quarta-feira, 22 de junho de 2011

“Povo sírio resiste ao caos que potências, apoiadas em criminosos, querem instaurar”

Presidente Assad em pronunciamento à nação realizado na Universidade de Damasco:

O presidente da Síria realizou seu pronunciamento no dia 21, do qual reproduzimos os principais trechos:

“As arruaças, o assassinato de inocentes, o terror sobre a população e a sabotagem de propriedade pública e privada, derramou sangue inocente e encheu de dor todos os corações sírios.

Muitos foram martirizados e outros feridos. Pessoal de segurança, militares e cidadãos comuns.

As potências que pressionam a Síria e interferem em seus assuntos internos querem que abandonemos nossos princípios, direitos e interesses nacionais e se devem também à importante posição geográfica que a Síria ocupa.

Diante da pressão da mídia e de toda a fraude, os telefones e outros equipamentos sofisticados encontrados na mão dos vândalos, o que não se pode dizer é que trata-se de um ato de caridade.

CRIMINOSOS

Primeiramente há os que têm, demandas justas, que são obrigações do Estado a seus cidadãos. O Estado deve trabalhar de forma incansável para atendê-las no melhor de suas possibilidades.

Temos que distinguir entre os que exigem medidas justas e os envolvidos na destruição. Os primeiros constituem parte de nosso componente nacional.

Os segundos são foras-da-lei e criminosos procurados, que veem no Estado um inimigo, pois este se constitui em obstáculo a seus interesses ilegítimos. O caos foi uma oportunidade de ouro para que pudessem permanecer livres e persistir nas suas atividades ilegais.

Com alguns milhares desses criminosos recrutados para conduzir armas e se engajarem em sabotagem, imaginem o dano que causaram ao Estado. Há alguns muito bem pagos para levar consigo câmeras de vídeo, filmar e colaborar com a mídia.

Manifestações pacíficas foram utilizadas como cobertura por pessoas que usaram armas. Quando aprofundamos o diálogo e o componente do plano que era o de manipular os que possuíam demandas legítimas falhou e eles perderam todas as justificativas, recorreram à última escolha que lhes restava para executar seus planos; passaram ao confronto armado.

AGRESSÃO ARMADA

Atacaram civis, policiais e soldados. Escolas e lojas. Estradas foram fechadas, propriedade pública e privada destruída, saquearam e atearam fogo. Em Jisr al-Shughour cometeram as atrocidades que pudemos ver. Uma dose elevada de ódio. E, o mais importante, com armamento sofisticado.

A resposta veio do povo sírio, que se levantou para expressar sentimentos patrióticos de uma forma que superou todas as expectativas. A importância dessa experiência é que demonstra a extensão de consciência nacional e patriótica, a mais importante garantia do sucesso no processo de desenvolvimento e modernização que implementamos. Não pode haver nenhuma mudança em meio à sabotagem. Vamos reconstruir o que foi destruído e isolar estes elementos.
Diálogo Nacional é o título que demos ao estágio atual da construção. Foi formada uma Comissão do Diálogo. Para garantir mecanismos que ensejem o diálogo sobre os itens que interessam aos cidadãos. Essa comissão vai impulsionar a dinâmica política, social e econômica em nosso país, da qual todo o espectro da sociedade síria vai participar.

Levantamos a Lei de Emergência e abolimos a Corte de Segurança. Foi aprovada lei garantindo o direito de manifestação pacífica, visando elevar a participação digna do povo sem minar a segurança do Estado. Vamos ampliar a participação popular nos assuntos do Estado. Para isso também criamos o Comitê de Legislação Partidária.

Redução dos preços do diesel, redução dos custos da construção civil (em convênio com a Associação dos Engenheiros), amplas demandas foram atendidas para melhorar o nível de vida do povo.
Anistiamos todos os que se entregaram nos meses de abril e maio.

CHAMADO AO RETORNO

Chamo todas as famílias a voltarem a suas aldeias.  Conclamamos os moradores que deixaram Jisr al-Shughour, em direção à Turquia a retornarem. O exército está lá para garantir a segurança de todos.

O Estado deve superar suas deficiências que prejudicaram os cidadãos e proteger a pátria, mas é o povo que vai impedir a confusão entre a ganância, os planos das superpotências por um lado e o desejo popular de reformas por outro.

O destino do povo é sair da crise mais orgulhoso, forte, resistente e vitorioso.

São vocês que vão proteger a flor da juventude de ser sacrificada pela ganância das potências internacionais. São vocês que vão barrar todas as tentativas de sedição que são disseminadas nos portais da pátria e cortar a cabeça da cobra que tenta envenenar o corpo sírio.

Enquanto o povo abraçar este espírito e profundo senso de identidade a Síria estará bem e segura.
HP

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