quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SALVEM OS BANCOS; DANEM-SE O POVO E OS TRABALHADORES. NÃO HÁ RAZÕES PARA O CORTE DE R$ 55 BILHÕES !

Os cortes nada mais representam senão um tiro no pé na possibilidade de recuperação de nossa economia, um passo atrás no aprofundamento do caminho do desenvolvimento e da redução do nível de desigualdades em nosso País.


Pouco antes do início do longo feriado do Carnaval, mais uma vez o governo federal aproveitou esse momento estratégico propiciado pelo calendário para anunciar outro pacote de maldades. No caso, foi a divulgação, pelos responsáveis da área econômica, de um conjunto de cortes nas despesas do Orçamento da União, que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional na virada do ano.

Os valores anunciados pelos titulares do Ministério da Fazenda (MF) e do Ministério do Planejamento (MPOG) são expressivos e mereceram críticas pesadas de amplos setores do movimento social. A revolta atingiu, inclusive, entidades cujos dirigentes que não costumam esconder seu alinhamento sistemático com o governo, como a CUT. Isso tudo porque o Palácio do Planalto havia decidido cortar um total de R$ 55 bilhões nas despesas previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA), peça que fora objeto de debate e votação pelos parlamentares.

Dado o inesperado da pressa em anunciar tais medidas, a sociedade começa a se questionar a respeito das possíveis razões que estariam a embasar tal decisão da Presidenta Dilma. As justificativas de natureza retórica apresentadas pelas autoridades pouco ajudam nessa tarefa e servem apenas para preencher mais uma lacuna no teatro da política de baixa estatura. Os ministros argumentaram que a estimativa de arrecadação de receitas constante na versão definitiva da LOA estava acima da previsão do governo. Assim, seria necessário reduzir as despesas tal como votadas pelo Congresso, uma vez que não haveria recursos disponíveis a serem arrecadados na forma de tributos ao longo de 2012. Pura balela!

Em primeiro lugar, cabe registrar que a evolução da receita orçamentária ao longo do exercício é passível de ajustes. Sempre foi assim e continuará sendo enquanto os seres humanos estivermos organizados em sociedade. Nada mais natural, pois sabemos que a dinâmica da economia não tem nada a ver com os ciclos (nem sempre) previsíveis dos fenômenos das ciências exatas. Dessa forma, cabe justamente aos órgãos que acompanham a evolução da política fiscal fazer os ajustes de sintonia fina nos momentos necessários – e, principalmente, nas rubricas mais adequadas. Essas são as funções da Secretaria do Tesouro Nacional (MF), pelo lado da arrecadação, e a Secretaria do Orçamento Federal (MPOG), pelo lado da despesa.

Cito apenas um exemplo para demonstrar como a desculpa é capenga. De acordo com a justificativa apresentada pelo governo, a receita líquida da União seria inferior à prevista no valor R$ 30 bi ao longo do ano todo. Assim, como conclusão “lógica e óbvia”, os ministros anunciam um corte de R$ 55 bi logo em fevereiro! Uma loucura, sem pé nem cabeça! Na verdade, permanece absolutamente inalterado aquele espírito de “bom-mocismo” criado ainda pelo Ministro Palocci, lá atrás em 2003, quando se tentava acalmar os espíritos do mercado e do capital, com a garantia de que a mudança de governo não alteraria em nada a essência da política econômica do Estado brasileiro. Essa promessa foi cumprida à regra. E naquele momento o responsável pela área de economia do Presidente Lula anunciava que o governo brasileiro iria aumentar por sua própria iniciativa a meta de superávit primário. Um verdadeiro maná a ser oferecido, assim gentil e graciosamente, para o mercado financeiro

Pois ao longo desses 9 anos, o espetáculo seguiu o mesmo enredo. Geração de superávits primários sucessivos, sempre em valores superiores a 3% do PIB. E a execução orçamentária foi sistematicamente acompanhada de cortes e de contingenciamento nas rubricas voltadas para o gasto social e nas despesas associadas à infra-estrutura. Com o anúncio da semana passada, a coisa não foi muito diferente. A principal preocupação do governo foi assegurar que o sacrossanto superávit primário estaria mantido. E na exposição de motivos, apresenta todo “orgulhoso” como ele tem sido responsável com a evolução desses valores: eles saíram de R$ 65 bi em 2009 para atingir R$ 140 bi em 2012. Ou seja, apenas as despesas da LOA com juros e serviços da dívida cresceram 115% nesses 3 anos. Durante esse mesmo período, por exemplo, o salário mínimo cresceu 34%. É nesses momentos que se percebe, com toda a clareza, quais são as verdadeiras prioridades do governo.

Por outro lado, o governo argumenta que os projetos considerados prioritários serão “imexíveis”. Ora, é o mínimo que se espera de uma equipe coerente com suas metas. Mas infelizmente a lista dos setores intocados é bastante restrita: apenas as obras do PAC e os programas “Brasil Sem Miséria” e “Minha Casa, Minha Vida”. Assim, esse conjunto que representa a prioridade absoluta conta com despesas de não mais que R$ 80 bi, em um total de R$ 1,1 tri de gastos previstos na LOA. Ou seja, todo o resto está sujeito a cortes, dos quais R$ 55 bi já foram anunciados.

Até o presente momento, as principais áreas que terão suas verbas reduzidas são as seguintes:
Previdência e assistência social - R$ 9,3 bi
Saúde - R$ 5,5 bi
Subsídios em geral - R$ 5,2 bi
Desenvolvimento regional - R$ 3,9 bi
Cidades - R$ 3,3 bi
Agricultura - R$ 3,3 bi
FGTS - R$ 3,0 bi
Justiça - R$ 2,3 bi
Educação - R$ 2,0 bi
Turismo - R$ 2,0 bi
Transportes - R$ 2,0 bi
Esportes - R$ 1,8 bi
Ciência e Tecnologia - R$ 1,5 bi
Outros - R$ 9,8 bi

TOTAL - R$ 55,0 bi

O que mais impressiona é que para o governo os setores acima não sejam considerados tão importantes quanto o repasse de recursos para o setor financeiro, a título de pagamento de juros da dívida pública. Despesas com previdência, saúde, educação, agricultura familiar e outras não parecem ter efeitos multiplicadores significativos, sem contar a natureza emergencial das mesmas. Já o gasto com a atividade parasita do rentismo acomodado é considerado prioridade na agenda de alocação do dispêndio do recurso público.

Diante do exposto, é compreensível que o leitor e a leitora continuem a se indagar a respeito de quais seriam as verdadeiras razões que estariam por trás de um anúncio de um corte tão nefasto quanto desnecessário. Talvez não valha a pena tamanho esforço intelectual. A história é conhecida: repetir a antiga estratégia de cortar no social e no essencial, para então privilegiar o capital financeiro e a enganosa credibilidade junto às chamadas “forças de mercado”. Essa é a única razão que pode conferir alguma coerência interna ao quadro da medida desastrada.

Pelo mundo afora, boa parte dos governos dos países em crise se vêem obrigados pelos organismos internacionais a adotar medidas fiscais duras. E são justamente criticados pela natureza ortodoxa de seus ajustes orçamentários, pois é amplamente sabido que as conseqüências desse tipo de corte burro nos gastos públicos são bem negativas para a maioria da população. Salvem-se os bancos; danem-se o povo e os trabalhadores. E por aqui parece que nossas autoridades resolveram optar mais uma vez - por conta própria e sem nenhuma pressão externa visível – por seguir o mesmo caminho do prejuízo social, com o intuito de preservar os ganhos do setor financeiro.

