quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Terrorismo como arma midiática



Segundo o dicionário, terrorismo significa “modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror”, em outra definição diz que é “forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência”. Os dicionários bem que poderiam acrescentar a postura da “grande imprensa” brasileira diante dos governos Lula e Dilma.

Desde janeiro de 2003 que a inflação vai voltar. Desde janeiro de 2003 que o Brasil vai quebrar. Desde janeiro de 2003 vivemos nas trevas. Segundo a “grande imprensa” nacional, o Brasil é pior dos lugares para se viver.

Mais especificamente trato das notícias sobre o setor elétrico. Nada como desafiar os interesses econômicos de nossas elites. Desde que Dilma comprou o debate sobre a redução das tarifas o foco do terror midiático é a volta dos apagões de FHC.

E como a mídia nacional não tem limites, vale até transformar reunião agendada previamente em reunião de emergência. Vale não relatar que quedas do sistema foram provocadas pela Cemig de Minas Gerais, que a Ligth no Rio de Janeiro pertence à empresa mineira e não investigam as suspeitas de falha humana em quedas de energia em aeroportos fluminenses.

Quedas de energia em aeroportos que acontecem em todo o planeta, inclusive. Duvida? Digite: “blackouts airports” no Google.

No Brasil dos horrores da “grande imprensa”, de fazer inveja ao exército de Israel ou a homens bomba do Oriente Médio, logo estaremos à luz de velas e não por motivos românticos. Esse discurso tem o mesmo paradigma da crise internacional. Lula afirmou que seria uma “marolinha”. Meses e meses de campanha terrorista defendendo que seríamos os mais afetados por não “ter isso” e não “ter aquilo”.

Fomos os últimos a sofrer os efeitos da crise em 2008 e os primeiros a sair dela. Foi de fato, uma marolinha.

É evidente que temos problemas estruturais a resolver, mas é mais evidente que estamos no caminho de resolvê-las.

Para as nossas elites se apenas as orlas das cidades litorâneas ou os condomínios de luxo estivessem iluminados está tudo maravilhoso. Se apenas os moradores da “Casa Grande” tiverem geladeiras e ar condicionados, não poderia estar melhor. Viajar de avião então. “lugar de pobre é na rodoviária”.

A demanda no país por energia aumentou sensivelmente graças às políticas de inclusão promovidas nos últimos doze anos. Quaisquer problemas nesse sentido são de crescimento. Até 2002 nossos problemas eram de recessão.

Até a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) se coloca na trincheira pela redução das tarifas. O povo “limpinho e cheiroso” não aprende. Por isso que somente lhe restam o terrorismo midiático e a desinformação da população.
http://caduamaral.blogspot.com.br

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