domingo, 20 de julho de 2014

FALSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS


O que está errado no crime das “pesquisas” não é a tendência do eleitor em seguir a maioria. Isso é um impulso dos mais saudáveis. O que está errado é que ele não está seguindo a maioria, ou seja, que aquilo que é apresentado a ele como a preferência da maioria é falso, mentiroso, não é o que a maioria verdadeiramente prefere. É para isso que servem as “pesquisas” desses escroques: falsificar a realidade, apresentar como maioria o que não é, e, portanto, aproveitar-se de um impulso positivo e, inclusive, democrático do cidadão, para levá-lo a votar em quem ele não quer votar.



Os funcionários dos institutos que confeccionam as mal chamadas “pesquisas” eleitorais, ou por idiotice ou por cinismo, geralmente pelos dois, mas antes de tudo porque são pagos para ser idiotas e/ou cínicos, dizem, toda vez que essa farsa é exposta pelos verdadeiros resultados da eleição, que seus índices são apenas o retrato de um momento.

INDUÇÃO

Isso é exatamente o que eles não são. Sua função é induzir o eleitorado a votar no candidato preferido dos interesses a serviço dos quais estão esses institutos e seus donos. É para isso que essas “pesquisas” viciadas, manipuladas e falsificadas existem e são, desde o fim da ditadura, o principal instrumento de impedir que a vontade popular se expresse nas urnas. Elas são, portanto, o sucedâneo da ditadura. Mas, diga-se de passagem, são muito mais desonestas, muito mais cínicas e muito mais repulsivas do que a ditadura, que pelo menos assumia a repressão sobre a vontade eleitoral do povo.


Vejamos o “Datafolha”, pertencente ao jornal mais reacionário, subserviente e cretino do país, a “Folha de S. Paulo”. Todas as suas “pesquisas” servem apenas para que a “Folha” as utilize em prol dos seus interesses, isto é, os de que o país se submeta ao que há de mais apodrecido nos EUA. Nem o cartel da imprensa americana é tão EUA quanto a “Folha”. 

CADEIA

Exatamente por causa dessa subserviência tresloucada, e dessa falta de vergonha, a “Folha” virou um histérico panfleto Aecista. 


Qualquer coisa, qualquer mentira, serve para promover o candidato dos capachos e difamar sua adversária. E para que serve o “Datafolha”? Para dizer que o candidato da “Folha” está na frente e, assim, passar para o eleitor que se ele votar em Dilma perderá o voto, “porque ela não será eleita mesmo...”. Portanto, querem decidir pelo eleitor em quem ele deve votar, impor o seu candidato a ele, mesmo contra sua preferência espontânea, aproveitando-se da natural e positiva tendência das pessoas a se identificar com a maioria. Para isso confeccionam “pesquisas” com perguntas feitas sob medida para manipular a resposta do entrevistado, com fatores de correção que somente corrigem a realidade, deformando-a para que elas sirvam a induzir o voto em quem eles querem, e com margens de erro que são mera tentativa de encobrir a fraude. O “Datafolha”, aliás, anuncia que não faz pesquisas pagas por candidatos. Certamente: ela é um departamento da “Folha” e só da “Folha” – e dos patrões da “Folha”, isto é, dos tubarões de Wall Street.

Já o Ibope do notório Montenegro, aceita qualquer encomenda. Mas, se o “Datafolha” é um departamento da “Folha”, o Ibope é um departamento direto de Wall Street, ou seja, do Bank of America, que é um dos seus “acionistas”. E para quê o Bank of America seria proprietário de um instituto de ‘pesquisas” no Brasil? Certamente que não é para aperfeiçoar a democracia brasileira, coisa de que eles jamais gostaram, nem de democracia nem do Brasil. É para influenciar o poder, as eleições, pois o que eles querem é que o país tenha eternamente um Estado que encha seus cofres de dinheiro público através dos juros. Portanto, o Ibope aceita qualquer encomenda contanto que o resultado da “pesquisa” não contrarie os interesses do Bank of America. Até porque não há no Brasil quem tenha mais poder de compra do que o Bank of America.

As “pesquisas” de fancaria são um crime contra o eleitor, contra o povo, contra a democracia. Demandam, portanto, cadeia. O golpe das “pesquisas”, no entanto, só funciona quando os políticos se submetem a ele. Quando aceitam ser roubados passiva e caladamente. Nesse caso, os institutos botam seus índices para favorecer os candidatos em que têm interesse e, depois de induzir o voto de uma boa parte do eleitorado, que muito compreensivelmente não quer perder o seu voto, vão adaptando os índices à medida em que se aproxima as eleições. É assim que as “pesquisas” dão certo.

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