terça-feira, 23 de julho de 2013

FGV diz que Costa Verde precisa discutir junta seus problemas


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Por Jorge Luiz Lopes

Estudo aponta que em Mangaratiba, por exemplo, apenas 23% de sua população é atendida por instalação de água e esgoto, segundo censo do IBGE de 2010. Falta de hospitais especializados também é outro problema que afeta, não só este município da Costa Verde, mas também Itaguaí, Angra, no Rio, e Ubatuba, em São Paulo.

Trabalhar no sentido de obter resultados através de ações sustentáveis, é o que orienta a Fundação Getúlio Vargas FGV), que está coordenando um projeto único para cinco cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, todas costeiras e que fazem parte da continuação geográfica da região denominada Costa Verde.  A FGV apresentou estudo para os prefeitos e representantes de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba que servirá de base para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde. A ideia é que saúde, educação, mobilidade urbana e meio ambiente sejam discutidos em conjunto pelas administrações municipais.

No entanto, apesar do interesse despertado, não há previsão para implantação do projeto, que tem o apoio das Fudación Metrópli, entidade sem fins lucrativos com sede na Espanha. De acordo com a coordenadora do projeto, Silvia Finguerut, a proposta é que políticas públicas sejam traçadas pensando a região como um todo, em vez de apenas considerar as realidades de cada município. Ele afirma que a falta de hospitais especializados na região, o Arco Metropolitano e as dificuldades em saneamento básico precisam ser pensados dentro de uma lógica regional. Cada ponto e sua importância para os municípios.

Os prefeitos estariam confiantes e o próximo passo, segundo a FGV, é o de conseguir financiamento, porque o diagnóstico em cada município já está pronto e chama a atenção. Por exemplo, em Angra dos Reis 66% da população é atendida por fornecimento de água e esgotamento sanitário. Este índice cai vertiginosamente quando se trata de Mangaratiba, onde apenas 23% da população, composta por 37 mil pessoas, é atendida com água e saneamento básico, com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

A gestão do lixo também foi outro complicador encontrado: Angra dos Reis despeja os seus resíduos diário no “Lixão” de Seropédica, distante 116 Km, devido a proibição imposta pelo INE (Instituto Estadual do Ambiente), que cassou a licença de operação do vazadouro do município, que chegou a ser vistoriado por Comissão do Meioa Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).


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