domingo, 31 de março de 2013

Milhares retornam às ruas em Chicago contra fechamento de escolas públicas



    A iniciativa da prefeitura de Chicago em fechar 60 escolas, com fechamentos de mais de 30 mil vagas, levou milhares as ruas na quarta-feira (27). Como retaliação, a polícia da cidade prendeu cerca de 100 pessoas, inclusive o vice-presidente do Sindicato dos Professores de Chicago.
   O protesto foi organizado principalmente pelo Sindicato dos Professores de Chicago e contou com o apoio de outros sindicatos e movimentos sociais. O protesto denunciou os planos neoliberais da prefeitura e do seu Conselho de Educação, e exigiu que seja encerrada a política de fechar as escolas públicas para favorecer a expansão de escolas privadas.
  Segundo nota do Sindicato dos Professores de Chicago, “é necessário concentrar investimento nas escolas públicas, nas famílias trabalhadoras e nas dificuldades dos bairros periféricos”.
  No total, a manifestação reuniu mais de sete mil pessoas que marcharam pelas as ruas da cidade. Durante a concentração em frente à prefeitura, na Avenida LaSalle, mais de 100 pessoas foram presas, entre as quais, o vice-presidente do Sindicato dos Professores, Michael Brunson. Durante a manifestação Brunson afirmou que “é uma obscenidade a afirmação da prefeitura de que o que estão fazendo preserva os direitos civis”. Ele acrescentou que “agora, vamos mostrar para eles o que é um verdadeiro movimento cívico”.
  A presidente do sindicato, Karen Lewis, advertiu aos estudantes, professores e as famílias para que sejam fortes no enfrentamento do fechamento das escolas, e prometeu pressão do povo junto ao tribunal de justiça, “não deixem essas pessoas tirarem sua escola”.
Um dia antes, na terça-feira (26), ao perceber as mobilizações dos pais, professores e demais setores da cidade, a segurança do Conselho de Educação da prefeitura começou a preparar barricadas de metal no entorno de suas instalações para barrar os protestos do dia seguinte.
  A prefeitura usa como pretexto para fechar as escolas um suposto déficit de US$ 1 bilhão na educação. Para o prefeito, Rahm Emanuel, correligionário e amigo de Obama, fechar as escolas trará benefícios acadêmicos aos alunos, já que a prefeitura não consegue prover educação de qualidade.

  Os pais dos estudantes acusam a prefeitura de mentir sobre uma suposta “crise de subutilização” das escolas públicas, para beneficiar as escolas privadas. 

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