segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PINGOS NOS IS



Esse negócio de general de pijama vir falar nos "militares mortos pela esquerda" no período da ditadura é enrolação pra confundir desatento.
- Ué, mas não morreram militares em ações da esquerda armada naquele período?
Claro que sim. Como morreram jovens combatentes. Atenção: em combate.
E, desses, a esquerda não reclama. Morrer numa ação armada era um risco inerente à opção que fizeram.
O que a esquerda e todos os democratas reclamam, denunciam e acusam é a tortura, o estupro, o desaparecimento forçado. Aí, meus caros, é crime até pela Convenção de Genebra.
Os jovens de esquerda naquele período nunca prenderam, torturaram, estupraram ou deram sumiço em ninguém. Os agentes do estado, sim.
Então não venham confundir os mortos, seviciados e desaparecidos nos porões da ditadura com os outros, mortos em combate.
E, mesmo sobre os mortos em combate, mais uma coisa: quem começou aquela "guerra"?
Não foram os jovens. Até 64 eles estavam atuando em seus partidos, votando para presidente, enfim, integrados à vida política nacional. Com seus acertos e seus defeitos. Até que alguns generais quebraram a hierarquia (o Presidente da República é o chefe das FFAA), rasgaram a Constituição, derrubaram o presidente eleito, cassaram os partidos políticos, impediram eleições, implantaram a censura, prenderam e arrebentaram. Aqueles chefes militares romperam a normalidade. Agrediram a vida nacional. Começaram a "guerra".
À juventude restou lutar.
NOVAES BARRA

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