sábado, 21 de maio de 2011

Ex-subsecretário de Estado dos EUA é flagrado ao intervir nas eleições peruanas
 
Em desrespeito à soberania peruana, o ex-secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para a América Latina , Roger Noriega, organiza em Miami um movimento para votar a favor da candidata de Fuerza 2011, Keiko Fujimori.
 
Noriega afirmou que Keiko Fujimori é a candidata “da democracia e da institucionalidade” e atacou a seu rival no segundo turno das eleições, Ollanta Humala como uma das peças de uma “conjura internacional organizada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez”. O segundo turno será realizado no dia 5 de junho.
 
Humala inclusive pode chegar a ser o mais radical de todos. É outro militar golpista”, disse Noriega em intervenção numa assembleia política convocada por peruanos de extrema direita radicados na Flórida.
 
Essa intervenção de Noriega, figura do governo de George W. Bush, nas presidenciais do Peru, “constitui uma aberta intromissão no processo eleitoral”, afirmou o deputado peruano, Alberto Adrianzén.
 
O deputado acrescentou que as declarações de Noriega, constituem “uma aberta ingerência de setores norte-americanos na política interna do país e mostram que os EUA estão se metendo nas eleições peruanas, para evitar que ganhe o candidato da mudança”.
 
Na mesma reunião estavam presentes como convidados “distinguidos” o ex-congressista “capo” cubano-americano Lincoln Díaz Balart e o ex-presidente da Fedecámaras da Venezuela, Carlos Fernández, fugitivo da justiça venezuelana que o reclama por delitos de instigação a delinquir, formação de quadrilha e devastação.
 
O trabalho sujo de Noriega na América Latina é recorrente. Foi nomeado por George W. Bush embaixador dos EUA na OEA e, enquanto ocupava esse cargo, envolveu-se no 11 de abril de 2002, com suas relações da Miami mafiosa, do golpe de Estado contra o presidente venezuelano Hugo Chávez ao lado de seu amigo Otto Reich.

Em 28 de janeiro de 2004, Noriega dirigiu desde Washington a “demissão”, o sequestro e a expulsão para a África do Sul do presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide.
HP

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