De outra parte, a continuidade dessa política de redução dos gastos públicos provoca a diminuição da capacidade do Estado em dar cabo de suas funções essenciais. Com menos verbas alocadas, as conseqüências são várias: i) a capacidade de investimento é diminuída, as instalações ficam obsoletas e os novos equipamentos não são oferecidos ao público; ii) as despesas correntes para manutenção da rede existente tornam-se insuficientes e a face aparente é de um setor público ineficiente e incapaz de oferecer seus serviços de forma adequada; iii) os salários do setor são reduzidos ou não conseguem acompanhar a evolução do setor privado, com prejuízos para a manutenção de um padrão adequado na qualidade da gestão pública.

Diante de tais condições, vê-se reforçado o discurso pró privatização dos serviços públicos. É a base objetiva para os argumentos favoráveis ao aumento das concessões oferecidas ao setor privado, como nos casos dos aeroportos, da saúde, das rodovias ou do ensino superior (vagas nas instituições privadas estimuladas pelo PROUNI). E o raciocínio se encerra, com a falsa sensação de ter sido o vencedor no campo da retórica: “Ora, se o Estado não faz ou realiza mal, não existe alternativa que não seja a privatização.”

Na verdade, trata-se de um movimento de extrema perversidade, ainda que não se consiga visualizar um maquiavelismo explícito em sua operação. Por um lado, as condições básicas de funcionamento da rede do Estado passam por um processo contínuo de sucateamento. Por outro lado, assegura-se a continuidade do repasse de recursos do orçamento público para os setores mais vinculados ao sistema financeiro. E serão esses, justamente, os principais beneficiados no futuro com os leilões da privatização, como ocorrido recentemente com a rede aeroportuária.

A Presidente Dilma, ao ter dado carta branca para o anúncio de tais medidas, parece estar de acordo com a estratégia adotada pelos principais responsáveis pela área econômica de seu governo. O mínimo que se espera é a sensibilidade para ouvir as críticas e demandas das entidades e profissionais contrários à decisão. Pois os cortes nada mais representam senão um tiro no pé na possibilidade de recuperação de nossa economia, um passo atrás no aprofundamento do caminho do desenvolvimento e da redução do nível de desigualdades em nosso País.

Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

516 FOTOS DE CUBA

516 FOTOS DE CUBA

Sobre "Os Últimos Soldados da Guerra Fria" e sobre porque eu torço por Cuba

Por Rita de Cássia de Araújo Almeida em seu blog

Os Últimos Soldados da Guerra Fria de Fernando Morais é um livro extraordinário. Caso não soubéssemos que tudo que está sendo contado nele é fruto de anos de trabalho de campo feito pelo autor, poderíamos considerá-lo apenas um excelente romance de espionagem. Entretanto, não se trata de uma ficção. A intenção do autor é retratar (partindo de evidências, registros, documentos, notícias de jornal e relatos dos próprios personagens) o cenário político mundial no final da Guerra Fria, tendo Cuba e Estados Unidos como protagonistas, o que torna a obra ainda mais cativante.

Conta a história que, após a queda da União Soviética, Cuba se dedicou a estimular o turismo, numa tentativa de minorar a crise econômica que se agravava na ilha, já que aquele país era seu principal parceiro comercial. Durante esse período, grupos anticastristas radicais da Flórida aproveitaram para promover atentados terroristas a Cuba com a clara intenção de assustar os turistas enfraquecer o Governo de Fidel Castro. Em cinco anos foram 127 ataques e apesar das dezenas de reclamações oficiais enviados por Cuba ao Governo Americano, nenhuma medida foi tomada para reprimi-los. Fidel chega a enviar uma carta a Bill Clinton, então presidente, denunciando organizações de extrema direita que funcionavam em território americano, tendo como pombo-correio ninguém menos que Gabriel Garcia Marques. Nesta carta Fidel faz praticamente uma profecia. Ao pedir que Clinton se empenhe em abortar as ações terroristas que estão sendo maquinadas em território americano, Fidel defende que se medidas não forem tomadas, “em breve qualquer país do mundo poderá ser vítima de tais atos”. Anos mais tarde, como sabemos, os Estados Unidos seriam a vítima de atentados terroristas.

Sem o apoio dos EUA e das organizações internacionais, Cuba decide tomar providências por si e cria a Rede Vespa: um grupo seleto de doze homens e duas mulheres que recebem a missão de se infiltrarem em algumas das 41 organizações terroristas de extrema direita nos EUA, a fim de colherem informações que pudessem antecipar possíveis ataques. O livro conta, justamente, a incrível história desses “soldados” enviados por Fidel aos EUA, todos travestidos de desertores do regime cubano.

O livro de Morais nos provoca inúmeras emoções, sendo que algumas delas atingirão com mais força a nós, militantes ou partidários de esquerda. E o maior mérito do livro é contar a história das relações entre EUA e Cuba de uma outra perspectiva, diferente da americana que a grande maioria acredita ser a única versão, apenas por ser considerada a versão oficial. Terminada a leitura, mesmo os menos críticos ou pouco entendedores de política internacional, vão compreender melhor os motivos de algumas conduções do Governo Cubano, e o bloqueio americano a Cuba lhes soará ainda mais insano e cruel.

O livro também lança luz sobre uma questão que intriga a muitos de nós: porque essa pobre e minúscula ilha do caribe, sem nenhum poder no cenário político internacional incomoda tanto o poderoso EUA? E que ninguém venha me dizer que o interesse americano é pela “defesa da democracia”. Todos sabemos que esse mesmo governo defendeu e sustentou, durante muito tempo, a ditadura cruel de Fulgêncio Batista na ilha caribenha, assim como fez por outras ditaduras pelo mundo.

Depois de ler Os Últimos Soldados da Guerra Fria, meu respeito por Cuba e pela Revolução Cubana aumentou ainda mais. A despeito de todos os erros que o Governo Cubano possa ter cometido, não podemos deixar de respeitar um país minúsculo, pobre e desprovido de poder político no cenário mundial que, mesmo com toda a pressão e perseguição sofrida e vítima de um bloqueio econômico de meio século, tem conseguido manter índices de desenvolvimento humano de fazer inveja a qualquer país do mundo. Pra quem não sabe: Cuba tem uma taxa de alfabetização de 99,8% (a maior do mundo segundo as Nações Unidas), uma taxa de mortalidade infantil de um para cada 5.000.000 nascidos (inferior a do EUA) e uma expectativa de vida média de 78 anos (maior que a dos EUA). 98% dos cubanos recebem energia elétrica e tem acesso a água potável e saneamento básico, e o acesso à saúde e a educação é universalizado e gratuito. Não fosse a medição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) levar em conta o PIB per capta (e nesse caso, Cuba perde pontuação por ter um PIB baixo), Cuba estaria entre os primeiros no IDH. Ou seja, ainda tem o mérito de conseguir fazer mais que o próprio EUA, com muito, muito menos.

Depois de alguns dias necessários para digerir o impacto desse livro sobre minhas convicções o que posso dizer hoje é que eu torço imensamente por Cuba. Torço por esse país que tem se mantido como o único ponto de resistência ao capitalismo liberal, praticamente hegemônico no mundo atual. Torço pelo povo cubano que tem suportado com força e altivez meio século de embate e embargo, lutando contra um império. Torço para que Cuba continue na sua busca por melhores condições para seu povo, e que o faça como tem feito, a seu próprio modo, a partir de suas próprias convicções e ideologias e não por influência de outrem.

