sexta-feira, 12 de abril de 2013

CORÉIA DO NORTE - Entrevista com Alejandro Cao de Benós



Nos últimos dias a península coreana tem vivido uma situação de crise inaudita. Toda a imprensa burguesa lança uma enxurrada de panfletária política da pior espécie que tenta apresentar toda a crise como sendo motivada pela inconsequência de um pequeno “ditador”. Apresentam-nos a crise coreana dissociada de todo seu contexto histórico e político. Mesmo alguns meios de comunicação que se pretendem “alternativos” esquivam-se da questão central no caso em foco apontando para o suposto caráter “caricatural” do socialismo coreano, e vão ao cumulo de condenar aquele país por suas expressões artísticas agitarem emblemas anti-imperialistas. Em meio a essa torrente de desinformação poucos antídotos são tão eficientes quando as entrevistas do camarada Alejandro Cao de Benós. Único ocidental a trabalhar para o governo norte-coreano e profundo conhecedor de sua realidade, Cao de Benós apresenta com sua argumentação precisa, inexorável, uma completa refutação da coletânea de mentiras da “democracia ocidental” contra o “espirito belicoso” e “anti-democrático” do governo do Norte da Coreia, nessa entrevista publicada em espanhol no site La Marea na manha de hoje e que agora disponibilizamos em português.


“Se na Coreia do Norte mostrássemos debilidade, EUA iniciaria um ataque ao estilo da Líbia”. 


Cada vez que a situação na península da Coreia entra em crise, os meios europeus e americanos geralmente batem a porta de Alejandro Cao de Benós, o único representante ocidental da Coreia do Norte, natural de Tarragona. Funcionário do país asiático na qualidade de delegado especial no estrangeiro, Cao de Benós viaja hoje a Pyongyang, onde pretende permanecer até finais de abril, “desde que não comece a guerra, caso no qual ficaria lá se assim me pedissem”, assegurou. Esses dias, os olhos de todo o mundo se voltaram sobre o país comunista depois de sua decisão de declarar estado de guerra e de ameaçar a EUA e seu vizinho do sul com o começo de uma “guerra total” caso este dispare ou avance sobre o território norte-coreano. “Sem Coreia do Norte não existirá o mundo”, adverte.

Qual é a situação agora mesmo na península da Coreia? É provável que estale um enfrentamento iminente? 

A situação é muito crítica porque os Estados Unidos tem mobilizado submarinos nucleares e porta-aviões, que estão realizando manobras de fogo reais na fronteira. Portanto, pode estalar o conflito a qualquer momento, já que o Exército Popular está à espera e temos a experiência de qual é a política imperialista dos Estados Unidos.

Por que se produzem tantas tensões já históricas entre Coreia do Norte e do Sul e EUA?

Principalmente se dão porque, ao final da Segunda Guerra Mundial, EUA ocupou a Coreia do Sul, estabeleceu suas bases, assim como uma ditadura militar sob o seu controle, que tem durado até nossos dias. O exército sul-coreano não tem controle sobre suas próprias tropas, pelo contrario, são os EUA os que mandam e os que usam deste exército para que se enfrentem com seus próprios irmãos do Norte.  Por isso, enquanto não abandonem os Estados Unidos seu controle sobre a península coreana, não poderá haver nunca uma paz definitiva e uma reunificação do país.

No mês passado, a Coreia do Norte ameaçou com o lançamento de um ataque preventivo contra EUA, por quê? 

Isto se deve a perseguição sistemática, tanto pelo bloqueio econômico como pelas sanções da ONU como, volto a dizer, pelo assunto militar, as manobras militares que se estão efetuando em nossa fronteira, que tem levado nosso exército a estar em total alerta para que, em qualquer momento em que os EUA cruzem a linha que separa as duas Coreias ou lancem um míssil contra o território norte-coreano, se produza uma resposta imediata, não só contra as tropas, senão contra as bases americanas, tanto em Guam, como no Hawai, Okinawa no Japão, ou, inclusive, sobre o território estado-unidense.

