quinta-feira, 30 de junho de 2011

Líderes africanos rejeitam acusações de tribunal colonialista contra Kadafi

O presidente do Chade, Idriss Deby, declarou que seu país não vai cooperar com a decisão do Tribunal Penal Internacional estabelecido em Haia que pediu a prisão do presidente Muammar Kadafi, seu filho Saif Al Islam e seu cunhado Abdullah el-Senussi. Deby citou a decisão contrária da União Africana, já definida quando o mesmo organismo condenou o presidente do Sudão, Omar Al Bashir. Para a União Africana o TPI só se ocupa de acusações contra líderes africanos. “Somos um país independente e nos posicionamos de acordo com a decisão da União Africana”, declarou Deby.

O presidente de Zâmbia, Rupiah Banda, rechaçou a perseguição a Kadafi expressando o “apreço pelos esforços do líder líbio que levaram a importantes vitórias que orgulham todos os africanos”.

Matéria publicada dia 27 pelo jornal líbio Al Shams, Banda, destacou o papel de liderança do líder da Revolução pela “unidade da África, a liberdade e o progresso”.

Expressou ainda a solidariedade do povo de Zâmbia com o povo da Líbia, e sua admiração pela “coragem face a essa agressão, em que os alvos são civis e através da qual se destrói a infra-estrutura da Líbia” e finalmente seu compromisso com o “roteiro da África para a Líbia [passos para a pacificação do país mediados pela União Africana], sublinhando que os africanos têm a obrigação de “manifestar a solidariedade com o povo líbio e seu líder Muammar Kadafi em face desta agressão que viola a Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU”.

O ministro da Justiça líbio, Mohammed al-Qamudi, afirmou que as acusações do TPI contra Kadafi “são falsas, sem base na realidade” e acusou essa corte de cumprir ordens da OTAN.

Além disso, o ministro assinalou que a decisão do TPI, que descreveu como “a ferramenta do novo colonialismo”, era política, denunciando o tribunal de ser uma cobertura para as operações da força internacional que “tentou matar Kadafi e a sua família em várias ocasiões”. “A Líbia processará judicialmente a OTAN por seus crimes”, acrescentou.
HP

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