segunda-feira, 11 de junho de 2012

Eletronuclear descarta pool estrangeiro

O presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro, disse que os 30% do custo de instalação da usina nuclear Angra 3 não serão mais financiados por um pool de bancos estrangeiros e sim com recursos do BNDES. Segundo ele, o volume previsto era da ordem de 1,2 bilhão de euro.

O orçamento total definido para a usina é de R$ 10 bilhões. Antes da decisão da estatal, 75% dos gastos seriam efetuados no Brasil. O BNDES financiaria R$ 6,1 bilhões, a Eletronuclear receberia R$ 890 milhões da Eletrobrás, oriundos do fundo da Reserva Global de Reversão (RGR), cujos saldos devem ser aplicados no próprio setor elétrico.

Segundo o almirante Othon, os recursos serão “um pouco menos” com desembolso, primeiramente, do Tesouro Nacional para o BNDES que emprestará à Eletrobrás e repassará à Eletronuclear. O empréstimo já está prestes a ser assinado com o BNDES, que passa a financiar 79% do total da obra, disse o presidente da estatal ao participar do seminário “Política de Defesa e Projeto Nacional de Desenvolvimento”, no Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor).

Angra 3, que começou a ser construída em 2010, será a terceira usina da central nuclear de Angra dos Reis (RJ) e terá potência de 1.405 MW. A previsão é de que a unidade entre em operação em dezembro de 2015. A usina será capaz de gerar mais de 10 milhões de megawatts-hora anuais, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante um ano inteiro. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% da eletricidade consumida no estado do Rio de Janeiro.

Cerca de 40% do volume total de concreto estrutural já foi executado – o que representa aproximadamente 20% do progresso das obras civis. Quatro mil pessoas estão trabalhando no canteiro, sendo que 75% são moradores da região onde a usina está sendo instalada.

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