Não crê que esta linguagem bélica que se está utilizando pode contribuir para esquentar as coisas cada vez mais e levar a situação a um ponto irreversível?

O que está claro é que deve se dizer as coisas muito claramente. Como prevenção, devemos dizer aos EUA que, se tentar atacar, isto é o que lhe vai acontecer. Usamos uma linguagem forte precisamente porque os imperialistas norte-americanos usarão nossa debilidade para iniciar um ataque ao estilo do Iraque, Afeganistão ou Líbia. Por tanto, é necessário dizer as coisas claramente quando é preciso dizer para prevenir males maiores. A Coreia do Norte se queixa, sobretudo, das manobras com submarinos nucleares por parte dos EUA. É uma das causas principais da crise. Se estamos em um momento tão crítico é precisamente por isto, por que os EUA estão utilizando todo o seu arsenal na fronteira. Se, agora mesmo, a França, ou o Reino Unido com Gibraltar, mobilizasse todo seu arsenal nuclear e se pusessem a fazer manobras militares na fronteria, disparando com fogo real, o exército espanhol, que é supostamente um exército aliado, estaria em alerta e poderia se desencadear um conflito. Na verdade, existiram casos como barcos de pesca. É preciso dizer que encontramos porta-aviões e submarinos nucleares realizando provas.

Que condições seriam necessárias para que fosse possível a paz entre as duas Coreias?

A Coreia do Norte sempre deseja a paz, porém, não mentirá, nunca mudou ou renunciou a soberania ou ao sistema político que escolheu sua nação, e que decidiu seu povo. Portanto, a única solução para uma distensão ou para chegar a acordos é que parem essas manobras ou que se mudem, pelo menos, para 200 quilômetros ao sul, em vez de se faze-las na fronteira. Têm muito território para efetua-las. Inclusive, qualquer falha técnica pode desencadear um conflito armado total.

No mês passado, a ONU implementou novas sanções contra a Coreia do Norte, com o apoio da China, um de seus poucos aliados. Está a China dando respaldo ao país?

A China é um país capitalista desde os anos 90, já abandonou seu sistema socialista e, neste sentido, olha pelos seus próprios interesses. Por um lado é vizinha da Coreia do Norte e tem investimentos de centenas de milhões de dólares num novo parque industrial que acabamos de abrir na fronteira, porém, por outro, quer também fazer o jogo dos EUA, porque como membro do comércio internacional globalizado, ou capitalista, deve cortejar o império. Podemos dizer que a China é um país de muitas faces, que olha por seus interesses, e que tenta sempre manter um pouco deste status quo com todas as nações.

Na imprensa se tem falado, sobretudo, do complexo industrial na fronteira com o sul, onde, segundo esta informa, as condições trabalhistas dos operários norte-coreanos são extremamente precárias. 

É totalmente falso. Todos os trabalhadores norte-coreanos que operam ali – existem umas 123 empresas e uns 50.000 trabalhadores do norte – estão sob supervisão norte-coreana e isto é precisamente o que nos está ajudando a conseguir muitos dólares e euros como fonte de financiamento de divisa externa. Por ser um sistema socialista e fechado, por não depender das flutuações bancárias internacionais, a Coreia do Norte deve se suprir de dólares e euros para realizar importações mediante outros meios. Pode fazer transações com seus próprios recursos naturais, ou recebendo dólares ou euros de empresas sul-coreanas. Em qualquer caso, todos os trabalhadores na Coreia do Norte seguem os mesmos princípios e têm os mesmos direitos trabalhistas. Com efeito, esses insultos são os que levaram nosso governo a declarar, faz apenas dois ou três dias, que, se continuarem, não teremos nenhuma inconveniência em fechar e expulsar a todas as empresas sul-coreanas imediatamente. Assim, devém saber medir suas palavras e saber que este é um projeto de reunificação, não um projeto que nos obrigue a beijar os pés do capitalismo.

Esse processo de reunificação é possível em curto prazo? O que deveria acontecer para isso? 

