A corte militar de Israel decidiu, no dia 7, autorizar as tropas de ocupação a manterem a detenção do professor Dr. Yousef Abdul Haq, ativista de direitos humanos e conferencista na Universidade Nacional An Najah e coordenador cultural do Fórum Cultural Palestino Tanweer.
O professor Haq está detido na prisão de Ofer, próxima a Ramallah. Foi preso em sua casa na madrugada de 7 de novembro do ano passado. Ele necessita de medicação constante o que fez com que fosse hospitalizado já depois de preso.
Desde então, o professor está preso sem acusação formal de espécie alguma. A promotoria militar alega que não pode acusar o professor por que a acusação revelaria informações que ferem a segurança de Israel e nem os advogados podem ter acesso aos elementos que implicam o preso por esse mesmo motivo. Realmente, para um regime racista e fascista a atividade cultural do professor Haq e o desenvolvimento da consciência dos direitos civis é um perigo existencial.
Não pode haver regime de apartheid sem o obscurantismo. Para os invasores da Palestina em degeneração que os leva a indigência mental, só resta latir como fez o general franquista Milan Astray irritado com o professor filósofo Miguel Unamuno: “Morra a inteligência!”
A prisão de Haq através de legislação colonial britânica, o chamado regime administrativo, é extremamente danoso psicologicamente para o detido e seus familiares pois estabelece um processo kafkiano e permite que a cada audiência o tribunal da ocupação estenda a prisão sem que a vítima saiba do que precisa se defender nem por quanto tempo esta prisão persistirá.
É um regime ilegal e condenado pelas convenções internacionais inclusive as que tratam das situações de ocupação.
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