Marx concebia o comunismo como movimento que reage aos antagonismos do capitalismo e não como um modelo de sociedade ideal. Sendo assim, enquanto o capitalismo existir, com suas contradições e desigualdades, a “hipótese comunista”, como diz Alain Badiou, permanecerá viva. Badiou afirma ainda: “se essa hipótese tiver de ser abandonada, então não vale mais a pena fazer nada na ordem da ação coletiva. (...) Cada indivíduo pode cuidar de sua vida e não se fala mais nisso.”

É importante esclarecer que não se pode confundir a “hipótese comunista” com quaisquer atrocidades cometidas em nome do comunismo. Também, vale lembrar que inúmeras atrocidades têm sido cometidas ao longo da história em nome das mais nobres causas; em nome da paz, em nome de Deus ou Alá, em nome da democracia...a lista é longa.

Sendo assim, não existe sociedade ideal, todas, a seu modo, possuem suas virtudes e pecados. Mas a maior virtude de Cuba, a meu ver, é a de ainda se manter como esse ponto de resistência; uma “pedra no sapato” do capitalismo mundial. Cuba cumpre a missão de ainda manter acesa a hipótese de um mundo no qual somos considerados seres humanos e não apenas consumidores, onde a natureza seja vista como uma Mãe Generosa e não como matéria prima para ser moída na máquina consumista (segundo o último relatório do WWF Cuba é o único país do mundo com desenvolvimento sustentável), e no qual a noção de solidariedade não seja engolida pela sua versão pervertida: a caridade – quem tem mais (dinheiro) dá a quem tem menos (a mídia não divulga, mas, depois do terremoto que devastou o Haiti em 2008, apesar das nações mais ricas do mundo prometerem missões humanitárias monumentais, depois de alguns meses, só continuaram por lá os Médicos Sem Fronteiras e a brigada de 1.200 médicos cubanos, especializada em desastres e emergência, brigada que foi rejeitada pelos norteamericanos após o furacão Katrina e a primeira a chegar e última a sair do Paquistão, após o terremoto de 2005).

É por tudo isso que reforço aqui minha torcida por Cuba, torço para que esse minúsculo e grandioso país continue nos livrando de um mundo onde o capitalismo seja a única hipótese possível.

Rita de Cássia de Araújo Almeida é psicanalista.

Religião, política e os Torquemadas

 

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

As igrejas, sempre de costas para o futuro, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio católico no Ocidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à fogueira, amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas heresias.

Nos dias de hoje, impotentes para ditar condenações capitais, os inquisidores ordenam aos fiéis a punição de políticos que defendem propostas dissidentes à doutrina que pregam. O aborto e a defesa da homofobia são os exemplos mais gritantes. E irritantes. Em reação, eles promovem nas eleições a “queima” de votos dos hereges e, com isso, cerceiam a liberdade do eleitor e intimidam os candidatos.

Assim agem os pregadores das igrejas evangélicas. São os novos inquisidores.
Essa réplica tardia e infeliz do Tribunal de Inquisição materializou-se no Congresso, onde foi depor o ministro Gilberto Carvalho, na terça-feira 15 de fevereiro. Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, viu-se forçado a expiar publicamente “pecados” cometidos aos olhos da poderosa bancada evangélica, transformada em braço executivo de diversas igrejas religiosas.

“O pedido de desculpas, de perdão, não foi pelas minhas palavras, e sim pelos sentimentos que provocaram”, disse o ministro.

Qual foi a heresia? Gilberto Carvalho, durante o Fórum Social Mundial, manifestou preocupação política com os evangélicos: “A oposição virou pó (…) a próxima batalha ideológica será com os conservadores evangélicos que têm uma visão de mundo controlada pelos pastores de televisão”.

Carvalho é católico fervoroso, mas também é militante político. Petista. Em razão do cargo, não foi cauteloso, embora tenha falado ingênuas obviedades. Não pregou o cerceamento de qualquer manifestação religiosa. Mas foi o suficiente para despertar a ferocidade adormecida da Frente Parlamentar Evangélica, na qual se destaca o senador capixaba Magno Malta, que, entre outras ofensas, chamou o ministro de “irresponsável”.

Um parlamentar ateu presente ao encontro fechado à imprensa descreve assim o ambiente naquele dia: “Os olhos dos senhores parlamentares disparavam chispas de fogo, ódio, raiva e intolerância diante daquele enviado do Maligno que se tornara ministro (…). O clima era pesado. Aquela reunião e a Inquisição têm tudo a ver. Tenho certeza que não exagero. O problema para eles era não poder acender a fogueira. Restavam-lhes as línguas de fogo, prontas a queimar o demônio pecador”.

Serelepe, o deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e evangélico atuante, também se destacou na ocasião. Sem sucesso, tentou forçar o ministro a assinar um documento desmentindo as declarações publicadas, mas diferentes do que falou, garantiu Gilberto Carvalho. O inquisidor fez, pelo menos, uma declaração expressiva e inteiramente adequada ao ambiente criado.

“O perdão está para a Igreja assim como a anistia está para a política”, comparou Garotinho.

Igreja e política. O desempenho de Garotinho aproximou ainda mais aquela reunião no Congresso do espírito obscurantista assumido pelos evangélicos. Nesse sentido, fazem uma repetição tardia do catolicismo primitivo.

Os votos dos evangélicos, arma que usam no processo político, talvez não sejam eleitoralmente decisivos. São muitos, é certo. O suficiente para acuar candidatos em busca de votos. Com eles acuaram Dilma e Serra, na eleição de 2010, e transformaram a competição em espetáculo para exibição de medíocres Torquemadas.
 
 
 
 
 
 

Yoani Sánchez é uma fraude

 

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:

O influente diário mexicano La Jornada publica um texto do professor e jornalista francês Salim Lamrani, que demonstra a falsa liderança da blogueira Yoani Sánchez na rede social twitter, alcançado não por seguimento natural de audiência, mas pela intervenção de tecnologias e grandes somas de dinheiro.

A quarta parte dos partidários de Yoani no twitter são fantasmas sem seguidores ou “mudos” que jamais escreveram um tuiter. Em junho de 2010, a blogueira chegou a ter, em um único dia, 700 novos adeptos, o que só é possível através de robôs de software – já que ela diz que tem acesso à internet apenas via celular ou a por uma conexão semanal em um hotel.


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Quem está por trás de Yoani Sánchez?

Salim Lamrani

Yoani Sánchez, famosa blogueira cubana, é uma personagem peculiar no universo da dissidência cubana. Nenhum opositor foi beneficiado a exposição midiática tão massiva, nem de um reconhecimento internacional semelhante em tão pouco tempo. Após emigrar para a Suíça em 2002, ela decidiu retornar a Cuba dois anos depois, em 2004. Em 2007, integrou o universo de opositores a Cuba ao criar seu blog “Generación Y”, e se torna uma crítica feroz ao governo de Havana.

Nunca um dissidente cubano – muito menos no mundo – conseguiu tantos prêmios internacionais em tão pouco tempo e com uma característica particular: deram a Yoani Sánchez dinheiro suficiente para viver tranquilamente em Cuba até o resto de sua vida. Na realidade, a blogueira tem retribuído à altura os 250 mil euros que recebeu, o que equivale a mais de 20 anos do salário mínimo em um país como a França, a quinta potência mundial. O salário mínimo em Cuba é de 420 pesos, o equivalente a 18 dólares ou 14 euros. Isto é, Yoani Sánchez recebeu 1.488 anos de salários mínimos cubanos por sua atividade opositora.

