quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Direita usa crimes de seus pupilos em prol do aumento do ônibus no Rio


Mídia ensinou black blocs a ser contra partidos e disparar rojões na direção errada
O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, ferido com a explosão de um rojão durante uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, de R$ 2,75 para R$ 3, no Rio de Janeiro, teve morte encefálica diagnosticada na segunda-feira. O rojão foi atirado por um black bloc. Foi decretada a prisão do suspeito de ter acendido o rojão que causou a morte do cinegrafista. Para tentar intimidar as manifestações e as justas reivindicações, a mídia direitista faz um alarido do caso como se não tivesse nada com isso e estimulado os black blocs.
 
Cinegrafista atingido por rojão falece no Rio de Janeiro
O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, ferido com a explosão de um rojão durante uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, de R$ 2,75 para R$ 3, no Rio de Janeiro, teve morte encefálica diagnosticada nesta segunda-feira (10), segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Santiago foi atingido na cabeça quando registrava o protesto, na quinta-feira (6) e sofreu afundamento do crânio, sendo submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar, desde então, estava em coma induzido.
Na quinta-feira (6), cerca de mil pessoas se reuniram pacificamente na Igreja da Candelária. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.
Dentro da estação de trem, mascarados subiram nas catracas. Algumas delas foram quebradas. Houve confronto com a Polícia Militar, e muita correria. Passageiros se sentiram mal. Outros fugiram do tumulto.
Do lado de fora, um grupo atirou paus e pedras nos PMs. Os policiais lançaram bombas de efeito moral. Manifestantes mascarados arrancaram placas de metal para usar como escudo, chutaram tapumes e também apedrejaram uma delegacia. Uma fogueira foi feita no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.
Fotos e vídeos mostram o momento em que Santiago é atingido na cabeça. O rojão, do tipo “buscapé” não tinha vareta (que ajuda a dar direção), e quando lançado seguiu em direção aleatória.
O estudante, Fábio Raposo, de 22 anos, confessou à polícia ter entregue o rojão a outro manifestante que o acendeu. Ele foi preso no domingo (9) em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e decretou, na noite da segunda-feira (10), a prisão temporária do homem suspeito de ter acendido o rojão. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça, o nome do suspeito é Caio Silva de Souza.
O delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), havia informado mais cedo que Fábio Raposo reconheceu a foto do suspeito na penitenciária Bandeira Stampa, onde está preso. Com a identificação, o delegado disse ter convicção de quem teria sido o responsável por acender o artefato e pediu sua prisão.
PROTESTO
Uma nova manifestação contra o aumento das passagens foi realizada na segunda-feira no centro do Rio. Cerca de mil pessoas participaram do protesto. O aumento da passagem feito pelo prefeito da capital, Eduardo Paes, está em vigor desde sábado (8).
O aumento da tarifa foi autorizado pela Prefeitura do Rio um dia após o Tribunal de Contas do Município (TCM) divulgar o relatório da auditoria realizada nas contas das empresas de ônibus do Rio e liberar o reajuste.
Os manifestantes caminharam até o prédio da Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor), onde realizaram um ato contra o aumento das passagens e queimaram uma catraca de ônibus envolta em papel e álcool. De acordo com a polícia, o ato foi considerado pacífico. Muitos dos manifestantes portavam cartazes em memória de Santiago.
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