Fidel Castro foi recebido com grande entusiasmo pelos cubanos, durante as eleições realizadas neste domingo. À sua chegada, as pessoas reunidas no Colégio Eleitoral n°1, Praça da Revolução, aplaudiam e cantavam "Fidel". Ele conversou com jornalistas, eleitores e membros da comissão eleitoral, permanecendo por mais de hora e meia no local.
Questionado sobre a recente designação de Cuba para a presidência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribe (Celac), afirmou que é "um passo muito importante para unidade" e "um avanço que se deve ao esforço de muitas pessoas, e entre elas, ao empenho do presidente Chávez". Fidel anunciou que recebe noticias "diárias" de Chávez, que "está muito melhor. Tem sido uma grande batalha, porém está melhorando. Temos que curá-lo. Chávez é muito importante para seu país e para a América Latina".
Ao tratar da massiva participação popular nas eleições cubanas, Fidel declarou que em Cuba "as eleições não são como nos EUA, onde apenas uma minoria pode votar. Não podemos deixar que isso aconteça nunca, aqui manda o povo".
Ao tratar da crise norte-americana imposta a diversas nações do mundo, afirmou estar "cada vez mais convencido que, como demonstra a história, pelos egoísmos, ambições, instinto selvagem que os homens carregam, são quase inevitáveis as guerras". Porém ponderou que "as guerras são muito diferentes quando se fazem por uma causa justa, pela liberdade ou por solidariedade", lembrando os conflitos impostos a Cuba pelos EUA e o apoio ao norte da África, bem como a campanha de libertação de Bolívar e Marti.
Fidel destacou os cubanos, "um povo valente. Não precisamos prová-lo. 50 anos de bloqueio não puderam nos derrotar", lembrando que "sem o povo não haveria revolução". Ao tratar das mudanças em Cuba, declarou: "nada é perfeito, muitas coisas que sabemos hoje, não sabíamos então, é necessário trabalhar para seguir aperfeiçoando o país", porém "sem cometer erros".
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