quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rússia e China afirmam que EUA e Otan extrapolam na Líbia a resolução da ONU



O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pediu um “imediato cessar-fogo” na Líbia, em conversa por telefone com o primeiro-ministro Al Bagdadi Ali Al Mahmudi. Ele assinalou ainda que “o incondicional cumprimento” das resoluções da ONU irá “criar condições para uma trégua”. Lavrov disse, também, que a Rússia está pronta para trabalhar com as organizações internacionais para aliviar a situação humanitária e promover um entendimento pacífico no país norte-africano.

Na reunião com a Otan da semana passada em Berlim, a Rússia reiterou que considera que a aliança ocidental foi muito além do mandato concedido pela ONU na resolução 1973, e que fez uso excessivo da força. “Nós consideramos que certas ações da Otan na Líbia não correspondem ao mandato [da ONU], e queremos investigar essa questão”, apontou Lavrov. “O uso excessivo da força levará a baixas adicionais entre os civis”, advertiu o representante russo.

Diante da decisão do Reino Unido – também seguida pela França e Itália – de enviar oficiais militares ao terreno para treinar e dirigir as gangs de Benghazi, também a China se posicionou contra.

“O Conselho de Segurança da ONU tem a responsabilidade primordial de salvaguardar a paz e a segurança internacional. As partes con-cernentes devem agir em estrita concordância com as resoluções do CS”, destacou o porta-voz da chancelaria, Hong Lei. Ele enfatizou que a China desaprova qualquer ato além da autorização dada pelo CS da ONU.
HP

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