quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dennis Kucinich adverte ONU: “assassinar Muamar Kadafi não faz parte da resolução 1973”



O deputado Dennis Kucinich (Democrata do estado de Ohio) divulgou no sábado 11, uma carta que enviou à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao do Tribunal Penal Internacional (TPI), na qual denuncia que a Otan considera Kadafi um alvo legítimo na Líbia e exige que a ONU tome providência para que a Resolução 1973 seja respeitada, uma vez que, assassinar o líder líbio e/ou derrubar o governo do país não faz parte da definição aprovada no Conselho de Segurança.
A seguir, trechos da carta de Kucinich.

“Assim como o presidente [Obama] assinou para si próprio um cheque em branco ao ir à guerra na Líbia sem aprovação do Congresso, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) utiliza a Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) nº 1973 como um cheque em branco para encobrir a deformação da missão, que inclui agora uma escancarada política de assassinato.

“A CNN já relatou a declaração de um alto oficial da Otan em que afirma ser o presidente líbio Muamar Kadhafi um alvo legítimo, nos termos da Resolução 1973, que autorizou a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, sob o pretexto de proteger os civis daquele país.

“Agora que o conflito na Líbia está se arrastando, e apoio para a guerra continua a minguar, a Otan está desesperada para romper o impasse em que se encontra. A verdadeira intenção da Otan foi finalmente revelada quando soubemos que Kadafi seria um alvo militar.

A escalada do conflito, as chamadas para a mudança de regime e agora a aberta caracterização de Kadafi como alvo fazem parte da deformação da missão, a qual foi inicialmente vendida como uma guerra rápida, incruenta e cirúrgica. O recente anúncio da Otan de que a guerra na Líbia será estendida por mais 90 dias, além da implantação de helicópteros de ataque Apache pelo Reino Unido e França, constitui uma nova escalada da campanha da Otan.

“O presidente estava certo quando disse que ‘ampliar nossa missão militar para incluir a mudança de regime na Líbia seria um erro’. A Otan deve ser responsabilizada por quaisquer ações que violem a Resolução 1973 e a legislação internacional.”
HP

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