segunda-feira, 11 de junho de 2012

Terroristas da oposição mataram famílias leais ao governo Assad

Investigação sobre o massacre de Houla:
Esta matéria do jornalista russo independente, Marat Musin, desmonta as mentiras da mídia. Traz uma cronologia e relatos oculares. Foram massacradas em Houla famílias inteiras leais ao governo. Os terroristas não foram milícias shabbiha pró-governamentais conforme veiculado em coro pelos principais veículos, foram sobretudo assassinos profissionais que agiram sob o auto-proclamado Exército de Libertação Sírio (ELS).
O massacre em Houla está sendo atribuído ao governo sírio sem sombra de comprovação. O objetivo é não só isolar política e economicamente, como arranjar pretexto para desencadear uma guerra contra a Síria.
Susan Rice, embaixadora dos EUA na ONU, deu a entender que, se o Conselho de Segurança não atuar, os EUA podem considerar "tomar medidas fora do plano Annan e da autoridade do Conselho de Segurança da ONU".
A matéria confirma que os crimes estão sendo praticados por milícias terroristas que atuam ao abrigo do ELS, patrocinado pelos EUA-Otan.
Introdução de Michel Chossudovsky, editor de Global Research, à matéria, cujos principais trechos publicamos abaixo.
MARAT MUSIN


No dia 25 de maio, por volta das 14:00 h, grupos de combatentes capturaram a cidade de Al-Houla. Foi atacada a nordeste por mais de 700 mercenários. Vieram de Ar-Rastan (brigada de Farouk do Exército de Libertação Sírio, chefiada pelo terrorista Abdul Razak Tlass); da cidade de Akraba (chefiada pelo terrorista Yahya Al-Yousef) e da cidade Farlaha, a que se juntaram gangsters locais.

Quando os rebeldes tomaram o posto de controle no centro da cidade, próximo à delegacia da polícia local, começaram a eliminar famílias leais às autoridades nas casas vizinhas, incluindo velhos, mulheres e crianças. Foram mortas diversas pessoas da família Al-Sayed, incluindo 20 crianças, e da família de Abdul Razak. As pessoas foram mortas com facas e alvejadas à queima-roupa. Depois os cadáveres foram apresentados aos observadores da ONU como vítimas de bombardeios do exército sírio, o que não foi verificada por quaisquer marcas nos corpos.

Como começouDepois das orações de sexta, às 14:00 h, um grupo do clã Al Aksh começou a disparar sobre um posto das forças da ordem com morteiros e lança-granadas. Às 15:30 foi tomado esse posto de controle e todos os prisioneiros foram executados: um soldado teve a garganta cortada, enquanto que Abdullah Shaui, beduíno de Deir-Ezzor, foi queimado vivo.

Durante o ataque, os homens dos bandos armados perderam 25 pessoas que depois foram apresentadas aos observadores da ONU, juntamente com os 108 civis mortos – todos como "vítimas do regime", alegadamente mortos por bombardeios do exército sírio. Quanto aos restantes 83 corpos, incluindo os de 38 crianças, eram das famílias que foram executadas. Essas famílias eram todas leais ao governo da Síria.

Segundo um soldado ferido:

"No dia seguinte, vieram observadores das ONU encontrar-nos no posto de controle. Mal chegaram, atiradores abriram fogo contra eles. Três de nós fomos feridos. Um na perna, o segundo nas costas e eu fui atingido no quadril.

"A nossa relação com os locais é excelente. São muito bons para nós: pediram ao exército para entrar em Taldou. Fomos atacados por franco-atiradores".

Entrevista com um segundo soldado:

"Chamo-me Ahmed Mahmoud al Khali. Sou da cidade Manbej. Fui ferido em Taldou. Pertenço a um grupo de apoio que foi em ajuda dos nossos camaradas que estavam a serviço no posto de controle.

"Fomos para Taldou num veículo blindado, buscar os nossos camaradas feridos no posto de controle do centro da cidade. Trouxemo-los no veículo militar e eu ocupei o lugar deles.
"Pouco depois chegaram os observadores da ONU. Vieram até nós e os levamos à casa das famílias que foram mortas pelos bandidos.

"Vi uma família de três irmãos e o pai no mesmo quarto. Noutro quarto encontramos crianças mortas e a mãe delas. E noutro ainda – um velho, morto na mesma casa. Ao todo, cinco homens, mulheres e crianças. A mulher violentada e com um tiro na cabeça. E a comissão viu-os a todos".
Um residente de Taldou

"Na sexta-feira à tarde eu estava em casa. Ao ouvir os tiros, saí para ver o que estava acontecendo. Vi que o fogo vinha do norte, na direção do posto de controle do exército. Começaram a aproximar-se da casa onde depois familiares foram mortos.

Quando o exército começou a responder, usaram as mulheres e as crianças como escudos humanos e continuaram a disparar sobre o posto. Com a intensificação dos disparos, fugiram. Depois disso, o exército pegou as mulheres e crianças sobreviventes e puseram-nas em segurança. Nessa altura, a rede Al Jazeera pôs imagens no ar e disse que fora o exército que fizera o massacre em Al Houla.

"A verdade é que eles mataram os civis e crianças. Os bandidos roubaram tudo aquilo em que puderam por a mão: trigo, farinha e gasolina".

Depois de conquistarem a cidade, levaram os corpos dos seus camaradas mortos, assim como os corpos das pessoas e das crianças que mataram à mesquita. Por volta das 8 da noite, os cadáveres já estavam na mesquita. No dia seguinte às 11 da manhã chegaram os observadores da ONU.

Desinformação


Para exercer pressão sobre a opinião pública e alterar as posições da Rússia e da China, foram preparados com antecedência textos e subtítulos em russo e em chinês: "Síria – Homs – cidade de Houla. Um terrível massacre perpetrado pelas forças armadas do regime sírio contra civis. Dezenas de vítimas - e o seu número aumenta - principalmente mulheres e crianças, brutalmente mortas por bombardeio indiscriminado".
Dois dias depois, a 27 de Maio, depois dos relatos dos moradores e dos vídeos mostrarem que os factos não corroboravam a acusação de bombas, os vídeos dos bandidos sofreram alterações significativas. No final do texto aparecia esta legenda: "E alguns foram mortos com facas".

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