sábado, 21 de maio de 2011

Rússia defende a soberania da Síria e rechaça ingerência no país

O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, advertiu na quarta-feira (18/05) que não aprovará nenhuma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que autorize o recurso de forças estrangeiras na Síria contra o governo de Bashar Al Assad. Reiterou que não avalizará esse tipo de decisão, similar à que foi aprovado em março contra a Líbia.

“Sobre o tema de uma resolução sobre a Síria: não a apoiarei [autorizando o recurso à força para ‘proteger’ os civis] inclusive se o pedem meus amigos”, manifestou durante uma conferência de imprensa na qual participaram 800 jornalistas e que se realizou em Skólkovo, cidade satélite de Moscou.

Medvedev enfatizou que o presidente Al Assad “está fazendo reformas e é preciso ajudar para que dêem certo e não pressionar com resoluções que não conduzem a parte alguma, como regra (…)  Ao contrário, uma interpretação arbitrária das mesmas gera uma situação totalmente diferente”.

 O chefe de Estado da Rússia explicou que se oporia a um texto desse tipo porque a resolução 1973, que autorizou o recurso da força contra o Governo do líder da Líbia Muammar Al Kadafi, “foi descumprida pelos ocidentais”.

O jornalista da rede Telesul  no Oriente Médio, Hisham Wannous, informou no dia 18/05 que o apoio da Rússia à Síria para enfrentar uma possível resolução da ONU “foi recebida com satisfação pelo povo sírio”. Os sírios “foram em grande quantidade à embaixada da Rússia em Damasco para agradecer essa decisão” do presidente Medvedev, e ainda “rejeitar uma possível intervenção no país”, assinalou Wannous. “As pessoas nas ruas dizem que estão contra qualquer intervenção estrangeira”, acrescentou o correspondente.

Wannous informou que para a quarta-feira havia uma convocatória a uma greve geral, mas “os sírios não responderam ao chamamento de opositores que radicam no estrangeiro”.
HP

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