Ricardo Barros PR Sim
Roberto Balestra GO Sim
Roberto Britto BA Sim
Ronaldo Carletto BA Sim
Sandes Júnior GO Sim
Total PP: 31

PPS
Alex Manente SP Sim
Arnaldo Jordy PA Não
Carmen Zanotto SC Sim
Eliziane Gama MA Não
Hissa Abrahão AM Não
Marcos Abrão GO Sim
Moses Rodrigues CE Não
Raul Jungmann PE Não
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Sim
Sandro Alex PR Sim
Total PPS: 11

PR
Alfredo Nascimento AM Não
Altineu Côrtes RJ Sim
Anderson Ferreira PE Não
Bilac Pinto MG Sim
Cabo Sabino CE Não
Capitão Augusto SP Sim
Clarissa Garotinho RJ Não
Dr. João RJ Sim
Francisco Floriano RJ Não
Giacobo PR Sim
Gorete Pereira CE Sim
João Carlos Bacelar BA Sim
Jorginho Mello SC Sim
José Rocha BA Não
Laerte Bessa DF Sim
Lincoln Portela MG Não
Lúcio Vale PA Sim
Luiz Cláudio RO Abstenção
Magda Mofatto GO Sim
Marcio Alvino SP Sim
Maurício Quintella Lessa AL Sim
Miguel Lombardi SP Sim
Milton Monti SP Sim
Paulo Feijó RJ Sim
Remídio Monai RR Sim
Silas Freire PI Não
Tiririca SP Não
Wellington Roberto PB Não
Zenaide Maia RN Não
Total PR: 29

PRB
Alan Rick AC Sim
André Abdon AP Não
Beto Mansur SP Sim
Celso Russomanno SP Não
César Halum TO Sim
Cleber Verde MA Não
Fausto Pinato SP Sim
Jhonatan de Jesus RR Abstenção
Jony Marcos SE Não
Marcelo Squassoni SP Sim
Ronaldo Martins CE Abstenção
Sérgio Reis SP Não
Total PRB: 12

PROS
Ademir Camilo MG Não
Antonio Balhmann CE Sim
Beto Salame PA Não
Domingos Neto CE Não
Dr. Jorge Silva ES Não
Givaldo Carimbão AL Não
Leônidas Cristino CE Não
Miro Teixeira RJ Não
Rafael Motta RN Não
Ronaldo Fonseca DF Sim
Valtenir Pereira MT Não
Total PROS: 11

PRP
Alexandre Valle RJ Não
Marcelo Álvaro Antônio MG Não
Total PRP: 2

PRTB
Cícero Almeida AL Não
Total PRTB: 1

PSB
Adilton Sachetti MT Sim
Átila Lira PI Não
Bebeto BA Não
César Messias AC Sim
Fabio Garcia MT Sim
Fernando Coelho Filho PE Sim
Flavinho SP Não
Glauber Braga RJ Não
Gonzaga Patriota PE Não
Heitor Schuch RS Não
Heráclito Fortes PI Sim
Janete Capiberibe AP Não
João Fernando Coutinho PE Não
José Reinaldo MA Sim
Jose Stédile RS Não
Júlio Delgado MG Sim
Keiko Ota SP Não
Leopoldo Meyer PR Sim
Luciano Ducci PR Não
Luiz Lauro Filho SP Sim
Luiza Erundina SP Não
Maria Helena RR Não
Paulo Foletto ES Sim
Rodrigo Martins PI Não
Stefano Aguiar MG Não
Tadeu Alencar PE Não
Tenente Lúcio MG Sim
Tereza Cristina MS Sim
Vicentinho Júnior TO Sim
Total PSB: 29

PSC
Andre Moura SE Sim
Eduardo Bolsonaro SP Sim
Erivelton Santana BA Não
Irmão Lazaro BA Não
Júlia Marinho PA Sim
Marcos Reategui AP Não
Pr. Marco Feliciano SP Não
Professor Victório Galli MT Sim
Raquel Muniz MG Sim
Silvio Costa PE Sim
Total PSC: 10

PSD
Alexandre Serfiotis RJ Não
Átila Lins AM Sim
Cesar Souza SC Sim
Danrlei de Deus Hinterholz RS Não
Delegado Éder Mauro PA Não
Evandro Rogerio Roman PR Sim
Fábio Faria RN Sim
Fábio Mitidieri SE Sim
Felipe Bornier RJ Sim
Fernando Torres BA Não
Francisco Chapadinha PA Sim
Goulart SP Sim
Herculano Passos SP Sim
Heuler Cruvinel GO Sim
Indio da Costa RJ Sim
Irajá Abreu TO Sim
Jaime Martins MG Sim
João Rodrigues SC Sim
Joaquim Passarinho PA Sim
José Carlos Araújo BA Sim
Júlio Cesar PI Não
Marcos Montes MG Sim
Paulo Magalhães BA Não
Rogério Rosso DF Abstenção
Rômulo Gouveia PB Sim
Silas Câmara AM Sim
Sóstenes Cavalcante RJ Sim
Walter Ihoshi SP Sim
Total PSD: 28