Yoani Sánchez tem estreita relação com a diplomacia estadunidense em Cuba, como demonstra um documento “secreto”, por seu conteúdo sensível, emitido pela Seção de Interesses Norteamericanos (Sina). Michael Parmly, ex-chefe da Sina em Havana, que se reunia regularmente com Yoani Sánchez em sua residência diplomática pessoal como indicam os documentos confidenciais da Sina, manifestou a sua preocupação em relação à publicação dos documentos diplomáticos dos EUA pelo WikiLeaks: “Ficaria muito incomodado se as numerosas conversações que tive com Yoani Sánchez fossem publicadas. Ela poderia pagar as consequências por toda a sua vida”. A pergunta que vem imediatamente à mente é a seguinte: por quais razões Yoani Sánchez estaria em perigo se a sua atuação, como afirma, respeita o marco da legalidade?

Em 2009, a imprensa ocidental divulgou massivamente a entrevista que o presidente Barack Obama havia concedido à Yoani Sánchez, e que foi considerado um fato excepcional. Yoani também afirmou que enviou um questionário similar ao presidente cubano Raúl Castro e que o mesmo não se dignou a respondê-lo. No entanto, os documentos confidenciais da Sina, publicados por WikiLeaks contradizem essas declarações. Foi descoberto que foi um funcionário da representação diplomática estadunidense, em Havana, quem, de fato, redigiu as respostas à dissidente e não o presidente Obama.

Mais grave ainda, Wikileaks revelou que Yoani, diferente de suas afirmações, jamais enviou um questionário a Raúl Castro. O chefe da Sina, Jonathan D. Farrar, confirmou a informação através de um e-mail enviado ao Departamento de Estado: “Ela não esperava uma resposta dele, pois confessou que nunca enviou (as perguntas) ao presidente cubano”.

A conta de Yoani Sánchez no twitter

Além do sítio Generación Y, Yoani Sánchez tem uma conta no twitter com mais de 214 mil seguidores (registrados até 12 de fevereiro de 2012). Somente 32 deles moram em Cuba. Por outro lado, a dissidente cubana segue a mais de 80 mil pessoas. Em seu perfil, Yoani se apresenta da seguinte maneira: “Blogger, moro em Havana e conto a minha realidade através de 140 caracteres. Tuito, via sms sem acesso à web”. No entanto, a versão de Yoani Sánchez merece pouco crédito. Na realidade é absolutamente impossível seguir mais de 80 mil pessoas apenas por sms, a partir de uma conexão semanal em um hotel. É indispensável um acesso diário para isso na rede.

A popularidade na rede social twitter depende do número de seguidores. Quanto mais numerosos, maior a exposição da conta. Da mesma maneira, existe uma correlação entre o número de pessoas seguidas e a visibilidade da própria conta. A técnica que consiste em seguir diversas contas é utilizada para fins comerciais, assim como para a política durante as campanhas eleitorais.

O sítio www.followerwonk.com permite analisar o perfil dos seguidores de qualquer membro da comunidade do twitter. O estudo do caso Yoani Sánchez é revelador em vários aspectos. Uma análise dos dados da conta do twitter da blogueira cubana, realizada através de seu sítio, revela que a partir de 2010 houve uma atividade impressionante de sua conta. A partir de junho de 2010, ela se inscreveu em mais de 200 contas por dia, em uma velocidade que poderia alcançar até 700 contas em 24 horas. Isto é, passar 24 horas diretas fazendo isto – o que parece improvável. O resultado é que é impossível ter acesso a tantas contas em tão pouco tempo. Então, parece que isto só é possível através de um robô.

Da mesma maneira, descobrimos que cerca de 50 mil seguidores de Yoani são, na realidade, contas fantasmas ou inativas, que criam a ilusão de que a blogueira cubana goza de uma grande popularidade nas redes sociais. Na realidade, dos 214.062 perfis da conta @yoanisanchez, 27.012 são novos (e sem fotos) e 20.600 são de características de contas fantasmas com atividades inexistentes na rede (de 0 a 3 mensagens enviadas desde a criação da conta). Entre estes fantasmas que seguem Yoani no twitter, 3.363 não têm nenhum seguidor e somente 2.897 seguem a blogueira, assim como a uma ou duas contas. Algumas apresentam características bastante estranhas: não têm nenhum seguidor, seguem apenas Yoani e emitiram mais de duas mil mensagens.

Esta operação destinada a criar uma popularidade fictícia, via twitter, é impossível de ser realizada sem acesso à internet. Necessita de um apoio tecnológico e um orçamento consequente. Segundo uma investigação realizada pelo diário La Jornada, com o título “El ciberacarreo, la nueva estrategia de los políticos en Twitter”, sobre operações que envolviam os presidenciáveis mexicanos, diversas empresas dos Estados Unidos, Ásia e América Latina oferecem este serviço de popularidade fictícia (“ciberacarreo” ou em português ciber transporte) por elevados preços. “Por um exército de 25 mil seguidores inventados no twitter , escreveu o jornal, pagam até dois mil dólares, e por 500 perfis manejados para 50 pessoas é possível gastar entre 12 mil a 15 mil dólares”.

Yoani Sánchez emite, em média, 9,3 mensagens por dia. Em 2011, a blogueira publicou uma média de 400 mensagens por mês, O preço de uma mensagem em Cuba é de um peso convertido (CUC), o que representa um total de 400 CUC mensais. O salário mínimo em Cuba é de 420 pesos cubanos, ao redor de 16 CUC. Yoani Sánchez gasta, por mês, o equivalente a dois anos de salários mínimos em Cuba. Assim, a blogueira gasta em Cuba com o twitter, um valor correspondente, caso fosse francesa, a 25 mil euros mensais ou 300 mil euros por ano. Qual a procedência desses recursos para estas atividades?

Outras perguntas surgem de maneiras inevitáveis. Como Yoani Sánchez pode seguir a mais de 80 mil contas sem acesso permanente a internet? Como conseguiu se inscrever em 200 contas diferentes por dia, desde de junho de 2010, com índices que superam até 700 contas/dia? Quantas pessoas seguem realmente as atividades da opositora cubana na rede social? Quem financia a criação das contas fictícias? Qual o objetivo? Quais os interesses escusos detrás na figura de Yoani Sánchez?

* Salim Lamrani é graduado na Universidade de Sorbone, professor encarregado dos cursos da Universidade Paris-Descartes e da Universidade Paris-Est Marne-la-Vallée e jornalista francês, especialista nas relacões entre Cuba e Estados Unidos. Autor de Fidel Castro, Cuba y Estados Unidos (2007) e Doble Moral. Cuba, la Unión Europea y los derechos humanos (2008), entre outros livros.

* Tradução de Sandra Luiz Alves
 
http://altamiroborges.blogspot.com/

Rússia e China reagem a cinismo ocidental e pressão contra Síria

China e Rússia reagiram, nesta segunda (27), às pressões internacionais para que mudem suas posturas em relação à Síria. O primeiro-ministro e candidato à presidência russa, Vladimir Putin, criticou o que chamou de atitude "cínica" do Ocidente sobre o tema.


 
Putin defendeu os vetos russo e chinês no Conselho de Segurança da ONU a uma resolução apresentada pelos países ocidentais e árabes de condenação da repressão na Síria, aliada de Moscou.
Leia também:UE aumenta pressão contra Síria e aprova mais sanções
"Os ocidentais não têm paciência para elaborar uma aproximação equilibrada a respeito da Síria no Conselho de Segurança", afirma Putin em um artigo publicado no jornal Moskovskie Novosti.

