segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CANDIDATA DA CIA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO BRASIL



Por Nil Nikandrov
Tradução Anna Malm* - 
Correspondente de Pátria Latina na Europa

Marina Silva apresenta-se como candidata do Partido Socialista para a presidência do Brasil. Tem-se aqui então que ela já tinha caído abaixo das atenções da CIA nos meados dos anos oitenta, de quando estudava na Universidade Federal do Acre. Nesse tempo ela se interessava pelo marxismo e aproximava-se do mais ou menos legal Partido Comunista Revolucionário. Entretanto, logo ela se desenbaraçou dessa sua posição e começou a entusiasmar-se por um assunto mais leve, começando então a participar em ações para a defesa dos biorecursos do Amazonas. Tem-se depois aqui que essa região sempre tinha interessado os serviços secretos americanos, que contavam que em caso de qualquer circunstância de emergência geoestratégica eles conseguiriam estabelecer controle da situação, subentendendo-se então aqui o pôr a região amazônica abaixo de seu controle.

Foi assim que a ativista brasileira foi percebida por funcionários da CIA, os quais estabeleceram então contacto com ela. Um resultado dessa aproximação viu-se em 1985, de quando perspectivas se abriram para uma carreira dela no PT, Partido dos Trabalhadores do Luiz Inácio da Silva, Lula. Em 1994 Marina Silva foi então eleita senadora, onde o seu trabalho com leis de proteção aos biorecursos no Amazonas a fizeram conhecida, mas já então nessa época vozes podiam ser ouvidas dizendo que 

Washington a estava usando para garantir os interesses da CIA nessa região a longo prazo.
Em 1996 Silva foi laureada com o prêmio Goldman para a América Central e do Sul. Ela foi recebendo regularmente outros prêmios. Os tutores da CIA zelosamente cuidaram de ir anotando as avaliações da popularidade dela. No decorrer de cinco anos Marina Silva acabou entrando na direção do PT de Lula da Silva, mas como para marcar seu protesto contra a política ecológica do partido, ela depois demonstrativamente mudou de partido, entrando então no Partido dos Verdes. Nas eleições presidenciais de 2010 Marina Silva ficou no terceiro lugar, com mais ou menos 20% dos votos. Dilma Rousseff venceu essas eleições e continuou o curso político independente de Lula da Silva. Isso entretanto não perturbou Washington.

Nos últimos tempos as relações entre o Brasil e os Estados Unidos complicaram-se, e de muito, de quando do escândalo das espionagens e das escutas das comunicações de Dilma Rousseff, de integrantes de seu governo e dos dirigentes militares do Brasil, pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA. Para marcar seu protesto a presidenta do Brasil mudou a data da sua visita oficial aos Estados Unidos desde que não tinha recebido nenhum pedido de desculpas e nem garantias de que as espionagens contra ela não iriam continuar. Ela começou depois disso a agir fazendo diversas apresentações discutindo as operações da NSA e da CIA na América Latina, tomando providências para garantir a segurança das telecomunicações e aumentando o controle das atividades dos representantes dos Estados Unidos no país, o que levantou a uma óbvia irritação de Barack Obama.

Seria indesejável para Washington que Dilma Rousseff fosse eleita para um segundo período de presidência nas eleições que deverão ser efetuadas em 5 de outubro, desse ano. Dessa maneira começaram-se então complicadas manobras dos serviços secretos dos Estados Unidos para mudar a liderança do Brasil... Foi dito que o primeiro ato dessas operações teria começado em junho de 2013 com um protesto popular pacífico contra o que se entendia por clichés políticos estereotipados e suas lideranças da “velha guarda”. Nessas circunstâncias grupos de jovens trabalharam com a coordenação das pessoas demonstrando contra a propaganda dos partidos e dos tradicionais símbolos políticos, sendo então que nesse cenário, o PT teria sido especialmente atacado.  