PSDB
Alexandre Baldy GO Sim
Alfredo Kaefer PR Sim
Antonio Imbassahy BA Sim
Arthur Virgílio Bisneto AM Sim
Betinho Gomes PE Não
Bonifácio de Andrada MG Sim
Bruna Furlan SP Sim
Bruno Araújo PE Sim
Bruno Covas SP Sim
Caio Narcio MG Sim
Carlos Sampaio SP Sim
Célio Silveira GO Sim
Daniel Coelho PE Não
Delegado Waldir GO Não
Domingos Sávio MG Sim
Eduardo Barbosa MG Sim
Eduardo Cury SP Sim
Fábio Sousa GO Sim
Geovania de Sá SC Não
Giuseppe Vecci GO Sim
Izalci DF Sim
João Castelo MA Sim
Lobbe Neto SP Não
Luiz Carlos Hauly PR Sim
Mara Gabrilli SP Não
Marco Tebaldi SC Sim
Marcus Pestana MG Sim
Max Filho ES Não
Miguel Haddad SP Sim
Nelson Marchezan Junior RS Sim
Nilson Leitão MT Sim
Nilson Pinto PA Sim
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Sim
Pedro Cunha Lima PB Não
Pedro Vilela AL Sim
Raimundo Gomes de Matos CE Não
Rocha AC Não
Rogério Marinho RN Sim
Samuel Moreira SP Sim
Shéridan RR Sim
Silvio Torres SP Sim
Vitor Lippi SP Sim
Total PSDB: 43

PSDC
Aluisio Mendes MA Sim
Luiz Carlos Ramos RJ Sim
Total PSDC: 2

PSOL
Cabo Daciolo RJ Não
Chico Alencar RJ Não
Edmilson Rodrigues PA Não
Ivan Valente SP Não
Jean Wyllys RJ Não
Total PSOL: 5

PT
Adelmo Carneiro Leão MG Não
Afonso Florence BA Não
Alessandro Molon RJ Não
Ana Perugini SP Não
Andres Sanchez SP Não
Angelim AC Não
Arlindo Chinaglia SP Não
Assis Carvalho PI Não
Assis do Couto PR Não
Benedita da Silva RJ Não
Beto Faro PA Não
Bohn Gass RS Não
Caetano BA Não
Carlos Zarattini SP Não
Chico D Angelo RJ Não
Décio Lima SC Não
Enio Verri PR Não
Erika Kokay DF Não
Fabiano Horta RJ Não
Fernando Marroni RS Não
Gabriel Guimarães MG Não
Givaldo Vieira ES Não
Helder Salomão ES Não
João Daniel SE Não
José Airton Cirilo CE Não
José Guimarães CE Não
José Mentor SP Não
Leo de Brito AC Não
Leonardo Monteiro MG Não
Luiz Couto PB Não
Luiz Sérgio RJ Não
Luizianne Lins CE Não
Marco Maia RS Não
Marcon RS Não
Margarida Salomão MG Não
Maria do Rosário RS Não
Merlong Solano PI Não
Moema Gramacho BA Não
Nilto Tatto SP Não
Paulão AL Não
Paulo Pimenta RS Não
Paulo Teixeira SP Não
Pedro Uczai SC Não
Professora Marcivania AP Não
Reginaldo Lopes MG Não
Rubens Otoni GO Não
Ságuas Moraes MT Não
Sibá Machado AC Não
Valmir Assunção BA Não
Valmir Prascidelli SP Não
Vander Loubet MS Não
Vicente Candido SP Não
Vicentinho SP Não
Waldenor Pereira BA Não
Weliton Prado MG Não
Zé Carlos MA Não
Zé Geraldo PA Não
Zeca do Pt MS Não
Total PT: 58

PTB
Alex Canziani PR Sim
Antonio Brito BA Sim
Arnaldo Faria de Sá SP Não
Arnon Bezerra CE Sim
Cristiane Brasil RJ Sim
Deley RJ Não
Eros Biondini MG Não
Jorge Côrte Real PE Sim
Josué Bengtson PA Sim
Jovair Arantes GO Sim
Jozi Rocha AP Sim
Luiz Carlos Busato RS Sim
Nelson Marquezelli SP Sim
Nilton Capixaba RO Sim
Pedro Fernandes MA Não
Ricardo Teobaldo PE Não
Ronaldo Nogueira RS Não
Sérgio Moraes RS Sim
Walney Rocha RJ Sim
Wilson Filho PB Não
Zeca Cavalcanti PE Não
Total PTB: 21

PTC
Brunny MG Não
Uldurico Junior BA Não
Total PTC: 2

PTN
Bacelar BA Não
Christiane de Souza Yared PR Não
Delegado Edson Moreira MG Sim
Renata Abreu SP Sim
Total PTN: 4

PV
Dr. Sinval Malheiros SP Não
Evair de Melo ES Sim
Evandro Gussi SP Sim
Fábio Ramalho MG Sim
Leandre PR Sim
Sarney Filho MA Não
Victor Mendes MA Sim
William Woo SP Sim
Total PV: 8

Solidariedade
Arthur Oliveira Maia BA Sim
Augusto Carvalho DF Não
Augusto Coutinho PE Sim
Benjamin Maranhão PB Sim
Carlos Manato ES Sim
Elizeu Dionizio MS Sim
Expedito Netto RO Não
Genecias Noronha CE Sim
JHC AL Não
Laercio Oliveira SE Sim
Lucas Vergilio GO Sim
Paulo Pereira da Silva SP Sim
Zé Silva MG Sim
Total Solidariedade: 13