quinta-feira, 14 de junho de 2012

“Hoje entendo porque Demóstenes Torres pediu o meu impeachment”

 

“Nos autos da Operação Monte Carlo, são de junho as primeiras gravações em que Carlos Cachoeira e seu grupo aparecem atacando a minha reputação como governador do DF”, denuncia. “Comentam reportagens ainda por serem publicadas em uma revista (Veja)”. “Reportagens contra mim, me atacando”. “Hoje eu compreendo porque o senador Demóstenes Torres protocolou um pedido de impeachmente contra mim na Câmara Legislativa do DF no início de novembro de 2011”, destacou. “Poucos dias antes desse pedido de impeachment, a Secretaria de Transparência tinha encaminhado investigações sobre contratos de lixo ao Ministério Público do DF. Claro, o grupo precisava de controle sobre o SLU”, completou Agnelo.

“O antagonismo entre meu governo e a Delta chega ao cume há cinco meses atrás quando chegam as balanças ao aterro sanitário. Diminuiu a fatura de entulhos de 1,3 milhão de reais em novembro de 2011 para uma média de 350 mil reais ao mês a partir de janeiro deste ano”, revelou o governador. E, segundo ele, volta a cronologia das escutas. “Em 30 de janeiro de 2012, Idalberto Matias diz que eu levaria 3 ou 4 meses para cair se continuasse apanhando da imprensa e do senador Demóstenes”. Cachoeira diz num dos diálogos: “agora ele cai”. Agnelo lembra que Cachoeira comemora uma reportagem publicada na revista Veja dois dias antes fazendo acusações falsas e despropositadas. “Pode avisar que vai continuar apanhando”, ameaça Cachoeira na escuta.

O governador informou ainda que o grupo de Cachoeria também tentou fraudar uma licitação para o sistema de bilhetagem dos ônibus do “DFtrans, através de uma empresa coreana”. “Tentaram, mas não conseguiram, porque a licitação nem foi realizada”, disse. Ele lembrou que o controle sobre a bilhetagem estava nas mãos das empresas privadas. “Retomamos o controle. O gasto do GDF com subsídio do transporte caiu de R$ 9 milhões para R$ 3 milhões ao mês. Tentaram entrar, mas não conseguiram. Em outubro passaram a querer me derrubar”.

Agnelo Queiroz também negou irregularidades em seu crescimento Patrimonial e, ao contrário de Marconi Perillo, abriu todos os seus sigilos. “Com a quebra dos sigilos você tira qualquer tipo de ilações. Abro meu sigilo para que possam ser checadas todas as informações necessárias que demonstram que tenho patrimônio compatível”, disse, recebendo aplausos do presentes.

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