sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vítimas do tornado denunciam o governo por não ter dado alerta


“Era minha casa, a casa dos meus filhos. Agora não resta nada, só uma pilha de madeiras”, afirmou Curtis Carver, morador de Moore, cidade vizinha de Oklahoma atingida por um tornado. A moradora Julie Jones relatou que eram muito fortes as descrições das pessoas que perderam seus filhos e suas casas. “Eram meus vizinhos não conseguiram chegar a tempo de salvar seus filhos. Meu coração não agüenta ver tudo aquilo”. O tornado que devastou Moore e deixou 24 mortos foi precedido por outro no domingo no qual já haviam morrido duas pessoas. “Estávamos conscientes de que podíamos ser atingidos”, admitiu Rick Smith, meteorologista coordenador de avisos do Centro de Meteorologia de Oklahoma. “Desde que o dia começou já estava claro que haveria sérios problemas”, acrescentou. Só a população é que não foi avisada.

Moradores de Oklahoma receberam alerta do tornado 16 minutos antes da chegada

O tornado que atingiu a cidade de Moore, região metropolitana da cidade de Oklahoma, nesta segunda-feira (20), devastou a cidade e semeou pânico e destruição. O Centro Nacional de Previsão do Tempo e Tempestades sabia da possibilidade da passagem do tornado pela região, mas só avisou a população 16 minutos antes do tornado chegar a cidade, por volta das três horas da tarde, com ventos médios de 300 km por hora.
O tornado foi precedido por outro no domingo no qual já haviam morrido duas pessoas. "Estávamos conscientes de que podíamos ser atingidos", admite Rick Smith, meteorologista coordenador de avisos do Centro de Meteorologia de Oklahoma, em matéria da revista Time, denominada Prelúdio de um desastre. "Desde que o dia começou já estava claro que haveria sérios problemas", acrescentou. Mas, "as pessoas permaneceram tranquilas e inativas dentro do Centro", informa Smith, até que, "somente 16 minutos antes do tornado chegar à cidade, foi dado o aviso severo de tempestade".
"Era minha casa, a casa dos meus filhos. Agora não resta nada, só uma pilha de madeiras", afirmou Curtis Carver morador de Moore. A moradora Julie Jones relatou que "não tinha coração" para acompanhar os depoimentos das pessoas que perderam seus filhos e outros que perderam suas casas. "Eram meus vizinhos não conseguiram chegar a tempo de salvar seus filhos. Meu coração não agüenta ver tudo aquilo".
Segundo o gabinete da governadora de Oklahoma, Mary Fallin, houve 24 vitimas fatais, sendo nove crianças e cerca de 353 feridos, dos quais grande parte são menores de idade. Os fortes ventos destruíram casas, escolas e hospitais cujas diretorias foram pegas de surpresa pelo tornado por não haver um alerta máximo da defesa civil.
Na escola elementar Plaza Towers, os professores foram avisados do tornado quando as sirenes começaram a tocar. Porém os alunos não tinham nenhum lugar seguro para se abrigar. O pai de um dos alunos, James Rushing, afirmou que viu a "escola se despedaçar" dois minutos após chegar lá.
No total, foram destruídas duas escolas, a Plaza Towers e a Briarwood, ambas não possuíam os abrigos necessários para proteger as crianças, professores e funcionários das catástrofes frequentes na região. Albert Ashwood, diretor do Departamento de Emergência de Oklahoma, afirmou que não tem condições de prover a cada escola um abrigo, que chega a custar US$1 milhão.
Foram destruídas mais de 300 casas, e outras 48 mil ficaram sem eletricidade.
Em maio de 1999 um tornado já havia seguido um trajeto similar, devastando Moore e matando 41 pessoas.
GABRIEL CRUZ

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