segunda-feira, 8 de abril de 2013

Provocações da Casa Branca à RPDC preocupam a Rússia



  Em meio à crise na Península Coreana, a Rússia anunciou no sábado (30) que “se mantém em contato com os participantes das conversações a seis partes sobre a questão nuclear na Península Coreana. Estamos em contato com nossos sócios no processo de discussões a seis partes com o objetivo de que a situação não saia dos limites político-diplomáticos”, declarou à imprensa o embaixador geral do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Grigory Logvinov.
 
A República Popular Democrática da Coreia assinalou no mesmo dia que “pelo fato dos EUA abandonarem o cumprimento do acordo de armistício e fazê-lo letra morta, entramos em estado de guerra declarando nulo o armistício. A partir de agora todos os assuntos entre Norte e Sul serão manejados de acordo com o princípio de tempos de guerra. Qualquer provocação militar que atinja nosso território ou as fronteiras marítimas resultará em uma escalada total do conflito e uma guerra nuclear.”
  Logvinov assinalou que “a Rússia não poderia permanecer indiferente ao que ocorre em suas fronteiras orientais enquanto a tensão se incrementa na região” e insistiu na retomada das discussões a seis partes que envolvem a China, Rússia, RPDC, Japão e Coreia do Sul além dos EUA e que estão paralisadas desde 2008 em função do acirramento das provocações e sanções dos EUA e da Coreia do Sul contra a Coreia Popular.
  Tanto a Rússia quanto a China reconhecem o discurso belicistas e as ações provocativas dos sul-coreanos contra a RPDC e a interferência indevida dos EUA no conflito Norte-Sul e consideram que tal fato associado às sanções absurdas contra o país asiático desestabilizam a região.
  A imprensa monopolista submissa aos interesses norte-americanos afirma indevidamente que quem faz um discurso belicista é a RPDC. O objetivo disso é criar um ambiente favorável à intervenção militar no Norte da Coreia para transformar o conjunto do país em colônia, em satélite dos EUA, como é hoje a Coreia do Sul, país ocupado por tropas militares e grandes arsenais nucleares dos EUA.
  Quem faz provocações contra a Coreia Popular são os EUA e os belicistas sul-coreanos instigados pelos americanos. Quem realiza regularmente manobras militares na fronteira da RPDC e simulacros de guerra e ataques colocando por terra o armistício são os EUA e sul-coreanos. Quem faz a política de hostilidade contra a RPDC são os EUA. Quem agride a dignidade da RPDC submetendo a ONU e seus organismos internacionais a impor sanções políticas e econômicas com a finalidade de asfixiar o país e prejudicar sua população são os EUA. E se a RPDC reage em sua autodefesa, em defesa de sua soberania nacional a mídia reacionária dos governos reacionários diz que a Coreia faz “provocação” contra os EUA.
  Quem empurra a Península Coreana ao limite da guerra e tem interesse em que aconteça a segunda Guerra da Coreia são os EUA.
A RPDC não tem alternativa que não seja enfrentar os inimigos que lhe atacam sem jamais aceitar provocações, mas se mantendo firme e acionado seu poder de dissuasão da guerra caso os EUA e os belicistas sul-coreanos passem dos limites.

  Como afirmou o líder Kim Jong Un em seu informe à reunião do Partido do Trabalho da Coreia - PTC “Só se mantivermos com firmeza o escudo nuclear de autodefesa poderemos consolidar nossa ideologia, nosso regime e todas as riquezas socialistas conquistadas a preço de sangue e salvaguardar o direito à existência, a longa história e a brilhante cultura da nação, frustrando a ambição do imperialismo norte-americano de apoderar-se militarmente da Península Coreana e converter o povo coreano em escravo de versão moderna”.

ROSANITA CAMPOS

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