domingo, 1 de abril de 2012

Obama torra US$ 2 bi para armazenar dados de cidadãos dos EUA espionados pelo governo




Em meio ao marasmo da economia e cortes nos programas sociais, Obama faz um investimento: mais US$ 2 bilhões para avançar na implementação do Estado policial.

Segundo a revista Wired é uma vasta planta cujo objetivo é armazenar toda a informação obtida dos americanos através de escuta telefônica e espionagem na Internet. O centro de coleta de dados obtidos pela espionagem dos cidadãos está localizado em Bluffdale, no estado de Utah e estará conectado à agência de espionagem National Security Agency (NSA). “Será um local fortificado e em atuação a partir de 2013”, informa a revista.

A intenção é detectar e armazenar todo tipo de e-mail, pesquisas através de sistemas tipo Google, itinerários de viagens, compras de livros, etc., detalha a Wired.

A matéria é intitulada “A NSA está construindo o maior Centro de Espionagem do país (Cuidado Com o Que Fala)”; informa ainda que as principais fontes de bisbilhotagem via bancos de dados são as principais empresas de telecomunicação.

A emenda à FISA (Foreign Intelligence Surveillance Act – Lei de Inteligência para Vigilância do Exterior ), lei de 1978 emendada em 2008, legaliza o conluio entre empresas privadas de telecomunicação e agências de espionagem governamentais para a compilação de informação de caráter privado.

A revista cita um ex-funcionário de uma dessas agências, que, é claro, preferiu o anonimato, dizendo: “Para as agências todo mundo é alvo; qualquer pessoa, com qualquer comunicação é alvo”.

Ocorre que tanto a nova lei FISA (emendada) quanto a compilação secreta sem base judicial passam por cima da Constituição norte-americana.

A sua Quarta Emenda é clara: “O direito dos indivíduos à segurança pessoal, quanto a suas casas, papéis e efeitos, contra buscas e apreensões sem motivo justo, não deve ser violado”.
“Eles violaram a Constituição estabelecendo esse tipo de vigilância”, afirma William Binney, ex-agente da NSA que se afastou e denuncia a agência. “Eles não se importam. Passam por cima mesmo e estão dispostos a crucificar quem se colocar no caminho”.

O articulista Tom Carter, em sua matéria publicada no site World Socialist Web Site (WSWS), conclui que “o pretexto para esta massiva escalada na espionagem doméstica é a denominada ‘guerra ao terror’. No entanto, a classe dominante tem como alvo principal não o ‘terrorismo’ no Oriente Médio, mas a crescente oposição a suas políticas dentro dos Estados Unidos.

Esta a verdadeira razão para seus ataques aos direitos democráticos da população. Estamos diante de uma crescente e preparada repressão policial em larga escala a qualquer oposição social ou política”. 

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