terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dilma: estamos mais fortes para enfrentar a crise


O Brasil está muito bem preparado para enfrentar uma piora do cenário econômico internacional. Segundo a presidente Dilma Rousseff, a situação atual é melhor do que em anos anteriores de turbulência nos mercados. “Demos passos muito grandes na direção de uma estabilidade. É a segunda vez que a crise afeta a mundo e pela segunda vez o Brasil não treme”, afirmou hoje a presidenta, em declaração à imprensa, após encontro com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper.

De acordo com a presidenta, o país possui quase 60% a mais de reservas internacionais, o que corresponde a cerca de US$350 bilhões. Esses recursos garantem que o Brasil tem dólares para bancar suas contas com o exterior (importações, pagamento de juros da dívida externa), evitando uma alta muito forte na cotação da moeda norte-americana frente ao real.
“Temos clareza de que não somos imunes, não vivemos numa ilha, mas sabemos que o Brasil tem força suficiente para fazer face a essa conjuntura”, resaltou. “A melhor forma de enfrentar a crise é continuar o processo de desenvolvimento.”
Leia aqui a íntegra da entrevista de Dilma.

A presidenta Dilma rejeitou a adoção de medidas recessivas na tentativa de conter o agravamento da crise financeira internacional. Para a presidenta, os países emergentes e ricos devem unir-se em busca de soluções, de um entendimento comum, para conter os impactos da crise.
Dilma ressaltou ainda que o governo brasileiro implementou ações para o “desenvolvimento sustentado, fiscalmente equilibrado, robusto, democrático e justo” e que não deve ser punido por erros alheios.

“Repudiamos todas as soluções recessivas para a crise mundial porque elas acirram o custo social dos ajustes, transferindo-os para os segmentos menos protegidos, com destruição do emprego e bem-estar”, disse Dilma, em almoço oferecido ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, no Itamaraty.
Canadá

A crise financeira pela qual passam os principais países do mundo foi um dos temas discutidos na reunião entre Dilma Rousseff e Stephen Harper. A presidenta disse acreditar que Brasil e Canadá têm, nas iniciativas concretas de cooperação, um dos caminhos mais produtivos para que participem efetivamente do processo de retomada do crescimento.

“Nossos países dispõem de valioso potencial de desenvolvimento, e o Canadá e o Brasil serão capazes de estreitar e efetivar essa relação de cooperação. Nós, Brasil e Canadá, possuímos estrutura produtiva e pauta de exportação diversificada”, disse. “A abundância de nossos recursos naturais representa seguro importante para um futuro sustentável de progresso e bem-estar para as nossas sociedades.

Possuímos duas das maiores reservas mundiais de água doce e estamos entre os principais produtores de alimentos, minérios e energia renovável.”

A presidenta também destacou a criação de um fórum de altos executivos Brasil-Canadá. Para ela, o fórum contribuirá para novas oportunidades de comércio e investimento, atualmente centradas em agricultura, mineração, energia e serviços. A parceria entre os dois países, segundo ela, também tem de beneficiar outras nações, em especial as mais pobres e vulneráveis, como Haiti e a região do Chifre da África.
Na manhã desta segunda-feira, a presidenta Dilma e o primeiro-ministro canadense assinaram diversos acordos de cooperação bilateral que abrangem, entre outras áreas, a de eventos esportivos, serviços aéreos, ciência, tecnologia e inovação, previdência social e intercâmbio de estudantes e pesquisadores.
* com informações do Blog do Planalto.

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