Tivemos um avanço muito significativo no sentido da reunificação do ano 2000 ao ano 2008, durante as duas legislaturas do presidente [sul-coreano] Kim Dae-Jung. Recordemos que este presidente ganhou o premio Nobel da Paz. Se estabeleceram as bases deste processo em dois acordos no ano de 2000 e 2007, para se chegar a paz, e a distensão que desembocará numa reunificação. Estavam baseados na ideia de um país dois sistemas diferentes. A reunificação não se produziria jamais a maneira alemã, senão que, se respeitariam os sistemas existentes, vigentes em cada uma das partes: comunismo no norte e capitalismo no sul, porém, sob uma mesma bandeira. Esta é a premissa com a qual estão de acordo tanto a maioria dos povos norte-coreanos como sul-coreanos e seus governos. Em 2008 chegou um novo presidente, Lee Myung-bak, que foi um presidente ultraconservador e pró-norte-americano, destruiu todos esses acordos formados durantes esses anos, e voltamos à situação de inicio, de enfrentamento. Desses remanescentes do progresso pela reunificação ao largo desses oito anos só restou este centro industrial na zona de Kaesong, de que havíamos falado. Agora precisamos saber se a nova presidenta, Park Geun-hye, é capaz de ser independente e de obrigar aos norte-americanos que fiquem em seu canto e deixem que a Coreia seja governada pelos coreanos.

Por que a Coreia do Norte é um dos países mais afastados do mundo? Em caso de guerra, crês que algum país poderia entrar na guerra em apoio ao norte? 

Em caso de guerra não esperamos o apoio de ninguém. A Coreia é autossuficiente em arsenal militar. Temos assistido casos como o do Iraque, onde seus irmãos muçulmanos não acudiram em sua ajuda, nem dos irmãos iraquianos, nem dos líbios. Portanto, todas essas alianças políticas, tradicionais, etc., na hora da verdade contam pouco, assim, a Coreia se basta por si mesmo para obter uma vitória sobre o exército norte-americano, em caso de que houvesse uma guerra. Quanto à definição que fazem, de que a Coreia é um país fechado, não o é. A propaganda, a manipulação ocidental e o bloqueio tem levado a que se forme está visão do país, quando Coreia tem estado sempre aberta a qualquer pessoa que se aproxime com respeito e que simplesmente entenda que existem outras formas de vida e outros sistemas políticos. Coreia sempre tem os braços abertos e, de fato, tem relações diplomáticas com a maioria dos países. No caso da Espanha, desde o ano de 2001.

Em que consistem, em termos gerais, as sanções implementadas sobre o território norte-coreano? Que consequências têm? 

O bloqueio logicamente influí muitíssimo porque não se pode fazer transações monetárias nem podemos fazer comércio internacional livremente. De fato, não podemos praticamente nem fazer transportes marítimos, porque as tropas norte-americanas bloquearem qualquer cargueiro civil. O objetivo é asfixiar nossa economia para obrigar-nos a converter nosso sistema em outro, capitalista, porém, isso não vai acontecer. Na Coreia, desde 9 de setembro de 1948, estamos sob as sanções norte-americanas. Ainda que isto dificulte muitíssimo o fator econômico, temos formulas para saltar esse bloqueio. Portanto, não vai funcionar, nem vai obrigar a Coreia do Norte a se ajoelhar. O bloqueio tem causado alguns efeitos graves, como a fome que houve dos anos de 1995 ao ano 2000, que foi potencializada, por desgraça, pelos destres naturais que assolaram o país. Na Coreia do Norte, apenas 15% do território é cultivável. Essa conjunção de terríveis fatores, unida ao desaparecimento do socialismo a nível mundial, depois do qual nós ficamos sem aliados, submergiu ao país em uma crise a nível econômica total, na qual também havia uma crise de alimentos. Afortunadamente, desde o ano 2000, a econômica começa a recuperar-se. No último ano tem crescido mais de 10% e atualmente não há ninguém, absolutamente ninguém, que passe fome na Coreia. Provavelmente há mais gente, agora mesmo, que passe fome na Espanha que na Coreia do Norte.

