quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Manifestação ocupa Tel Aviv contra carestia e os cortes nos programas sociais por Netaniahu
 
Mais de trezentas mil pessoas tomaram conta da avenida Ibn Gvirol, em Tel Aviv, para protestar contra a elevação do custo de vida, as privatizações das empresas e do ensino e o corte em programas sociais em Israel.
 
Uma comissão representativa dos manifestantes, líderes de bairros, de estudantes e representantes de organizações sociais lançou documento destacando que “durante as últimas décadas os governos de Israel optaram por uma política de privatização da economia que deixa o mercado sem freios”.
 
“A luta por uma subsistência digna passou a ser uma guerra pela sobrevivência”, acrescenta o documento.
 
As organizações reivindicam o fim das privatizações, prioridade para os bairros mais pobres, atendimento às necessidades básicas da população, investimento do Estado na saúde, educação e segurança.
 
A especulação com imóveis, elevou seu custo em 40% de 2007 a 2011, num período em que a inflação esteve em 12%.
 
Apesar da lei israelense que determina que os militares da reserva, recém-casados, têm direito a moradia, as casas para pessoas nestas condições têm demorado seis anos para sair.  Enquanto isso, o governo vendeu a duas grandes empresas de construção, Amidar e Halamish, 26 mil unidades residenciais que, apesar da promessa de revendê-las aos mais carentes, não o fizeram.
 
Nos cartazes e faixas lia-se: “Bibi, vá para casa, nós pagamos a gasolina!”, “Nossa luta é por casas!” e ainda referências à Praça Tahrir, como: “O Egito é aqui”.

Líderes presentes ao protesto lembraram que o governo de Netaniahu tem produzido 50% das residências nos territórios palestinos (ou seja para os ladrões de terras) e apenas 20% das casas dentro da fronteiras de 1967.

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