De acordo com Putin, bastaria à comunidade internacional pedir à oposição armada que se retirasse das cidades. Para ele, "negar-se a fazer isto é cinismo". Putin também se pronunciou contra um eventual ataque militar contra o Irã.

Já o governo da China manifestou irritação com as declarações da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que cobrou que a comunidade internacional pressione Pequim e Moscou a mudarem sua posição sobre a situação na Síria.

"Não podemos aceitar isso (...) o mundo exterior não deve impor um plano", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei. Segundo ele, Pequim acredita que "a comunidade internacional deve respeitar integralmente a soberania, integridade territorial e independência da Síria".

A China é partidiaria da ideia de permitir que o presidente Bashar Assad realize reformas para tentar acabar com o derramamento de sangue.

Hillary, por sua vez, convocou - na sexta-feira passada, durante a intitulada conferência dos "Amigos da Síria" na Tunísia - a comunidade internacional para pressionar a Rússia e a China a começarem a desbloquear o caminho para uma resolução do Conselho de Segurança que permita uma intervenção militar como aconteceu na Líbia.

A China sustenta que "a América não tem o direito de gritar em nome do povo árabe", de acordo com um artigo intitulado "Zhong Sheng" (Voice of China), que expressa a posição do Partido Comunista da nação.

"Qualquer pessoa razoável acredita que o povo sírio tem o maior desejo de colocar um fim imediatamente a todos os atos de violência contra civis inocentes e restaurar rapidamente a estabilidade do país e da ordem social normal", diz o texto publicado no "Diário do Povo '.

O Oscar na periferia do mundo: era uma vez um Império que fazia cinema


Hollywood padece da mesma anemia de poder que foi se apoderando do império americano. Embora não tenha deixado de impor densos valores culturais ao resto do mundo, o glamour de suas estrelas já não brilha como antes e seu modelo narrativo já não produz tanto impacto. Vítima de seu próprio êxito, Hollywood se esforça a cada ano em renovar as expectativas em um mundo no qual os relatos se tornaram mais dispersos e menos hegemônicos graças à proliferação das novas tecnologias da comunicação. "And the winner is… "a periferia do mundo, que tem ainda muito para dizer e não pode nem quer dizer do jeito hollywoodiano. O artigo é de Oscar Guisoni.


Os prêmios da Academia de Hollywood foram entregues pela primeira vez no dia 16 de maio de 1929. O contexto político e social não pode ser mais significativo: faltam apenas alguns meses para o grande Crack de outubro, os Estados Unidos vive montado na maior bolha especulativa de sua história, a Europa se contorce no caos sob os efeitos das crises políticas que afetam a maior parte de seus países e, na periferia do mundo, poucos sabem ainda o que significa a palavra Hollywood, embora muitos já tenham percebido na própria pele em que consiste o novo poderio norte americano.

O prêmio de melhor filme coube a Wings, um melodrama de William Wellman sem nenhuma importância cinematográfica hoje em dia, mas cuja história se mostra reveladora do papel que jogou o cinema norte americano ao longo da maior parte do século XX. O filme conta a história de dois homens (Jack Powell e David Armstrong) confrontados pelo amor de uma mulher (Jobyna Ralston), até que estoura a Primeira Guerra Mundial e os sentimentos patrióticos se colocam acima das disputas amorosas. No final, todos terminam contentes e felizes, os homens compreendem que não existe mulher que valha mais que a amizade que se estabelece entre eles na frente de guerra e matar o inimigo é mais importante que qualquer ciúme doméstico.

Desde que sintetizou sua extraordinária maneira de narrar, no começo do século XX, baseada na síntese extrema dos relatos, a importância das imagens acima dos textos e na construção de heróis de fácil assimilação pública, o cinema americano cumpriu dois papéis de vital importância em nível político: enviou uma mensagem de unificação nacional à convulsionada América da época, construindo uma potente mitologia patriótica e estabeleceu um modelo ideal de relato impregnado de densos valores morais, que seria estabelecido como padrão de um modelo de contar as histórias na periferia do mundo. O novo império político e econômico havia encontrado no cinema um instrumento de poder soft de primeiríssima importância.

Ao glamour das novas estrelas, que começariam a brilhar com mais força a partir do cinema sonoro em 1930, se oporia, após1933, um relato muito mais tosco e menos soft: a delirante propaganda nazista instrumentalizada por Joseph Goebbels. Como Hollywood, Goebbels também pretendia criar heróis e exaltar os valores patrióticos. Mas não tinha em conta que os principais recursos artísticos alemães marcharam para o exílio e estavam pondo todo seu conhecimento cinematográfico à serviço dos Estados Unidos.

Iluminadores, atrizes, diretores, muitos dos grandes mestres do esplendor em preto e branco do cinema americano da convulsa década de 40 provêm da Alemanha e deixaram sua marca indelével na nova estética de Hollywood.

O relato americano se torna tão potente, sobretudo depois da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, que não tarda em começar a ser assumido como o grande modelo por excelência, sendo copiado sem clemência pela incipiente indústria cinematográfica da periferia, sobretudo na América Latina. Para perceber esta influência bastaria realizar um simples exercício de mistura de imagens tomadas ao acaso dos filmes mais populares produzidos no continente durante esses 20 anos cruciais, especialmente pelas potentes cinematografias nacionais mexicanas e argentinas: a mesma iluminação, o mesmo uso da música, os mesmos temas amorosos, o mesmo modo de construir os heróis.

Hollywood impõe desta maneira uma poderosa narrativa própria que se reproduz internamente em cada país graças à numerosa trupe de imitadores que surgem em cada canto do mundo. Em 1956, como uma espécie de resposta indireta aos primeiros questionamentos europeus a esta narrativa invasiva – sobretudo franceses –, a Academia cria o Oscar ao Melhor Filme de língua não-inglesa. O prêmio havia começado a ser outorgado de fato em 1947, ao mesmo tempo em que os EUA estreavam como nova potência hegemônica mundial, mas não se afirmou até meados dos anos 50, quando ficou estabelecido como um prêmio a mais, como categoria permanente.

Durante as primeiras épocas o galardão foi utilizado para premiar o melhor do cinema europeu contemporâneo. Premiando De Sica, Fellini, Buñuel, Truffaut ou Bergman, Hollywood se permitia um toque de arte diferente do que surgia de sua própria colheita e tratava de driblar as críticas à sua narrativa mais ideológica. O chamado Terceiro Mundo, enquanto isso, não merecia sua atenção. Com a exceção de um ou outro filme japonês e de algum filme de diretor europeu produzido em países africanos, a periferia cinematográfica do mundo não obteve nenhum prêmio da Academia até 1985 quando o argentino Luis Puenzo ganhou o prêmio com "A história oficial", um duro relato sobre os desaparecidos durante a ditadura militar do general Videla. E teve que esperar até a primeira década do presente século para ver premiadas produções da África do Sul, Taiwan ou Bósnia-Herzegovina.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Líbia 50.000 mortos ( Líbia: petróleo e o sangue de 50 mil )



Após um ano dos conflitos iniciados na Líbia, capitaneamos pelas nações imperialistas e executados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o país sofre com graves denúncias de corrupção, exploração e ausência da prestação dos serviços básicos à população.


