domingo, 11 de dezembro de 2011

HILLARYN TRATA COM MERCENÁRIOS CAMPANHA TERRORISTA CONTRA SÍRIA



Foi a genebra encontrar com chefes dos bandos- que já mataram mais de 1.100 militares, policiais e civis-, ajustar ação criminosa contra país soberano
A reunião da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, com os chefes dos bandos de terroristas que integram o chamado "Conselho Nacional da Síria (CNS)", em Genebra, no dia 7, foi para apoiar as ações de sabotagem e emboscadas que já tiraram a vida de mais de 1.100 militares, policiais e civis na tentativa de gerar instabilidade e com isso derrubar o governo do presidente Bahsar Al Assad.

Ocorre que Hillary Clinton agindo na condição oficial de membro de um governo não pode – por lei internacional e muito menos por condição moral (é só ver a agressão massiva sobre os manifestantes do Occupy Wall Street, as agressões com morticínio generalizado, seguidas de ocupação no Iraque, Afeganistão, Líbia, e ainda da prisão ilegal em Guantânamo) – fornecer apoio logístico, militar, em dinheiro, a uma força baseada em um determinado país (neste caso a Turquia) com o propósito de derrubar um governo legítimo de uma nação soberana, a Síria.

Mas, até agora ninguém propôs levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, ou mandar Hillary ou Obama a julgamento, em Haia, por crimes de guerra.

Nas declarações públicas, Hillary assumiu que a intenção é "remover Assad", mesmo sendo este um governo legalmente eleito e em processo de convocação de revisão constitucional, após haver instituído o Diálogo Nacional, às vésperas de novas eleições. Vale lembrar que quando a Síria respondeu à Liga Árabe, declarando que retirava o exército das cidades desde que os paramilitares depusessem as armas, a mesma Hillary os admoestou abertamente de que não entregassem arma alguma.
Ela disse que tudo isso é "colocar a Síria no rumo do predomínio da lei".

Em contrapartida ao apoio, o chefe do CNS, Burhan Ghalioun, mostrou a sua disposição para o capachismo declarando que vai "rever relações" como Irã e o Líbano (exatamente os dois países da região contra os quais os EUA e Israel erguem ameaças e adotam sanções).

O porta-voz do CNS nos EUA, Radwan Zaideh, declarou exultante que não só os EUA, mas também a "União Europeia está pronta a se ‘engajar’ com o CNS para ‘proteger os civis’ [Já ouviram o refrão, não?]".

Aliás em setembro, Zaideh foi ao Conselho Judaico Americano dizer que o "levante" na Síria era "por liberdade e dignidade".
Apesar da presença de milhões de sírios nas praças de todas as principais cidades do país a ingerência não arrefece. A Liga Árabe acaba de negar acordo com a Síria, que declarou-se disposta a discutir a vinda de observadores indicados pela hostil Liga desde que atendidos os justos pleitos de abolição das sanções ao país e que a Síria voltasse à condição de membro pleno da Liga.

Os EUA devolveram à Síria o embaixador Robert Ford como embaixador dos EUA à Síria. Ford havia sido afastado da Síria depois de repudiado pela população uma vez que foi localizado pelas forças de segurança do país em conluio com os sabotadores na cidade de Hama.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, declarou que o despacho de Ford atuaria como "uma mensagem dos EUA ao povo sírio, no sentido de que estamos em contato com todos os setores da sociedade para uma transição política".

O professor da Universidade de Oklahoma, Joshua Landis, deixou claro que o interesse de Hillary não é proteger as crianças sírias e sim mexer peças a seu favor - mesmo que isso implique em atropelar a soberania dos demais. O momento "representa uma chance que surge uma vez na vida de mudar a balança de poder no Oriente Médio", declarou Landis.

O que os EUA não conseguem esconder de si próprios é que a parada dos usurpadores complicou. A Síria tem desenvolvido poderosas alianças – escaldada com o uso do Conselho de Segurança da ONU para executar milhares de bombardeios na Líbia – a Rússia declarou que a ingerência nos assuntos sírios é inaceitável e enviou dois de seus navios de guerra ao porto sírio de Tartus e despachou mísseis S-300 terra-ar para prevenir novos ataques da Otan.

NATHANIEL BRAIA    

 

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