Esses 15% de terreno cultivável os converte em importadores de alimentos? 

Sim, a Coreia do Norte é um país importador de alimentos. O trigo se importa da Rússia, o arroz da Tailândia e, como sabemos, os alimentos estão cada dia mais caros porque seu preço está manipulado pelas bolsas de Chicago e por interesses capitalistas. Estão fazendo crescer o preço do alimento básico a um nível tal que estão gerando muito mais disparidade, diferenças de classes no mundo e mais sofrimento e mais pobreza. Como Coreia do Norte tem que importar do estrangeiro o grão e tem que pagá-lo em dólares ou euros, que logicamente não tem, porque não é um país capitalista, sua moeda não é convertível, se criam todas estas complicações na hora de ajustar todas as rações necessárias para alimentar aos 24 milhões de habitantes que temos.

Que país, além dos EUA, exerce este bloqueio? 

A China aprovou os últimos bloqueios no Conselho de Segurança, pelo que está forçando a nossas empresas a se limitarem a Coreia e não poderem comerciar no exterior.  Mas isso do lado de uma lei pela qual os estados fantoches dos EUA, como o Canadá, não podem negociar livremente conosco, pois é considerado o comércio com o inimigo. Deste modo, se um senhor no Canadá quer importar dois guarda-roupas da Coreia do Norte, porque é muito barato e de muito boa qualidade, não pode fazê-lo por causa dessa lei que o impõe os EUA. Portanto, se trata de uma asfixia múltipla que, de novo, tem o objetivo de destruir o sistema político soberano da república.

Em caso de estalar a guerra, Coreia do Norte se veria enfrentando grandes potências, como o Japão, os EUA e a própria Coreia do Sul. Não há medo de que este enfrentamento possa causa graves danos ao país e, em caso de que se usem armas nucleares, seu desaparecimento? 

De maneira nenhuma, pelo contrario. Já declarei que sem Coreia do Norte não existirá o mundo. Estamos falando de um dos exércitos mais numerosos de todo o planeta, com mais de um milhão de soldados e mais de sete milhões de milicianos, a Guarda Vermelha Operário-Camponesa, que dispõe ainda de misseis intercontinentais e ogivas nucleares, que podem alcançar qualquer ponto do continente norte-americano. Portanto, não temos medo. Foram 15 as nações que lutaram contra a Coreia do Norte nos anos 50, incluindo Grécia, Colômbia ou Austrália. Ao contrario de então, quando tínhamos um país recém nascido, agora levamos 60 anos de criação armamentista e de defensa dissuasória, pela qual não podem imaginar a capacidade de golpear que tem agora mesmo a Coreia do Norte contra EUA. O primeiro seria destruir todas as suas bases no Pacífico, não só na Coreia do Sul, senão também no Japão, nas ilhas de Guam e Hawai.

A margem das relações internacionais, a ONU e vários observadores internacionais acusam a Coreia do Norte de ser o cenário de violações sistemáticas dos direitos humanos.  

Isto é parte da manipulação propagandística. De fato, os direitos humanos são ter uma casa, ter educação, ter direito a uma saúde digna, e isto é o que não se cumpre na maioria dos países capitalistas, o primeiro deles é os EUA. Isto são os direitos humanos para nós. Estamos criando uma sociedade igualitária, os meios de produção pertencem ao povo e não a uma oligarquia. Portanto, são as típicas etiquetas que usam o capitalismo para lavar o cérebro das pessoas através dos meios de comunicação. Na Coreia não há abusos contra os direitos humanos, há uma grande união, uma grande harmonia e felicidade entre as pessoas, o que mostra precisamente essa capacidade que tem o país para enfrentar a primeira potencia nuclear, que são os Estados Unidos.

Porém, existem outros direitos igualmente importantes, como o de expressão e as liberdades políticas.