O pensador marxista, Domenico Losurdo, externou sua indignação frente a essa situação durante uma conferência, na Casa Delle Culture, em Roma.

Em cerca de cinco minutos, o professor explicou o que foi a investida à Líbia, como as nações imperialistas, representadas pela mídia mundial, manipularam, assassinaram e venderam a ideia de que derrubar o então governo seria a salvação daquele país.

QUEM SÃO OS BILIONÁRIOS DO PLANETA

 

De acordo com David Rothkopf, em sua obra "Superclasse: a elite que influencia a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo” (Rio de Janeiro: Agir, 2008), "a riqueza somada dos cerca de mil pessoas mais ricas do mundo – os bilionários do planeta – é quase o dobro daquilo que têm os 2,5 bilhões de pessoas mais pobres”.

Por Oswaldo Miqueluzzi*


Segundo ele, em 2007, "o PIB global foi estimado em 47 trilhões de dólares”. Neste mesmo ano, "as 250 maiores empresas do mundo tiveram vendas somadas superiores a 14,87 trilhões de dólares, correspondendo a quase um terço do PIB global e superando o PIB dos Estados Unidos ou da União Européia (de 13,2 trilhões e 13,74 trilhões, respectivamente)”.

Ainda em 2007, "as vendas somadas das cinco maiores (Wal-Mart, ExxonMobil, Royal Dutch Shell, BP e General Motors) foram de quase 1,5 trilhão de dólares – superior ao PIB de todos os países, com exceção de sete”.

Eis algumas outras disparidades apontadas por David Rothkopf:

a) "em 1983, as quinhentas maiores empresas tinham lucros equivalentes a 15% do PIB global”; em 2008 a proporção passou "para 40%”, quase triplicando;

b) "a parcela de 10% dos americanos mais ricos detinha 85% de todas as ações em 2001, com o 1% mais rico controlando um terço de toda a riqueza dos Estados Unidos”;

c) "10% dos adultos do mundo detêm 85% da riqueza global, enquanto a metade mais desfavorecida da população do mundo fica com apenas 1% do total”; "os 2% superiores desse grupo detêm metade da riqueza do planeta, e o 1% mais alto possui cerca de 40%”;

d) os bilionários do mundo, cerca de mil indivíduos, "menos de 0,000015% da população mundial, detêm riqueza equivalente a quase duas vezes aquela dos 50% mais pobres”;

e) "as cem maiores instituições financeiras do mundo administram quase 43 trilhões de dólares, cerca de um terço do patrimônio financeiro global”;

f) as 250 maiores empresas do mundo respondem por "cerca de um terço do PIB global”;

g) "os países mais ricos do mundo, como os Estados Unidos, aqueles da União Européia e o Japão, são em média mais de cem vezes mais ricos do que os mais pobres, como Etiópia, Haiti e Nepal. Há cem anos, a taxa era perto de 9 para 1. Na verdade, a taxa entre o PIB do país mais rico de hoje em termos per capita, Luxemburgo, e o mais pobre, Guiné-Bissau, é de 267 para 1”;

h) nos Estados Unidos, "embora o percentual de aumento médio real da renda familiar entre 1990 e 2004 tinha sido de 2% para 90% dos lares americanos com menor renda, ela aumentou 57% para o 1% de maior renda, disparou 85% no caso de 0,1% que ganha mais, e até 112% para a camada mais alta de 0,01%. Ou seja, os mais ricos estão ficando ainda mais ricos duas vezes mais rapidamente do que os ricos”; "um fenômeno semelhante pode ser visto na Grã-Bretanha, onde os super-ricos viram sua riqueza aumentar entre 500% e 600%, enquanto os preços médios no varejo subiram apenas 60% no mesmo período”.

Como se vê, os ricos — pessoas e países — ficam cada vez mais ricos, as empresas crescem e aumentam seus lucros sem medidas.

A sociedade está doente, pois, como disse Plutarco, "o desequilíbrio entre ricos e pobres é a mais antiga e fatal doença de todas as repúblicas”.

Como os salários são o principal componente da renda, segundo James Galbraith, da Universidade do Texas, citado por David Rothkopf, as desigualdades sociais e de renda também aumentarão se eles não acompanharem o crescimento da riqueza e dele não participarem.

Recente pesquisa realizada por Haliwell Bank, especializado banco europeu em gestão de grandes fortunas, fusões e aquisições de empresa, registrou que Santa Catarina foi o estado com maior crescimento no número de milionários no período de 2003 a 2010, apontando como razões, entre outras, o avanço da indústria, turismo, serviços, setor portuário e construção civil.

Políticas como as que têm sido adotadas em relação ao reajuste do salário mínimo, contemplando o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, e dos pisos salariais estaduais, contribuem para a diminuição das desigualdades sociais, devendo ser incentivadas e complementadas em negociações coletivas de trabalho. Mas, ainda são insuficientes para diminuir o imenso desequilíbrio entre ricos e pobres.

* Oswaldo Miqueluzzi é membro da Diretoria da Alal, advogado trabalhista e assessor jurídico da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A MARCHA PARA O ABISMO




