quinta-feira, 15 de setembro de 2011

“Temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós”



É impossível que o Brasil tenha um tipo de crise similar a dos Estados Unidos e alguns países da Europa, informou nesta quarta-feira (14/9) a presidenta Dilma Rousseff, em entrevista coletiva em Brasília (DF). A presidenta atribuiu às reservas internacionais e compulsórias e a importantes medidas políticas de investimento a segurança que o país tem para resistir aos efeitos da crise e antecipou que o Brasil está preparado caso o mundo enfrente situação de escassez de crédito.
A presidenta reiterou a importância do fortalecimento do mercado interno tanto para a resistência à crise quanto para o crescimento do país, e assegurou que medidas de redução de impostos adotadas pelo governo como o programa Brasil Maior, dirigido à indústria, o Reintegra e o SuperSimples vêm nesse sentido.
“É impossível que o Brasil tenha um tipo de crise similar à que está acontecendo nos Estados Unidos e na zona do Euro. Até porque nós temos todos os instrumentos no Brasil para diminuir o impacto da crise sobre nós. Tanto os instrumentos, eu diria, financeiros (…), como os políticos”, afirm
Crise financeira internacional
“O grande problema é político. É como é que se pretende resolver a crise fiscal decorrente do fato de que os governos foram obrigados a salvar os bancos quando ocorreu, em 2008, a quebra do Lehman Brothers, e houve uma contaminação, por causa da bolha, também, de todo o sistema financeiro internacional. Os governos transformaram as dívidas privadas dos bancos em endividamento público, porque usaram o orçamento público para permitir a reciclagem dessa dívida (…). Agora há uma objeção política, dentro dos Estados Unidos, por exemplo, para maior gasto fiscal, quando na verdade se sabe que os Estados Unidos precisam de uma iniciativa fiscal e não apenas monetária (…) Eu não acho que o problema é falta de dinheiro, o problema é falta de decisão política para investir.”

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