sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Para jornalista dos EUA, Campos foi assassinado pela CIA


- Edição: André Lux
O jornalista investigativo Wayne Madsen escreveu, no site Strategic Culture, um polêmico artigo no qual sugere que a queda do avião que matou o candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos (PSB), que estava em terceiro, na disputa eleitoral, pode ter sido provocada pela CIA (Central de Inteligência dos Estados Unidos).
Madsen afirma que a morte de Campos alavancou sua sucessora Marina Silva e deu a ela chance de derrotar Dilma Rousseff (PT), no caso de a eleição chegar a um segundo turno. 

"O fim do governo de Rousseff sinalizaria vitória para as atividades clandestinas do governo Obama para eliminar de cena vários governos progressistas em toda a América Latina", vaticina o jornalista.

Ele analisa o período pós-2ª Guerra Mundial e conclui que, de todos os meios que os serviços de inteligência usaram para eliminar pessoas que viam como ameaças econômicas e políticas, o assassinato por derrubada de avião está em segundo lugar, nos modus operandi preferenciais da  CIA para seus assassinatos políticos.

Madsen cita vários casos semelhantes à morte de Campos sobre os quais pesam muitas suspeitas de terem sido resultado de ação de uma ou mais agências de inteligência dos EUA, para pôr fim a carreiras políticas que ameaçavam o avanço dos EUA como potência imperial:

– a morte do secretário-geral da ONU Dag Hammarskjold;
– do presidente de Ruanda Juvenal Habyarimana;
– do presidente do Burundi Cyprien Ntaryamira;
– do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro;
– do presidente do Paquistão Muhammad Zia Ul-Haq;
– de Sanjay Gandhi, pouco antes de ser oficializado no posto de primeiro-ministro da Índia;
– do presidente do Sindicato Norte-americano Unido dos Trabalhadores da Indústria Automobilística Walter Reuther;
– do ex-senador pelo Texas John Tower; e
– do senador por Minnesota Paul Wellstone.

"A América Latina, em particular, tem sido atacada pela praga de desastres de aviões que mataram líderes que ameaçavam afastar o continente da influência política dos EUA", ironiza. 

Para o jornalista, esse histórico do envolvimento dos EUA em assassinatos aéreos torna ainda mais suspeito o que aconteceu dia 13 de agosto com o Cessna 560XLS Citation em Santos, Brasil, incidente no qual morreu Eduardo Campos.

"O momento em que aconteceu, em plena campanha eleitoral, que então indicava vitória fácil para a atual presidenta, levantou questões significativas entre investigadores no Brasil e no público em geral. A morte repentina de Campos mudou o rumo da campanha presidencial para uma direção que pode ser benéfica para os EUA e a agenda de longo curso da CIA na América Latina", denuncia Madsen.

Segundo o jornalista, já surgiram questões sobre a legalidade da documentação e da propriedade da aeronave (prefixo PR-AFA). 

"O histórico da propriedade e dos registros da aeronave é extremamente anormal e, além disso, não há nenhuma gravação de conversas acontecidas na cabine, aparentemente por mau funcionamento do gravador de vozes da cabina", justifica. 

O jornalista descobriu que o avião era operado pela empresa Af Andrade Empreendimentos & Participações Ltda., que tem sede em São Paulo, mas cedido em operação de leasing pela Cessna Finance Export Corporation, uma divisão da Textron, dos maiores fornecedores para o Departamento de Defesa dos EUA. 

"A empresa Cessna é divisão da Textron. O gravador de vozes que não funcionou na cabine foi fabricado por outro fornecedor contratado da Defesa e Inteligência dos EUA, L-3 Communications", enfatiza Madsen

O jornalista revela que aviões cuja situação de propriedade e dos documentos de registro era também quase "anormais" eram usados pela CIA no processo de ‘entregas especiais’ de muçulmanos sequestrados para serem interrogados e ‘desaparecidos’ nos “pontos negros” de prisões norte-americanas por todo o mundo.

Madsen lembra que Marina Silva hoje representa o movimento financiado e dirigido por George Soros e suas “sociedades civis” e de “globalização”. 

"Silva, que milita no movimento religioso pentecostal Assembleia de Deus, é militante pró-Israel e muito mais pró-business e pró-EUA que Rousseff, do Partido dos Trabalhadores que se posiciona bem à esquerda da Assembleia de Deus", afirma. 

Segundo o jornalista, a criação de um novo banco de desenvolvimento por Rousseff e os demais presidentes dos países BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) desafia a supremacia do Banco Mundial, controlado pelos EUA. 

"A criação desse banco enfureceu Washington e Wall Street", revela Madsen.

Ele enfatiza que Marina Silva está sendo apresentada como candidata da “Terceira Via” (chamada, agora, em 2014, “Nova Política”) no Brasil.

“Terceira Via ou Nova Política é um movimento internacional que tem sido usado por políticos associados a grandes empresas, muitos dos quais financiados por Soros, para infiltrar-se e assumir o controle de partidos historicamente trabalhistas, socialistas e progressistas", denuncia. 



http://177.70.120.114/metebronca


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