quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Porta-voz do governo líbio fala à TV sobre avanço da resistência em todo o país

Em um discurso que foi ao ar na segunda-feira à noite (dia 5) pela TV, o porta-voz do governo líbio, Mussa Ibrahim reafirmou a forte disposição das tribos líbias e do exército nacional de enfrentar a agressão da Otan. A seguir, trechos principais da declaração.
“Caros telespectadores, que a paz esteja convosco.
“Eu gostaria de pedir desculpas por minha prolongada ausência, mas estamos travando uma batalha pelo bem de todos os árabes, muçulmanos e do mundo inteiro. Estamos lutando nas praças, nas casas, nos vales, nas aldeias. Por isso, muitas vezes nos falta tempo para nos comunicarmos com a mídia, apesar de nosso conhecimento da importância de nos comunicarmos.
“Não estamos lutando apenas com rebeldes armadas; estamos lutando contra a Otan, uma das mais fortes forças militares, apesar de sua baixa condição moral. Estamos sob um cerco completo em termos de comunicação e mídia e em outros aspectos. No entanto, nossa consciência está viva e nossos corações batem. O brilho da resistência emite seus raios a partir de nosso interior, possuímos isso graças a nossa lisura e religiosidade.
“Nós decidimos vencer ou ser martirizados com coragem. É o mínimo a fazer diante do martírio de tantos idosos, mulheres e crianças. Vamos continuar na luta até a vitória.
“Gostaria de dizer ao grande povo da Líbia: não enfraqueçam nem se entristeçam pois vocês são para sempre altivos, não se rendam à campanha de especulação e mentiras da mídia.
“Sim, a conspiração é grande, mas ainda somos fortes e Deus é testemunha disso. Ainda somos capazes de puxar o tapete sob estes traidores e covardes e seus amos da Otan.
“Ainda há grandes faixas da Líbia ainda leais à mãe pátria; a faixa que vai de Brega a Nova Hisha está completamente liberada (uma faixa que se estende por 600 km).
“A localização de outra faixa é estratégica e se estende do mar às fronteiras com o Chad e o Níger (1.600 km de extensão), está completamente livre, passando por Sokna, Hon e Murzuq. Há ainda outra região fundamental de área liberada que vai de Sirte a Bani Walid, passando por cidades e povoados.
“Há ainda outras áreas vizinhas que estão sob o comando da resistência no Oeste do país tais como Al-Ejilat e Jenan. Eu gostaria de repetir a nossos bravos e livres homens: Uershefna, Al-Asabaa, Al-Gwalish e Mizda e outras com milhões de habitantes continuam na luta contra os covardes e traidores.
“Enquanto isso, nas áreas controladas pelos covardes bancados pela Otan, a resistência continua forte. Eles agora ocupam Trípoli há duas semanas mas ainda não conseguiram reter o terreno e garantir os ganhos territoriais e estão enfurecidos.
“A resistência não apenas continua nestas áreas que são os epicentros mais aquecidos da luta como ocorre em Abu Sli e El-Hadba e também a confrontos em Siyahiya e Suq El-Jumaa, Tajura, Bab Ben Gheshir e Dreiby (povoados vizinhos da capital Trípoli).
“Devido às nossas fustigações os rebeldes abandonaram seus postos de controle e buscam abrigo em escolas e construções militares e evitam os encontros à luz do dia por que eles tornaram-se alvos legítimos para aqueles que lideram o combate.
“As tribos que estão sendo pressionadas em Uerfella e Bani Walid têm reafirmado sua posição de forma corajosa: “Não, não vamos nos render! E vamos liberar toda a Líbia, não apenas Trípoli”. Somam-se a estas as honradas e leais tribos de Sirte e o grande número de bravos combatentes na região de Fezzan.
“Estamos entristecidos de que estes rebeldes tenham tomado Trípoli, estamos presentes porém cautelosos para que nossas tropas não sejam localizadas pela Otan, na essência nosso inimigo principal é a Otan.
“Estes covardes que estão em nosso território estão dispersos, fracos e não são páreo para nós, nosso principal inimigo é a Otan e nós vamos proteger nosso exército.
“Estamos aguardando a hora sagrada para pular sobre estes rebeldes armados e liberar toda a Líbia.
“Eu gostaria de dizer a todos os árabes e todos os líbios que a Líbia não cairá!
Pois a queda da Líbia significaria a queda da Argélia e Síria – e a perda de nossa independência econômica para um complô colonialista que quer conspirar e nos escravizar.
“Gostaria de dizer a nossos irmãos islâmicos por todo o mundo, não permitam aos imperialistas que emudeçam seus sonhos e destruam seus ideais e imponham suas agendas sobre vocês.http://www.horadopovo.com.br/

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