Não se trata de otimismo ou pessimismo, ou ignorar a conhecer coisas básicas, ser responsável ou eventos. Aqueles que afirmam ser considerados políticos devem ser jogados no lixo da história quando, como é padrão neste negócio não sabem nada ou quase tudo relacionado a ele.
Não falo, claro, de que ao longo de milênios assuntos públicos tornou-se instrumentos de poder e riqueza para as classes privilegiadas, atividade na qual registro verdadeiro de crueldade foram impostas ao longo dos últimos oito ou dez mil anos para os quais você tem certos vestígios do comportamento social de nossa espécie, cuja existência como seres pensantes, os cientistas, pouco superior a 180 mil anos.Eu não pretendo aprofundar em tais assuntos certamente entediado a quase cem por cento das pessoas constantemente bombardeados com notícias através da mídia, que vão desde a palavra escrita para imagens tridimensionais que começam a exibir nos cinemas caros, e não é distante o dia também dominam as imagens já fabulosos de televisão. Não é por acaso que a chamada indústria do entretenimento está situado no coração da regra de que todo o assédio moral.
Meu objetivo é situar-me no ponto de partida real de nossa espécie para falar sobre a marcha para o abismo. Eu poderia até falar de uma marcha "inexorável" e certamente mais próximo da realidade. A idéia de uma sentença definitiva está implícita nas doutrinas religiosas mais prevalentes entre os habitantes do planeta, sem que ninguém se qualificar para este pessimista. Acreditamos, porém, dever fundamental de todas as pessoas sérias e cordas, existem milhões, lutando para atrasar e talvez evitar, o evento dramático e fechar no mundo de hoje.Inúmeros perigos ameaçam-nos, mas dois deles, a guerra nuclear ea mudança climática, são essenciais e ambos são cada vez mais longe de se aproximar de uma solução.
A conversa demagógica, declarações e discursos da tirania imposta pelos Estados Unidos para o mundo e seus poderosos aliados e incondicional de ambas as questões, não admitem a menor dúvida.
Em Janeiro de 2012, ocidental e cristão Ano Novo coincide com o aniversário do triunfo da revolução em Cuba e no ano que marca o 50 º aniversário da Crise de Outubro de 1962, que colocou o mundo à beira da guerra mundial nuclear, que me obriga a escrever estas linhas.
Minhas palavras não teria sentido se eles tinham a intenção de imputar qualquer culpa ao povo americano, ou em qualquer outro aliado dos EUA na aventura incomum, eles, como outros povos do mundo, seriam as vítimas inevitáveis ​​da tragédia. Os recentes acontecimentos na Europa e em outros lugares mostrar a indignação daqueles maciço desemprego, fome, cai no rendimento, a dívida, a discriminação, mentiras e política, levando a protestos ea repressão brutal de os guardiões da ordem.
Com freqüência cada vez maior falamos de tecnologias militares que afetam todo o planeta lua habitável conhecido apenas por centenas de anos-luz de uma que talvez apropriado se mover na velocidade da luz, de trezentos mil quilômetros por segundo.
Não devemos ignorar que, se a nossa espécie de pensamento maravilhosas desapareceram milhões de anos se passariam antes que haja outro capaz de pensar outra vez, sob os princípios naturais que governam acompanhando a evolução da espécie, descoberto por Darwin em 1859 e hoje reconhecido por todos os cientistas sérios, crentes e não crentes.
Nenhum outro momento da história humana conheceu os perigos atuais da humanidade. Pessoas como eu com 85 anos de idade, tinha chegado aos 18 anos com um diploma de bacharel antes do final do desenvolvimento da primeira bomba atômica.Artefatos de hoje que o personagem pronto para usar ─ incomparavelmente mais poderoso do que o produzido o calor do sol sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki ─ aos milhares.
Essas armas são armazenados nos tanques ainda, somados aos já implantados no âmbito de acordos atingiu valores superiores a vinte mil mísseis nucleares.
A utilização de apenas uma centena dessas armas seria suficiente para criar um inverno nuclear causando uma morte horrível em pouco tempo todos os seres humanos do planeta, como é explicado de forma brilhante e informatizado de dados cientista norte-americano e professor da Universidade Rutgers, New Jersey, Alan Robock.
Aqueles que tendem a ler a notícia de grave e análise, eles sabem como os riscos de um surto de guerra usando armas nucleares está aumentando como as montagens de tensão no Oriente Médio, onde o governo israelense nas mãos de centenas de armas acumular prontidão para o combate nuclear completo, e seu status como potência nuclear principal ou apoiados ou negados. Também tensão crescente em torno da Rússia, um país de capacidade de resposta inquestionável, ameaçado por um suposto escudo nuclear na Europa.
Mova o riso a alegação de que Yankee nuclear escudo na Europa também é para proteger a Rússia do Irã e da Coréia do Norte. Tão fraco é o Yankee posição sobre este assunto delicado, que o seu aliado Israel nem sequer se preocuparam em assegurar a consulta prévia sobre medidas que podem desencadear a guerra.
A humanidade, entretanto, não tem garantia. Espaço cósmico na vizinhança do nosso planeta, está saturado com EUA satélites para espiar o que está acontecendo até nos telhados das casas de qualquer nação do mundo. A vida e os hábitos de cada pessoa ou família se tornou o assunto de espionagem a ouvir centenas de milhões de telefones, e objecto de discussões para resolver qualquer usuário em qualquer lugar do mundo deixa de ser privado para se tornar material de informação para os serviços secretos norte-americanos.
Essa é a lei que é deixado para os cidadãos de nosso mundo sob os atos de um governo cuja constituição, aprovada pelo Congresso em Filadélfia, em 1776, afirmou que os homens até mesmo nasceram livres e iguais e tudo o Criador deu-lhes certos direitos , que não são agora, nem os próprios americanos ou a qualquer cidadão do mundo, mesmo se comunicar por telefone com amigos e familiares seus sentimentos mais profundos.
A guerra, entretanto, é uma tragédia que pode acontecer, e é muito provável que ocorra, a maioria, se a humanidade foi capaz de adiá-la indefinidamente, outro fato igualmente dramático está acontecendo e com ritmo crescente: a mudança climática. Vou apenas apontar o que eminentes cientistas em todo o mundo e expositores têm descrito destaque através de documentos e filmes que ninguém questiona.
É sabido que o governo dos EUA se opuseram aos acordos de Quioto sobre o ambiente, um curso de ação que, mesmo conciliada com seus aliados mais próximos, cujo território sofreria muito e alguns dos quais, como a Holanda, desaparecem quase
O mundo de hoje sem progresso político sobre este problema grave, enquanto os níveis do mar sobem, os grandes lençóis de gelo que cobrem a Antártida ea Groenlândia, onde se acumula mais de 90% da água doce do mundo, derreta com ritmo crescente, e da humanidade e, em 30 de novembro de 2011, oficialmente atingiu a cifra de sete bilhões de pessoas nas áreas mais pobres do mundo está crescendo de forma constante e inevitável.
Será que aqueles que têm se dedicado a bombardear países e matar milhões de pessoas nos últimos 50 anos pode se preocupar com o destino de outros povos?
América é hoje não só o promotor dessas guerras, mas também o maior produtor e exportador de armas do mundo.
Como é sabido país poderoso, que assinou um contrato para fornecer 60 bilhões de dólares ao longo dos próximos anos, o Reino da Arábia Saudita, onde as multinacionais norte-americanas e seus aliados removido a cada dia 10 milhões de barris de óleo leve, ou seja, um bilhão de dólares em combustível. O que será deste país e da região onde essas reservas de energia estão esgotados? É possível que nosso mundo globalizado aceita, sem dúvida, o colossal desperdício de recursos energéticos que levou centenas natureza de milhões de anos para criar, e que aumenta a dilapidação custos essencial.

Não seria de todo digno de personagem inteligente atribuído a nossa espécie.
Nos últimos 12 meses nesta situação piorou consideravelmente desde os novos avanços tecnológicos que, longe de aliviar a tragédia do desperdício de combustíveis fósseis, significativamente piores.
Cientistas e investigadores de craveira mundial veio observando as dramáticas consequências da mudança climática.
Em um documentário excelente pelo diretor francês Yann Arthus-Bertrand, chamado Home, e escrito com a colaboração de prestigiados e bem-informado figuras internacionais, publicados em meados de 2009, ele advertiu o mundo com dados irrefutáveis ​​que estava acontecendo. Com forte argumento exposto as terríveis consequências de comer em menos de dois séculos, os recursos energéticos criados por centenas natureza de milhões de anos, mas o pior não foi o colossal desperdício, mas as consequências suicidas para a espécie humana teria. Referindo-se à própria existência da vida, ele se queixou de que a espécie humana: "... Você se beneficia de um legado fabuloso de 4 000 milhões de anos fornecidos pelo Terra. Você tem apenas 200 000 anos, mas você mudou a face do mundo. "
Nenhuma culpa não podia culpar ninguém até aquele momento, simplesmente declarou uma realidade objetiva. No entanto, hoje temos a culpa que todos nós sabemos e nada podemos fazer para tentar remediá-lo.
Em suas imagens e conceitos, os autores deste trabalho incluem relatórios, dados e idéias que temos o dever de conhecer e considerar.
Nos últimos meses, uma outra filmagem fabulosa mostra foi oceanos, desenvolvidos por dois cineastas franceses, considerado o melhor filme do ano em Cuba, talvez, na minha opinião, o melhor desta época.
É um material incrível para a precisão ea beleza das imagens jamais filmadas por uma câmera: 8 anos e 50 milhões de euros foram investidos nele. A humanidade terá que reconhecer que a evidência de como eles expressam os princípios da natureza não adulterado pelo homem. Os atores não são seres humanos: eles são as pessoas dos oceanos do mundo. Um Oscar para eles!
O que levou-me o dever de escrita não emergem dos eventos referidos aqui, que de uma forma ou de outra eu mencionei anteriormente, mas outros, movidos por interesses das corporações transnacionais, têm vindo a luz medida em últimos meses e na minha opinião, servem como prova definitiva da confusão e caos político que prevalece no mundo.
Apenas alguns meses atrás comecei a ler algumas notícias sobre a existência de gás de xisto. Alegou-se que os Estados Unidos reserva-se disponível para atender as necessidades de combustível para 100 anos. Desde que eu tenho tempo hoje para investigar políticos, econômicos e cientistas pode ser realmente útil para o nosso povo, comuniquei-me com várias pessoas tranquilamente que vivem em Cuba ou no exterior no nosso país. Curiosamente, nenhum deles tinha ouvido uma palavra sobre isso. Certamente não era a primeira vez que aconteceu.