A diferença basicamente é que na Coreia do Norte somos todos por um, é uma sociedade comunista, na qual os interesses comuns primam sobre os individualistas. A forma de expressar suas ideias é diferente, porém, qualquer pessoa tem capacidade, tem a possibilidade de expor suas ideias e suas opiniões políticas e, inclusive, podem apresentar-se as eleições para presidente da república, se é capaz de convencer as sues compatriotas.

Também se acusa a Coreia do Norte de ter campos de concentração no seu território. 

É mais uma maneira da propaganda tentar equiparar a Coreia com o nazismo ou com outros regimes que haviam existido. É completamente falso. De fato, as fotografias difundidas pela imprensa ocidental, feitas a muitos quilômetros de altura, através de satélites, a única coisa que mostram são granjas cooperativas e minas. Aí não existe nem uma só evidência da existência destes campos de concentração. O que ocorre é que, como sempre, é aplicado o duplo padrão. Para difamar e insultar a Coreia do Norte, tudo vale. Por outro lado, EUA, que realmente tem esses cárceres, comete esses abusos em Abu Grahib, em Guantánamo, e, em muitos outros países, sai totalmente impune. Na Coreia do Norte não existe esses campos de concentração e, se existisse, o sistema cairia por seu próprio peso, como ocorreu com outras repúblicas socialistas.

Se o país está “limpo” nesse sentido, por que não se deixa que entrem as comissões de direitos humanos da 
ONU para que confirmem isto no próprio território? 

Porque são precisamente peças dessa mesma propaganda. EUA controla esses organismos. De fato, os pagam. A maioria do financiamento da ONU vem do próprio congresso norte-americano. O que não vamos permitir é que um grupo de pessoas que tem difamado, acusando, colaborando com o bloqueio econômico para que tenhamos problemas com alimentação nos examinem. Graças a esses senhores que supostamente defendem os direitos humanos EUA tem podido justificar seu bloqueio económico. Quer dizer, graças a esses defensores dos direitos humanos estão impedindo que possamos importar comida. São fanfarronadas de pessoas pagas, e muito bem pagas, que supostamente, com seu trabalho voluntário vão a examinar os direitos humanos e que em realidade não fazem mais que propaganda barata. Nossa opinião é que o cão ladra, porém, o trem avança. Não importa quanto difamem, já que logicamente vamos seguir nosso caminho. Desde logo, o que não vamos fazer é convidar para jantar a um senhor que nos está insultando a cada dia e que ademais nos põe em condições difíceis.

Kim Jong-Un é já o terceiro da mesma linhagem sucessória no poder, não é isto uma clara evidência da ausência de democracia na Coreia do Norte? 

Esta é outra das etiquetas falseadas. A democracia significa dar o poder ao povo, e é o que existe realmente na Coreia, onde o povo é dono dos meios de produção. O caso de Kim Jong-Un é necessário entender como o de uma figura paternal, de união entre as pessoas, que não se pode entender se não se conhece a cultura coreana, se não se estuda um pouco de confucionismo, budismo, e, sobre tudo, a ideia juche [filosofia tipicamente coreana]. Basicamente, o poder reside no povo através da Assembleia Popular Suprema, que está formada por 687 deputados, na qual temos um presidente eleito. A figura de Kim Jong-Un é para manter certa continuidade, para que todo mundo siga com os ideais socialistas. Não é que ele decida tudo o que queira ou quando queira, já que também temos primeiro-ministro, um gabinete e o poder popular que é realmente quem manda.

Porém, em última estancia, recai o poder sobre Kim Jong-Un. 

Só a nível militar. Na última decisão foi votada de forma unánime por essa Assembleia Popular Suprema. Não herdou o poder, senão que foi eleito por estes quase 700 deputados, que são por sua vez eleitos a cada 5 anos por qualquer maior de idade, a partir dos 17 anos. Se podem apresentar quem queira, de forma independente, ou como membro de qualquer dos três partidos existentes: o Partido do Trabalho, o Partido Socialdemocrata da Coreia e o Partido Chondoísta Chong-u.

Original em espanhol disponível in www.lamarea.com

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