segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"Meu compromisso é com a meta da inflação, mas não vou desempregar o povo brasileiro", diz Dilma

Em feira no RS, Dilma argumentou que qualquer "rusga" entre Estados Unidos e países do Oriente Médio fazem petróleo dispararIchiro Guerra/05.09.2014/Divulgação
A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição ao Palácio do Planalto, afirmou nesta sexta-feira (5) em visita a uma feira agropecuária em Esteio (RS) que tem o centro da meta de inflação como compromisso, mas não fará manobras que causem desemprego para a população brasileira.
A meta atual de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A questão do aumento dos preços é uma das principais críticas de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), principais adversários de Dilma na corrida à Presidência.
— Meu compromisso é com a meta da inflação. Eu procurarei sistematicamente buscar o centro da meta, mas não vou, porque não acho correto, desempregar o povo brasileiro.
Em recado ao discurso eleitoral dos rivais, Dilma afirmou que "muitas vezes, o que está por trás dessa discussão é: vocês não acham que é necessário desempregar um povo porque está muito alto o nível de emprego? E estamos com o pré-sal e estamos com pleno emprego. Vocês não acham que tem de acabar com essa história de valorizar o salário mínimo? Por trás dessa discussão, tem isso. Só quero esclarecer".
Gasolina
A presidente também falou sobre o comportamento do preço da gasolina no País, também alvo de críticas dos rivais das urnas. Dilma afirmou que "dizem que eu manipulo os preços, que eu não dou reajuste para a gasolina". A petista usou números para explicar que a gasolina subiu mais, durante seu governo, que a inflação oficial.
— Em termos nominais, na bomba, ou seja, na refinaria primeiro, nós tivemos em meu governo em torno de 31% de reajuste. Se a gente descontar o IPCA [inflação oficial], vocês obterão a inflação real. Então, a gasolina se comportou um pouco acima da taxa de inflação do IPCA.
Dilma respondeu àqueles que dizem que ela deveria ajustar os preços da gasolina com uma pergunta: "O que está em questão: nós vamos ou não vamos atrelar o preço da gasolina ao mercado internacional? Dois: dizem que vai ter um tarifaço na energia elétrica".
— Incorreto. Não é assim que funciona. [...] Depende dos interesses. Todo país do mundo, no caso de combustível, não renuncia à sua cota política de preço para beneficiar seus consumidores e seus empresários. Se eu atrelo a política de preço da Petrobras a qualquer fator, a qualquer dado internacional, eu tenho de me perguntar como esse mercado funciona.
A petista explicou o funcionamento do mercado internacional para justificar a administração do preço da gasolina: "O mercado de petróleo funciona assim: rusga entre os Estados Unidos e qualquer país do Oriente Médio, o petróleo dispara. Há uma briga naquela região da Europa [fronteira entre Ucrânia e Rússia] que vai comprometer o fornecimento de gás, o preço dispara".
— Então, o que eu quero dizer que fatores geopolíticos influenciam o preço do combustível. [...] Então, não é possível querer que o Brasil pegue todo seu preço, de produzir aqui no Brasil, com custo brasileiro, e coloque ele linkado ao preço internacional. Isso não quer dizer que temos que buscar avaliar, cada vez mais, reajustar ou não o combustível. 
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