Um deles é surpreendido em si mesmos fatos importantes que estão escondidos em um mar de informação, misturado com centenas ou milhares de notícias circulando no planeta.
I persistiu, no entanto, o meu interesse no assunto. Apenas alguns meses se passaram e gás de xisto não é mais notícia. Na véspera do ano novo já conhecia dados suficientes para ver claramente a marcha inexorável para o abismo do mundo, ameaçada pelos riscos extremamente graves, como a guerra nuclear ea mudança climática. O primeiro, e falou, o segundo, por razões de brevidade, vou simplesmente indicar alguns fatos conhecidos e saber que nenhum quadro político ou pessoa sensata deve ignorar.
Não hesito em dizer que eu observo ambos feitos com a serenidade dos anos vividos nesta fase espetacular da história humana, que têm contribuído para a educação do nosso bravo e heróico.
O gás é medida em TCF, que pode referir-se pés cúbicos ou metros cúbicos ─ não explicados no caso de um ou do outro depende do sistema ─ medidas a ser implementadas num país em particular. Por outro lado, quando falamos de trilhões de trilhões de espanhol, muitas vezes se referem a ele significa um milhão de milhões, esse número é classificado como Inglês trilhões que devem ser considerados quando se analisa o gás em questão são normalmente volumosos. Tente indicá-lo quando necessário.
O norte-americano analista Daniel Yergin, autor de uma história clássica volumosa de petróleo disse, segundo a agência de notícias IPS, já um terço de todo o gás produzido em os EUA são o gás de xisto.
"... A operação de uma plataforma com seis poços pode consumir 170.000 metros cúbicos de água e até mesmo causar efeitos nocivos, tais como influência terremotos, contaminam águas subterrâneas e superficiais, e afetam a paisagem."
O grupo britânico BP, entretanto relatou que "As reservas provadas de gás convencional ou tradicional do planeta totalizando 6,608 bilhões de trilhões de pés cúbicos, cerca de 187 bilhões de metros cúbicos, [...] e os maiores depósitos estão na Rússia (1.580 TCF), Irã (1045), Catar (894), e Arábia Saudita e no Turquemenistão, com 283 TCF cada um. " Este é o gás que havia sido produzir e comercializar.
"Um estudo do governo dos EUA EIA-agência de energia, publicado em abril de 2011 encontrou praticamente o mesmo volume (6.620 TCF ou 187,4 bilhões de metros cúbicos) de gás de xisto recuperável em apenas 32 países, e os gigantes são: China (1.275 TCF), Estados Unidos (862), Argentina (774), México (681), África do Sul (485) e Austrália (396 TCF) ". Gás de xisto é o gás de xisto. Note-se que de acordo com o que é conhecido na Argentina e México têm quase tanto como os Estados Unidos. China, com os maiores depósitos, com reservas equivalentes a quase o dobro daqueles e 40% mais do que os EUA.
"... Os países seculares dependentes de fornecedores estrangeiros teria uma enorme base de recursos em relação ao consumo, como a França ea Polônia, que importa 98 ​​por cento e 64 por cento, respectivamente, do gás que consomem, e que o rock de xisto ou de xisto reservas TCF em excesso de 180 cada ".
"Para removê-la do IPS-xisto pontos são recorreram a um método chamado" fracking "(fraturamento hidráulico), com a injeção de grandes quantidades de água sobre a areia e aditivos químicos. A pegada (razão de dióxido de carbono libertado para a atmosfera) é muito maior do que o gás gerado pela produção convencional.
"Como se trata de as camadas de bomba de crosta com água e outras substâncias aumenta o risco de danos aos solos, lençóis freáticos do subsolo e das águas subterrâneas de água de superfície, a paisagem e as estradas se as instalações para extrair e transportar a nova riqueza defeitos ou erros na gestão. "
Basta dizer que, entre os muitos produtos químicos que são injectados com água para extrair este gás são o benzeno eo tolueno, que são substâncias carcinogénicas terrivelmente
O especialista Lourdes Melgar, do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey, acredita que:
"'É uma tecnologia que gera muita discussão e recursos estão localizados em áreas onde não há água' ...".
"O gás de xisto-IPS-expressas são pedreiras não convencionais hidrocarbonetos, presos em rochas que se abrigam, por isso se aplica de fraturamento hidráulico (conhecido em Inglês como" fracking ") para liberar grande escala."
"A geração de gás de xisto envolve grandes volumes de água e da escavação e fratura gerar grandes quantidades de líquido, que podem conter substâncias químicas dissolvidas e outros contaminantes que necessitam de tratamento antes do descarte."
"A produção de xisto saltou de 11.037 milhões de metros cúbicos em 2000 para 135.840 milhões em 2010. Em caso de futuras expansões, a este ritmo, até 2035 irá abranger 45 por cento da demanda de gás em geral, de acordo com a EIA.
"Pesquisas científicas recentes tem alertado sobre o perfil ambiental negativo de gás de xisto.
"Academics Robert Howarth, Renee Santoro e Anthony Ingraffea da Universidade de Cornell em os EUA, concluiu que o hidrocarboneto é mais poluente que o petróleo e gás, de acordo com a pegada de seu estudo 'metano e gases de efeito estufa do gás natural xisto formações ", lançado em abril passado na revista Climatic Change.
"'A pegada de carbono é maior do que o gás ou óleo convencional, visto em qualquer horizonte de tempo, mas particularmente em um período de 20 anos. Em comparação com o carvão, é pelo menos 20 por cento maior e talvez mais do que o dobro em 20 anos ", observou o relatório."
"O metano é um gás com efeito de estufa poluentes mais responsáveis ​​pela elevação das temperaturas globais."
"Em áreas de mineração ativa (um ou mais poços dentro de uma milha), médio e concentrações máximas de metano em poços de água aumentou com a proximidade para o próximo gás bem e era um perigo de explosão", cita o texto escrito por Stephen Osborn, Vengosh Avner, Warner e Nathaniel Jackson Robert de Estado da Universidade Duke.
"Esses indicadores vão desafiar o argumento da indústria que o xisto poderá substituir o carvão na geração de eletricidade e, portanto, um recurso para mitigar a mudança climática.
"'É muito cedo e aventura arriscada".
"Em abril de 2010, o Departamento de Estado dos Estados Unidos lançou a Iniciativa Global para o gás de xisto ajudar os países que procuram maximizar este recurso para identificar e desenvolver, com um potencial benefício econômico para as empresas transnacionais desse país."
Tenho sido inevitavelmente extensa, ele não tinha escolha. Escrevo estas linhas para a Cubadebate site e Telesur, uma das emissoras mais sérias e honestas no nosso mundo de sofrimento.Para lidar com os feriados Permitir o velho eo novo ano.


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Fidel Castro Ruz