No limiar desses protestos Marina Silva, que sempre teve contínuo e constante financiamento de fontes não muito bem esclarecidas, tomou medidas para formar o que se denominava como “Sites de Desenvolvimento e Estabilidade” . Foi sugerido que esses “sites” seriam como que “substitutos equivalentes as estruturas partidárias”. As eleições de 2014 deveriam garantir o triunfo de Marina e seis “sites”, os quais seriam um “projeto inovativo” para “fazer caducar” o sistema político do Brasil. Entretanto, a tentativa de usar “sites” no processo eleitoral fracassou. Pela Constituição do Brasil, de 1988, os partidos tem que ser registrados, o que não inclui “sites”. Marina da Silva apressou-se a sair a procura de possíveis variantes. Eduardo Campos, o líder do Partido Socialista Brasileiro, ofereceu a ela o estar como o número 2 do partido e Marina aceitou com a condição de poder voltar ao projeto dos seus “sites” logo após as eleições.  

Esses acontecimentos não se adequavam a Casa Branca. Eduardo Campos nunca tinha tido nenhuma chance de ganhar as eleições, mas ele teimosamente insistia em participar das mesmas, de ficar no centro dos acontecimentos, mesmo que a mídia então se dedicasse a uma campanha de corrupção contra ele. Tem-se aqui também que não foram menores os ataques sofridos pelos participantes do grupo de Dilma Rousseff. Eduardo Campos estóicamente submetia-se as pressões sobre ele. Mas então, como que por encomenda, em 13 de agosto, em Santos, estado de São Paulo, teve-se o acidente aéreo: Tendo saído do Rio de Janeiro, o avião Cessna 560 XL, a bordo do qual encontrava-se Eduardo Campos, logo antes da aterrizagem, por algum motivo, veio a cair numa área residencial de Santos. Eduardo Campos morreu nesse acidente.  Nenhum dos seus acompanhantes o sobreviveram. Esse acontecimento trágico veio a comover toda a nação e Dilma Rousseff deu ordens para que a campanha eleitoral fosse temporariamente suspendida. No país foi declarado luto em memória dos falecidos.

O avião acidentado recebia regularmente controle técnico. Qualquer problema com ele nunca tinha se apresentado. Esse foi o único inquietante momento desde a sua saída da fábrica, sendo que todos os momentos dos voos estavam registrados na cabine do Cessna. Todas os anteriores registros mostravam normalidade de desempenho, mas no dia do desastre o gravador não funcionou. Alguns comentadores brasileiros acreditavam que esse avião sofreu sabotagem. Foram vários os proprietários desse avião, e entre esses encontravam-se homens de negócios, americanos e brasileiros, de companhias de reputação duvidosa. Esse avião tinha também anteriormente sido usado por elementos dos serviços secretos da CIA e da direção da guerra ao narcotráfico. Livre acesso ao Cessna, abaixo de um ou de outro motivo, tinham muitas pessoas ligadas a essas organizações. Em relação a tudo isso levantam-se perguntas. Seria possível que a CIA pudesse [ainda hoje em dia] tomar decisões quanto a matar políticos brasileiros? Quem então poderia tomar uma tal decisão? Quem teria efetivado essa sabotagem?

O avião saiu do Rio de Janeiro, onde abaixo da ala do Serviço de Consultações dos Estados Unidos os serviços secretos da CIA atuam de maneira muito ativa, já a muitas dezenas de anos. Quanto a afiliação de umas tantas dezenas dos funcionários não resta a menor dúvida. Pode ser que os serviços de contra espionagem do Brasil possam dizer quais dos empregados dos Serviços de Consultação dos Estados Unidos teriam recebido ordens de sair do Brasil logo após o catastrófico acidente em Santos. A morte de Eduardo Campos levou a um aumento imediato dos índices de Marina Silva, a qual o Partido Socialista anunciou como candidata a presidência do Brasil. Eduardo Campos, de acordo com os prognósticos, nunca chegava a mais de 9-10%. Agora os índices de Marina Silva estariam mostrando 34-35% para o primeiro turno, e mais então para o segundo turno, o que de acordo com os prognósticos midiáticos [...] poderiam levá-la a vitória. Marina Silva apresenta-se aos eleitores como representante de uma luta, sem compromissos, contra a corrupção enquanto ela diz também que abaixaria o nível de confrontação na sociedade. Marina Silva promete nesse contexto uma direção política para todos onde não se prestaria especial atenção a grupos, partidos ou coalisões.

