sábado, 2 de julho de 2011

Aumento extorsivo de passagem leva estudantes às ruas no Chile
 
A polícia chilena prendeu dezenas de estudantes na quarta-feira (29) durante um protesto em Santiago, capital do país, contra o aumento das passagens do ônibus e do metrô.
 
A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para reprimir os manifestantes, deixando um estudante ferido no peito. A medida foi convocada após aumento das passagens muito acima da inflação. Enquanto o BC chileno registrou uma inflação de 0,3% em maio com relação ao ano anterior e 3,3% nos 12 meses que o antecederam.
 
“Havia estudantes, de escolas e universitários, atirando pedras e enfrentando os policiais que, por sua vez, lançaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água de um veículo da tropa para dispersá-los”, disse uma testemunha.
 
Enquanto preparavam a greve geral de quinta, os estudantes mantinham ocupadas perto de 300 instituições de ensino, entre colégios e universidades, como a Central do Chile, uma das mais tradicionais do país. A polícia tem agido com violência para tentar desalojar os estudantes que ocupam as instituições de ensino. Por sua vez, o Ministério da Educação antecipou as férias escolares, de 23 de julho para 29 de junho numa manobra para forçar a desocupação dos estabelecimentos.
 
Convocada pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) e o Colégio de Professores da Central Única de Trabalhadores do Chile (CUT), a greve é um rechaço à privatização do ensino e em defesa de uma educação pública de qualidade.
 
“Basta de privatização e lucro, de ensino regulado pelo mercado”, sublinhou Jaime Gajardo, presidente do Colégio de Professores.

A CUT, que aderiu à paralisação, antecipou a convocatória da greve de 2 dias prevista para 24 e 25 de agosto, em defesa da educação e de melhores salários para os trabalhadores.

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