sábado, 21 de maio de 2011

Para Palocci, ex-ministros viraram banqueiros, ele só molhou o bico


É verdade o que Palocci disse: ex-ministros e diretores de instituições financeiras como Pérsio Arida, Lara Rezende e Malan tornaram-se até banqueiros. E ele levantou apenas alguns milhõe-zinhos nas consultorias.

Não havendo lei que fixe um período de quarentena sobre os negócios privados de quem ocupou o cargo de ministro da Fazenda, não houve crime, e o PSDB tem pouca moral para questioná-lo. Mas não é um exemplo edificante e o PT faria melhor se cuidasse de não encorajar esse tipo de procedimento entre os seus pares.  

Palocci lembra que também Arida, Lara Resende e Pedro Malan se valorizaram

O ministro Antonio Palocci, por meio de nota divulgada pela Casa Civil, na terça-feira (17), esclareceu que as consultorias que elevaram seu patrimônio depois que saiu do governo, em 2006, e após ser eleito deputado federal, foram lucrativas porque “no mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado.

Não por outra razão, muitos se tornaram, em poucos anos, banqueiros como os ex-presidentes do BC e do BNDES Pérsio Arida e André Lara Resende, diretores de instituições financeiras como o ex-ministro Pedro Malan ou consultores de prestígio como o ex-ministro Mailson da Nóbrega”.

Arida, Lara Resende e Pedro Malan (ministro da Fazenda) fizeram parte da gestão de FHC. Mailson (Fazenda) da de José Sarney. Segundo a Casa Civil, os mecanismos utilizados por Palocci para impedir conflitos de interesse “foram os mesmos adotados pelos citados”.

Na quarta-feira, Palocci telefonou para os ex-ministros, ex-presidentes do BC e do BNDES para desculpar-se pelo constrangimento.

Não informou porque não foi ele a se sentir constrangido em meio àquela companhia, já que a mensagem foi escrita por seu assessor especial, Thomas Traumann, como subsídio à bancada do PT, e demais partidos da base governista, para fazer sua defesa no Congresso.

 Por engano do subchefe de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Azevedo, foi enviada para os demais deputados e senadores.

Azevedo, que não entendeu porque a defesa podia ser proferida publicamente pelos parlamentares governistas, mas não pelo próprio Palocci, foi demitido.
HP
 
                

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