domingo, 19 de junho de 2011

Líderes da União Africana exigem no CS da ONU fim dos ataques da Otan à Líbia

Líderes da União Africana, que foram ao Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira para debater a Líbia, condenaram os bombardeios da Otan e pediram a imediata suspensão da campanha de agressão ao país. “Todas as formas de intervenção militar e bombardeio devem parar agora”, afirmou em Nova Iorque o ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane.

Proposta de resolução, apresentada pela UA, para “completo fim da violência e de todos os ataques e abusos de civis” foi bloqueado pelos EUA e outras nações ocidentais, segundo a Bloomberg. Ruhakana Rugunda, ministro das Relações Externas de Uganda, disse que a intervenção da Otan equivalia “à volta ao colonialismo na África”.

Na véspera do CS, a secretária de Estado Hillary Clinton chegou a invadir o pleno da União Africana em Adis Abeba, Etiópia, para exigir dos países africanos que traíssem o fundador e patrono da organização, o líder líbio Muamar Kadafi. Mas no CS, Nkoana-Mashabane, mais os chanceleres de Mali, Mauritânia, Uganda e República do Congo, que formam o Comitê especial da UA sobre a Líbia, se pronunciaram contra o bombardeio do país africano pela Otan.

O chanceler da Mauritânia, Hamady Ould Hamady, pediu uma “pausa humanitarian imediata” nos enfrentamentos e manifestou a “surpresa e desapontamento” da UA com as tentativas de “marginalizar o continente” na condução do conflito líbio.

Na véspera da reunião do CS, o presidente sul-africano Jacob Zuma, afirmou, diante da Assembleia Nacional na Cidade do Cabo, que a resolução da ONU “estava sofrendo abuso para troca de regime, assassinatos políticos e ocupação militar estrangeira”.

Ele acrescentou que a ação da Otan contra a Líbia estava sabotando os esforços da União Africana para encontrar soluções políticas no continente. Atinge “todos os esforços para promover o santuário da lei internacional”. Zuma assinalou que a União Africana precisa fortalecer suas próprias instituições, “para melhor servir aos interesses dos seus 53 membros”.
HP

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