quinta-feira, 22 de março de 2012

Acirramento do ódio a imigrantes por Sarkozy e outros é o caldo de cultura dos assassinatos em Toulouse




 Os assassinatos na cidade francesa de Toulouse, de notória motivação racista, estão ocorrendo em plena campanha eleitoral para a presidência, quando Sarkozy e outras antas de extrema direita destilam ódio contra os imigrantes pobres. Assim, Sarkozy não apertou o gatilho mas criou o clima para que um psicopata saísse matando as pessoas. Mas na Líbia, o presidente francês está diretamente envolvido nas morte de civis mortos pelas bombas da Otan, que incluem os aviões franceses.

Os covardes assassinatos de magrebinos (pessoas que emigraram da região ocidental da África), de um antilhano além de crianças judias em uma escola, ocorrem nesta atmosfera de acirramento contra os imigrantes, apontados pelo racistas como os responsáveis pelas mazelas sociais criadas pelo governo de Sarkozy para privilegiar os bancos. Como diz o colunista Fiacra Gibbons “as mortes de Toulouse aconteceram em um momento em os políticos franceses utilizam uma linguagem do ódio”.

Para o governo de Sarkozy a razão para a retração da economia, longe de estar no predomínio dos bancos sobre a mesma, reside no excesso de imigrantes. “Há muitos imigrantes na França”, afirmou recentemente Sarkozy.

ão se furtaram de criticar como um problema para todos os franceses o fato dos muçulmanos comerem só halal e os judeus só casher (respectivamente os rituais de seleção alimentar e de sacrifício de animais utilizados pelos religiosos dos dois credos). Enquanto o primeiro-ministro, François Fillon, disse que judeus e muçulmanos deveriam renunciar a suas leis alimentares e “abraçar a modernidade”; o do Interior Claude Guéant declarou a “superioridade da civilização cristã europeia sobre as culturas inferiores”.

Faz exatamente 50 anos que os mais racistas entre os franceses tiveram que aceitar a verdade: os argelinos haviam conquistado a liberdade nacional derrotando sua estrutura colonial no norte da África, mas não sem deixar para trás um rastro de um milhão de argelinos mortos.                                                                 

N.B.
http://www.horadopovo.com.br/


 

Nenhum comentário: