terça-feira, 24 de janeiro de 2012

GRÉCIA, ESPANHA E ITÁLIA SE SUBMETEM AOS EUA E SUSPENDEM COMPRAS DE PE´TROLEO IRANIANO


 A União Europeia seguiu mais uma vez a cartilha dos Estados Unidos (já o faz com relação ao sistema financeiro e ao ataque a soberania de países como Iraque, Afeganistão e Líbia) e aprovou sanções contra o Irã que implicam no estancamento das compras de petróleo do segundo maior exportador da OPEP.

Enquanto os países mais poderosos da Europa, a Alemanha e França (o primeiro atende só 1% de sua demanda com petróleo iraniano e o segundo a 4%) terão desgaste relativamente pequeno com o embargo, os países que aparecem todos os dias como os mais instáveis economicamente – Itália, Grécia e Espanha – serão os mais afetados com a medida que não tiveram coragem de rejeitar.

A Itália e a Espanha dependem hoje em 13%, cada um, do produto iraniano, enquanto que a Grécia atende a 14% de sua demanda com importações da mesma origem.

Apesar da promessa do governo da Arábia Saudita de que irá suprir em “iguais condições” o petróleo que os executores das sanções necessitarem, a pergunta é: até quando?

Além disso, os governos capachos instalados nestes três países não pensaram no que significa deixar de adquirir energia de fonte independente para passar a depender de um provedor que é protetorado dos Estados Unidos.

Em suma, esses três países, por conta da submissão de seus governos, passam a alienar sua soberania energética – por via que não se pode nem chamar de indireta – aos Estados Unidos.
É submissão levando a mais submissão. Se já atuavam de acordo com a escrita norte-americana (muitas vezes as ordens chegam via Merkel e/ou Sarkozy) agora queimam mais uma vértebra de suas já bambas colunas.

De quebra, os EUA carreiam mais renda diária a sua colônia ao aumentar as vendas do petróleo saudita para os clientes europeus.
Menos disponíveis para embarcar em qualquer aventura belicista e intervencionista norte-americana, particularmente quando isso se traduz em possíveis perdas econômicas, Rússia e China já disseram que não vão aderir ao bloqueio e seguirão comprando normalmente. O Japão pediu tempo para se readequar e disse que vai manter as compras. Até a Turquia, que se dispôs a abrigar os sabotadores do autodenominado Exército Livre da Síria na fronteira de seu vizinho, declarou que pretende manter a compra petróleo do vizinho Irã.

Já a Índia foi clara: “Temos tido negócios com o Irã e vamos mantê-los”, declarou um dos integrantes do seu gabinete ministerial. O governo da Índia montou uma delegação que visitou o Irã de 16 a 21 de janeiro para analisar os recentes acontecimentos na região e suas implicações econômicas.  

N.B.

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