segunda-feira, 2 de julho de 2012

TEQUILA COM PIMENTA. E PÓLVORA.

 
O México tem o homem mais rico do mundo (Carlos Slim) e 42% da população na pobreza; o salário mínimo atual é  28% menor, em termos reais, do que há 17 anos, quando sua economia  se fundiu a dos EUA , com o Nafta; nesse caldo de cultura de desigualdade e desesperança, o narcotráfico deita e rola e já fez mais de 50 mil cadáveres desde 2006. 

O conjunto será administrado nos próximos seis anos por um engomadinho, que, na forma, no conteúdo e no patrocínio midiático lembra muito Fernando Collor de Mello. Peña Nieto é mais o cadeado de um modelo falido --com design renovado-- do que um candidato de carne e osso.

Nesse caldo de cultura, a rebelião da juventude mexicana contra a manipulação midiática  reflete  a emergência de uma cidadania que não aceita mais ser tutelada em seu discernimento nem fraudada no seu voto. Direto do México, Eduardo Febbro, ouviu  integrantes desse sopro de ar fresco no viciado sistema político local. O movimento Yosoy 132 criou um canal próprio de TV para cobrir o pleito e discutir temas da campanha com os candidatos e com os eleitores, o canal 131. "O problema central no México não está no fato de que os meios de comunicação e o poder político sejam cúmplices, mas sim que são a mesma coisa", dizem eles.

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