sexta-feira, 26 de abril de 2013

COVARDIA DA OTAN (EUA)


Doze civis morreram no sábado, durante um ataque aéreo da NATO numa aldeia do distrito de Shigal, província de Kunar, junto à fronteira com o Paquistão. Segundo a Reuters, os mortos são 11 crianças e uma mulher. Seis outras mulheres terão ficado feridas.

As autoridades e os habitantes disseram aos repórteres da BBC que as vítimas estavam dentro de casa no momento do ataque, que era dirigido aos taliban. Num comunicado oficial, a NATO confirmou o ataque aéreo, mas disse não ter registo de mortes de civis.
Citado pela agência Reuters, o ministro do Interior afegão declarou que seis insurgentes – dos quais dois eram líderes dos taliban – morreram durante a ofensiva, mas não mencionou baixas civis. No entanto, Wasefullah Wasefi, porta-voz do governador local, disse que várias casas de civis foram atingidas e ficaram parcialmente destruídas em três aldeias daquele distrito.
“Onze crianças e uma mulher foram mortas quando um raide aéreo atingiu as suas casas”, fazendo abater os telhados, disse Wasefi, citado pela Reuters. A BBC, porém, fala em dez crianças e duas mulheres. Os fotógrafos das agências internacionais no terreno mostram os corpos de várias crianças, deitados no chão, embrulhados, rodeados por moradores. Os cadáveres das mulheres não são, segundo a tradição afegã, expostos.
Um porta-voz da NATO, capitão Luca Carniel, disse ter conhecimento de feridos civis no ataque, mas não de mortos, e garantiu que o caso está a ser investigado. A mesma fonte disse que as tropas da Aliança Atlântica apenas deram “apoio” militar aéreo durante a operação, sem qualquer presença no terreno. “O apoio aéreo foi pedido pelas forças de coligação – não-afegãs – e foi usado para atingir as forças insurgentes em áreas distantes das estruturas, de acordo com o nosso relatório”, disse o capitão, citado pela BBC. Um líder tribal do distrito disse à estação de televisão britânica que o ataque começou na manhã de sábado e durou "pelo menos sete horas".
Este incidente ocorreu no mesmo dia em que morreram cinco americanos – três soldados, um jovem diplomata e um responsável do Departamento de Defesa norte-americano – devido à explosão de uma bomba num carro.
As forças internacionais estão a preparar a sua retirada do Afeganistão no final de 2014. A morte de civis em operações levadas a cabo pelas tropas ocidentais tem sido um ponto crítico na relação entre o Governo afegão, dirigido por Hamid Karzai, e os Estados Unidos e os aliados da NATO. Em Fevereiro passado, morreram pelo menos dez pessoas, sobretudo mulheres e crianças, numa operação aérea da Aliância Atlântica, naquela zona. Karzai proibiu as forças de segurança afegãs de planear raides aéreos em áreas residenciai

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