terça-feira, 22 de outubro de 2013

EXÉRCITO EXIGIU ‘COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA’ DE MORADORES

Fernando Frazao ABr - Barra da Tijuca Exercito
O Exército barrou moradores e exigiu comprovante de residência de veículos e padestres
Exército
O Exército tomou a Barra na manhã da segunda-feira (21) – Foto: Maria Pinto
Como se o Brasil estivesse sob “estado de sítio”, as pessoas que moram próximo ao Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro, perderam o direito constitucional de ir e vir desde ontem (20), quando o Exército ocupou o bairro para impedir manifestações  durante o leilão do pré-sal. Para ir até a padaria, por exemplo, era necessário apresentar o comprovante de residência.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, considera o fato “absolutamente absurdo”. “[A medida] acaba transformando a região da barra em estado de sítio”, declarou. “Ninguém é obrigado a andar com comprovante de residência dentro do bolso. Eu não tenho qualquer comprovante comigo e não me sinto obrigado a ter comprovante para chegar na minha casa”, exemplificou.
Damous disse ainda que essa “medida arbitrária” decorrente das manifestações populares só demonstra que os responsáveis pela segurança pública não tem capacidade de conviver com as manifestações “próprias da democracia”. “A arbitrariedade se estende a quem sequer está participando das manifestação. É um abuso claro e a autoridade que tenha dado essa ordem poderá responder inquérito”, afirmou.
Apesar de todas as manifestações, o leilão acabou acontecendo. Um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC deu um lance único e ganhou o direito de explorar a maior reserva de petróleo já descoberta no País – fato que revela o fracasso do evento, já que pagarão o mínimo exigido para exploração.
comunicado 2
O Exército, que negou a exigência, chegou a comunicar sua medida arbitrária aos moradores

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