terça-feira, 15 de novembro de 2011

BC tenta amenizar os efeitos das medidas macroprudenciais de Mantega pelas bordas

 

A “paulada” de Mantega e Tombini na economia do país no início do ano, anunciadas pomposamente como medidas “macroprudenciais”, estão afundando a produção industrial e o consumo dos brasileiros. Dos 7,5% de crescimento do PIB, deixados por Lula em 2010, os dois derrubaram-no para menos de 3,5% este ano. Agora, que a produção industrial de São Paulo despencou 4,2% em setembro na comparação com o mês anterior e a criação de emprego estagnou, bateu o desespero.

Atrasado, o Banco Central corre atrás do prejuízo e anuncia medidas para tentar reverter a desastrosa situação. Mesmo assim, são medidas muito tímidas para corrigir a lambança provocada por Mantega e Tombini. Os empréstimos de curto prazo a pessoas físicas terão exigências diminuídas. Já para empréstimos com mais de 60 prestações as restrições aumentaram. O fator de risco (capital de garantia) dos bancos para empréstimos de mais de 60 meses dobra, indo de 150% para 300%.

Foi reduzido o patrimônio de garantia das instituições financeiras para a concessão de empréstimos até 60 meses. O cálculo do fator de risco usado para empréstimos até 36 meses era de 75% ou 100%, dependendo do caso. Agora esses índices de garantia serão usados para empréstimos de até 60 meses. As novas regras atingem o crédito consignado, o crédito direto ao consumidor (CDC) e a aquisição de veículos com garantia de alienação em caso de não pagamento. O cartel dos automóveis agradece mais essa mãozinha em suas vendas. Afinal, as multis instaladas aqui, precisam cobrir com lucros obtidos no Brasil, os rombos da crise de suas matrizes nos países centrais.

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