quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Multinacionais controlam 90% da extração de ouro


Cinco multinacionais monopolizam 90% da extração de ouro no país. As informações obtidas pelo Valor Econômico com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia e responsável pelas concessões de pesquisas e lavras, denunciam que a extração chega a 65,2 toneladas do minério ao ano (dados de 2011) e é destinada, em maior parte, ao mercado externo.

Até o início dos anos 90, 53% do ouro era explorado por grandes empresas e 47% da extração era realizada pelos garimpos autorizados. Este quadro mudou para 87,4% das lavras nas mãos das grandes empresas e o garimpo, com 12,6% em 2011.

Hoje, cinco grandes multinacionais dominam a produção industrial do ouro no país, atividade que se concentra nas lavras subterrâneas. Elas são as canadenses Kinross, Jaguar Mining, Yamana e Aura Gold. A lista também inclui a múlti sul-africana AngloGold Ashanti.

Dentre as minas exploradas, estão as três mais produtivas do Brasil. A Kinross retira ouro da mina Paracatu, em Minas Gerais. A mina Cuiabá, localizada em Raposo, também em Minas, é da AngloGold Ashanti. A terceira mais produtiva, Serra Grande em Crixás, Goiás, é dividida entre a Kinross e a AngloGold Ashanti.
Uma supervalorização do ouro vem sendo verificada desde 2008 e acumula valorização de 177%.

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