sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Coreanos prestam em Pyongyang últimas homenagens ao líder Kim Zong Il no dia 29



Em meio a dor de todo um povo em lágrimas e inúmeras manifestações de pesar e de condolências chegadas de todos os continentes, Pyongyang despediu-se no dia 29 de dezembro de Kim Zong Il, o Grande general do Songun, Secretário Geral do PTC – Partido do Trabalho da Coreia e Presidente do Comitê de Defesa Nacional da RPDC – República Popular Democrática da Coreia.

Os coreanos consideram Kim Zong Il mais que um líder, um pai. Sua família, a família de Kim Il Sung é a família de todos os coreanos, a perda do líder para esse povo sensível, emotivo e delicado toca-lhe profundamente o coração. É a perda de um pai, de um ente familiar muito próximo e amado.

O ocidente, em particular os monopólios de mídia, que em geral estimulam os maus sentimentos e a violência – importante é o dinheiro, é competir, é o que dizem os ‘mercados’ - e denigrem, ridicularizam os sentimentos de amor e solidariedade, não conseguem entender a dor da perda de um pai. Estão há anos luz de distância em entender a cultura de um país oriental onde o patriarca de uma família, o patriota Kim Il Sung não apenas livrou o país da dominação colonial japonesa, da invasão militar norte-americana mas reconstruiu o país literalmente das cinzas. Kim Il Sung fundou a nação independente reconstruída pela ação prática, diretamente conduzida por seu filho, o grande general Kim Zong Il.

Como os monopólios e seus agentes midiáticos a serviço do capital e do imperialismo podem ser capazes de entender um tão profundo sentimento de todo o povo de gratidão, de afeto, de amor a várias gerações de uma mesma família de simples patriotas? De patriotismo o que sabem eles? Mas isso existe, é real, verdadeiro e sincero num país socialista onde um por todos é também todos por um e mais forte é cada um quanto mais forte é o coletivo, a Nação. A Pátria.

Decididos a transformar a dor e a tristeza em força e coragem para levar a diante as conquistas da revolução da Coreia de Kim Il Sung e realizar as metas estabelecidas pelo PTC sob a direção de Kim Zong Il para que a Coreia seja cada vez mais um país forte, desenvolvido, independente, os coreanos escolheram Kim ZongUn, filho mais novo de Kim Zong Il, para assumir a frente da luta, manter erguida a bandeira de Songun, da Ideia Juche e da liberdade e independência da Pátria. Ele assumiu a Comandância Suprema do Exército Popular da Coreia e a Presidência do Comitê de Defesa Nacional da RPDC, foi por isso felicitado por muitos presidentes, governantes e partidos políticos de muitos países e recebeu as homenagens do Presidente da China Hu Jintao.

Não nos surpreendeu que Lee Myung Bak e seus correligionários sul-coreanos, submissos aos EUA, tenham cometido a grosseria protocolar de não manifestar as devidas condolências aos compatriotas do norte pela dor da perda de seu líder maior.

Tal gesto incivilizado foi mais uma demonstração de que a reunificação da Pátria, que formalmente dizem querer, está longe de seus horizontes, são palavras vazias, e na verdade expressam o temor ante tal possibilidade além da completa indisposição ao diálogo com o norte. Assim sendo, os belicistas do grupo de Myung Bak preferem os exercícios militares na fronteira como determinam os EUA, preferem o ‘estado de guerra’ inconclusa pelo armistício assinado com os EUA em 1953 e que jamais foi transformado num tratado de paz como propõe desde então a RPDC, o que só evidencia o quanto é nefasta a intromissão estrangeira na península coreana, o quanto é urgente a retirada das tropas norte-americanas do sul da Coreia para que os coreanos, entre eles e de forma pacífica e independente, possam discutir a paz e a reunificação.

Apesar da burrice diplomática do Presidente sul-coreano – talvez Lee Myung Bak que é de origem japonesa, foi criado no Japão e é coreano pela metade não considere muito seu pai, não tenha levado em conta as lições recebidas dele sobre o que é uma boa educação, a cortesia e o respeito à dor alheia entre os orientais - várias delegações de sul-coreanos visitaram Pyongyang. Entidades femininas, organizações anti-japonesas, sindicatos, entidades juvenis e entidades pró-reunificação enviaram mensagens de condolências ao dirigente máximo da RPDC, Kim Zong Un.

O novo líder da Coreia recebeu também nessa segunda-feira, (2) no Palácio Memorial Kumsusam a visita da Ex-primeira dama da Coreia do Sul, Lee Hee Ho, viúva do Ex-presidente sul coreano Kim Dae Jung e de Hyun Jeong Eun, viúva do ex-presidente da Hyundai e atual Presidenta do grupo Hyundai do sul da Coreia que compareceram ao féretro de Kim Zong Il e ficaram em Pyongyang por dois dias.

Os EUA e a Coreia do sul discutem a intensificação de novas manobras militares na fronteira com a RPDC e a China como ações provocativas que pretendem mais freqüentes e que dizem ser defensivas, mas cujo objetivo é impor à China e a Coreia a presença militar norte-americana no Oriente e a ‘vitrine’ capitalista em que transformaram a Coreia do Sul ao mundo.
                                                                   
ROSANITA CAMPOS



 

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