quarta-feira, 11 de maio de 2011

Professor norte-americano e jornalista italiano denunciam falsificação da mídia contra o governo da Síria

O diretor do Centro de Estudos do Oriente Médio, Joshua Landis, professor da cadeira de Estudos sobre o Oriente Médio da Universidade de Oklahoma produziu um artigo denominado “Manipulações sobre a Síria na Mídia do Ocidente”.
 
Ele denuncia que "várias reportagens publicadas pela AFP, The Guardian e outras agências de notícia afirmam que as forças de segurança sírias foram responsáveis por atirar em soldados pelas costas e que eles receberam estes tiros por se negar a atender a ordens de atirar em manifestantes”.
 
A matéria foi publicada no dia 9 pela SANA, agência de notícias síria.
 
“Evidência considerável sugere que isso não é verdade e que os jornalistas ocidentais estão distribuindo má informação”, afirma o professor.
 
Ele cita o coronel Uday Ahmad que contou da emboscada sofrida por ele no dia 10 de abril na cidade de Banias e na qual nove militares pereceram. O professor Landis repercute o vídeo divulgado pela TV Síria na qual o franco atirador aparece. Veja no endereço http://mrzine.monthlyreview.org/2011/landis140411p.html.
 
“Eles atiraram de duas direções: um teto de uma casa e de uma posição atrás de bloco de cimento diante da rodovia”, testemunha o coronel.
 
O coronel informa que o vídeo é um filme amador enviado por seu cunhado, Firas.
Landis diz que o Guardian repetiu a falsa interpretação de um outro vídeo que lhe foi fornecido por uma 'fonte'. “O vídeo não sustenta a versão do Guardian. O soldado nega que recebeu ordens de atirar nas pessoas. Ao contrário, ele diz que estava a caminho de Banias para reforçar a segurança”, esclarece Landis.
 
O entrevistador tenta colocar palavras em sua boca mas o entrevistado segue negando que tenha recebido algum tiro por membros das forças de segurança. O soldado diz que os superiores lhe orientaram: “Atire neles se eles atirarem em você” e informa que “eles atiraram em nós a partir de uma ponte”.
 
O jornalista do italiano La Repubblica, Alix Van Buren, também mandou uma entrevista com um opositor do governo de Assad, Haytham al-Maleh, que afirma que deve haver uma luta por liberdades democráticas. Mas que essa luta não deve ter interferência externa e que "é um assunto dos sírios".

Al Maleh denuncia que “foi procurado por três grupos no exílio, que lhe ofereceram armas e dinheiro”. Um deles é o ex-vice-presidente Abdul Halim Khaddam (Khaddam renunciou ao posto num congresso do partido Baas e foi o mesmo que levantou a falsa denúncia de que Rafik Hariri, ex-primeiro-ministro libanês morto num atentado em Beirute, estaria recebendo ameaças do presidente sírio Bashar Al Assad. Afirmação que serviu para os EUA iniciarem uma perseguição à Síria através da ONU).
HP

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