Entretanto, nos planos atuais de Marina Silva e dos que a apoiam, por detrás das culissas, fala-se dificilmente dessas coisas com certeza ou confiança, e ainda menos então com convicção. Ela já mudou sua orientação política inúmeras vezes. Assim antes da sua aliança com Campos ela apoiava a idéia de “Erradicar o Chavismo” do governo do Brasil. Tem-se aqui a impressão de que para ela o governo de Lula, do qual ela fez parte, era Chavismo puro. Mas então, porque a declaração de um governo “para todos”? O PT é autoritário, mas seria provável que ela pudesse compará-lo com os partidos de direita da Venezuela, [e vir a preferí-los]? De qualquer maneira, e de certeza, tem-se que a CIA tem a intenção de usá-la para a realização do seu de a muito sonhado projeto de construir na América Latina um polo “de esquerda alternativa”, para estar contra o que eles entendem como partidos esquerdistas “autoritários, populísticos e anacrônicos” e aqui teríamos então [ao parecer deles] Cuba e Venezuela.
Na sua campanha presidencial Silva revela-se também cada vez mais como porta-voz de um neoliberalismo aguçado. Depois ela deseja também que não se tenha pressa quanto a consolidação dos BRICS como centro de poder [!], ela acha que não se deve “forçar” o de a muito fechado acordo quanto ao Banco de Desenvolvimento [!], assim como o em andamento Fundo Monetário [!] –

NOTA DA TRADUÇÃO: Observe-se aqui que esses são no mundo atual os absolutamente mais importantes pontos para se assegurar um mundo multipolar mais independente dos desejos, caprichos, ditados e violência dos Estados Unidos. Para mim não se apresentam dúvidas de quem essa menina é porta-voz! ... Mas voltando ao texto original.
Além disso Silva ainda apresenta dúvidas quanto a um Conselho Sulamericano de Defesa. Até aqui a meia-voz, ela sugere então que se dê menos atenção ao bloco da MERCOSUL e UNASUR [!] assim como acha que os países deveriam se concentrar a favor de relações individuais, só entre dois países então ... [naturalmente que é mais fácil passar a perna num do que em dez países de uma só vez...].

Os passos acima apresentados não levariam a nada mais do que a desintegração política da América Latina. [É como se tudo tivesse sido tirado de um livro de instruções da CIA para a América Latina, e além disso também, infelizmente, para muito além dela...]

Como reagiriam os brasileiros frente a uma marcante viragem econômica e política, ainda mais neoliberal de Silva, em caso de uma sua vitória nas eleições? É duvidoso que tudo pudesse via a acabar de maneira pacífica. Já a muitos anos com o PT os brasileiros se acostumaram com uma situação de contínuo progresso social no país. Pela exigência das comunidades apresentam-se os serviços, fazem-se reformas e, mesmo que sendo com muitas dificuldades, tem-se um verdadeiro desenvolvimento [político, social e econômico],  Uma possível presidência Marina Silva é uma viragem que, por alguns dados, se poderia dar graças a um grande financiamento e apresentação de meios pelo [para muitos infame] multi-bilionário Soros. Isso poderia pôr em perigo muitos projetos sociais-econômicos o que poderia levar a um mal estar social. É possível que para aguçar esse mal estar social aqui se teria então os representantes dos Estados Unidos no Brasil, completados e apoiados pelos seus serviços secretos. 
Referências e Notas:

Nil Nikandrov,  A Candidata da CIA nas Eleições Presidenciais do Brasil.  O original  encontra-se em  www.fondsk.ru
Traduzido diretamente do original russo por Anna Malm –
*Anna Malm – http://artigospoliticos.wordpress.com   www.facebok.com/anna.malm.1238

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